segunda-feira, 31 de outubro de 2011

EU DEVERIA ME ALEGRAR?

Esta semana surgiu uma notícia bastante séria sobre o ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Exames médicos constataram que ele está com câncer na garganta, em estado inicial mas de grau médio. Um conhecido, que sabe das minhas divergências a respeito da ideologia e práticas imorais e amorais do mesmo, me questionou: está feliz? Um articulista pergunta: é castigo divino? Não sei se é castigo diretamente por causa dos pecados que ele tem cometido, das blasfêmias que tem falado, das atitudes anti-cristãs e das ideias frontalmente anti-bíblicas que tem demonstrado nas últimas décadas. Mas o fato é que toda enfermidade é consequência do fato de sermos pecadores. Não vou entrar no mérito e questionar se Lula é mais pecador que outros que tem a mesma doença. Não é este o caso.

À segunda pergunta, se eu me alegro com a doença do Lula respondo: não. Preferia a sua conversão. Diferente da maioria dos brasileiros que tem que apelar para o sucateado SUS – e não me diga que é por falta de dinheiro, porque estima-se que o SUS precise de algo em torno de R$ 150.000.000,00 [cento e cinquenta milhões de reais] anuais para se manter num estado muito melhor do que se encontra atualmente, o governo que é lulista em essência, com as mesmas falcatruas e desmandos, vai gastar mais de R$ 12.000.000.000,00 [doze bilhões de reais] por uma copa do mundo de futebol [30 dias] e mais algo em torno de R$ 6.000.000.000,00 [seis bilhões de reais] por uma olimpíada. No total são R$ 18.000.000.000,00 [dezoito bilhões de reais] suficientes para manter o SUS por inacreditáveis 138 anos nos valores atuais, ou decuplicar a sua eficácia para os próximos 15 anos – Lula vai se tratar em hospitais particulares. Bom para ele e para seus familiares que podem ter este conforto e esta tranquilidade – juntaram bastante dinheiro nos últimos 8 anos, não é verdade?

Não me alegro com a doença do Lula – ela é só um dado da história. Mas me entristeço por lembrar que milhões de brasileiros não tem direito ao mesmo tipo de atenção hospitalar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

FERNANDO HADDAD DEVERIA TER SAÍDO FAZ TEMPO. SERÁ O PRÓXIMO?

Foram 14 e não apenas 9 as questões que vazaram do tal pré-teste do ENEM. Pior, 100.000 alunos foram expostos às questões que foram colocadas na prova na mesma ordem que aparecem no ENEM. Pior ainda: a empresa contratada para fazer o pré-teste foi chamada sem licitação. Em 2010 custaram R$ 18.79 por aluno, num total de R$ 939,500,00. Em um ano o mesmo pré-teste passou para R$ 61,91 num total de R$ 6.191.000,00. Isto mesmo, de 18,79 para 61,91 – um aumento de estratosféricos 559%. Deve ser o valor da inflação oficial – e isto sem licitação alguma. O que o INEP [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira] tem de tão bom assim para cometer tantos erros e continuar sendo contratado sem licitação. E o governo diz que a falha foi de dois professores do Colégio Christus… Um evento como o ENEM pode ser colocado na berlinda por qualquer professor? As 14 questões que eram de conhecimento público [por enquanto são 14 neste caso] não serão invalidadas, segundo o ministro da incompetência educacional. A pergunta que estou me fazendo é: será que não tem outros vazamentos, de um tipo ainda mais criminoso, sendo encobertos?

DE BANDIDO PARA BANDIDO

De José Dirceu em seu blog: - Faço questão de expressar aqui a minha absoluta e total solidariedade ao PC do B e a Orlando Silva, titular do Ministério do Esporte até poucas horas atrás.

E alguém esperava que fosse diferente? É um corrupto, chefe de quadrilha dando apoio a outro corrupto, também chefe de uma quadrilha. A diferença é só que um é sindicalista e o outro é comunista. Mas ambos tem algo em comum: dilapidadores do patrimônio público.

CAIU MAIS UM CORRUPTO

Um ministro da Dilma cai a cada 50 dias. E todos por indícios de corrupção. Se os ministros estão tão enrolados, imagine como estão os subalternos, onde é mais fácil ter acesso por parte dos corruptores. No ritmo que vai só vai sobrar uns 10 ministros. E não é por honestidade, mas por falta de tempo.

ENEM? EU HEIN?!!!

A coleção de problemas com o Enem não acaba nunca. Alunos do Ceará tiveram acesso a questões idênticas às da prova oficial do ENEM. Eles terão que refazer a prova. E daí? Daí que eu me pergunto: se eles tiveram acesso a tais questões, é óbvio que houve um vazamento. Se houve vazamento a ponto de escolas usarem abertamente as questões [nove], o que impede que tenha havido o mesmo vazamento em outros lugares e apenas alguns, mas às escondidas, também conhecerem previamente as questões?

Isso não acaba nunca, pois é um governo corruPTo.

LINKS PARA ARQUIVOS ORIGINAIS DE POSTS EM SÉRIE

Nestes links você pode encontrar a íntegra das duas mensagens postadas em série no blog:

http://www.4shared.com/file/CguKwNNO/Como_ser_livre_das_circunstnci.html

http://www.4shared.com/file/jTii2JGW/O_lugar_do_crente__no_mundo_ma.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CRISTIANISMO SEM BÍBLIA DÁ NISSO

Meu amigo Bruno Camargo postou isto, e resolvi publicar, para ver se nós, cristãos, acordamos para a necessidade de conhecer as escrituras porque elas testificam de Jesus:

"Hoje no meu trabalho uma discussão religiosa foi o tema da manhã, uma colega que disse ser evangélica, disse a sua teoria para o nascimento de Jesus. Resumindo a teoria é que Deus entrou no corpo de José, ai fez sexo com Maria, desta relação veio Jesus, que quando morreu virou espirito, conhecido também com espirito santo".

Que cristianismo é esse, afinal de contas? Onde esta pessoa tem aprendido isto? Quem será o seu mestre? Encontro duas explicações possíveis: ou ela é membro de uma destas muitas neoigrejas que surgem toda hora em cada esquina ou fundo de quintal, ou, então, ela faz parte do que chamo de cristianismo seletivo [alguém se lembra do seletor de canais das TVs da década de 80?]: com o controle remoto na mão, muda rapidamente de canal, ouvindo apenas pequenos trechos das falações dos auto-entitulados bispos, apóstolos, vice-deuses, etc…

O CRENTE E AS LEIS MUNDANAS

Este post é uma continuação de O crente e os deuses mundanos.

Sabemos que os crentes tem que se relacionar com o mundo. O Senhor nos disse que deveríamos continuar aqui [Jo 17.15] mas não como mundanos, e sim como sal e luz. Desde quando Jesus disse essas palavras aos nossos dias muitos anos já se passaram. Muita coisa mudou. Coisas que eram legais foram tornadas ilegais, e outras, que eram ilegais, foram legalizadas. Nos dias de Daniel também houve mudanças na corte babilônica. Nabucodonosor caiu [Dn 20-21] e Dario ascendeu ao trono [Dn 6.1]. Ao ser alçado a um cargo importante [Dn 6.3], Daniel logo atraiu a atenção de muitos que ambicionavam derrubá-lo [Dn 6.4-5]. A trama foi articulada de maneira engenhosa, sem que o nome de Daniel fosse mencionado [Dn 6.6-9]. Ele era o alvo, mas o ataque não foi direto – não poderia ser, pois nada havia na vida de Daniel que o fizesse merecedor de algum tipo de punição.

Diante de uma lei injusta, que deve fazer o cristão [Mt 22.21]? E se esta lei for não somente injusta, mas também afrontosa à vontade prescritiva de Deus [At 4.18-19]? Daniel, ao saber do decreto real, e conhecendo a legislação babilônica que prescrevia que um decreto real não pode ser ab-rogado, não se dobra diante de uma lei abusiva. Ao invés de ceder, ele tem mais um motivo para buscar a presença de Deus [Dn 6.10]. Difícil escolha a de Daniel, agora não mais um jovem. Mas ao mesmo tempo, a única escolha que poderia fazer um servo de Deus em seu lugar – embora não seja a que têm feito os servos de Deus na maioria dos lugares. É triste afirmar algo assim, mas esta é uma constatação, não uma suposição. Enquanto a maioria das pessoas não que arcar com as consequências de seus atos, Daniel é denunciado [Dn 6.11-16] e condenado a ser lançado em uma cova cheia de leões [Dn 6.17].

Como Sadraque, Mesaque e Abede-Nego diante da ameaça da fornalha, como Elias diante dos sacerdotes de Baal, Daniel sabia que o que estava em jogo naquela ocasião não era a sua vida, mas se valia a pena servir ao Senhor. É fácil encontrar multidões "entregando" sua vida ao Senhor, mas difícil encontrar quem, como Estevão, esteja pronto a encomendar sua alma. Viver com o Senhor, embora seja um caminho de lutas, é sempre mais fácil que morrer pelo Senhor. E nessa hora muitos fazem como os libelattici, sacrificatti e traditori que, diante da perseguição no século segundo se dobraram ante as exigências das autoridades romanas. Mas, naquela época, muitos agiram com firmeza, enfrentando o martírio e fazendo a Igreja crescer. Nomes como os de Blandina e Policarpo ainda hoje são modelos de comportamento diante da perseguição e de leis abusivas. Daniel agiu com firmeza – e o Senhor transformou o mal que pretendiam fazer a seu servo em bem para ele e glória para seu santo nome [Dn 6.26-28]. O Senhor enviou um anjo que fechou a boca dos leões [Dn 6.20-22] e o rei teve que admitir que Daniel servia ao Deus vivo e verdadeiro, ao Deus verdadeiramente poderoso para livrar os seus [Dn 6.23-24]. Daniel foi honrado, Deus foi glorificado, e aqueles que tentaram mata-lo foram destruídos [Dn 6.24].

Será que os cristãos atuais tem a mesma disposição de Daniel? Quantos são os joelhos que não tem se dobrado diante dos baalins modernos? Quantos tem rejeitado, com todas as consequências, as leis abusivas e anti-bíblicas? A Igreja está sendo pressionada a aceitar como normal o homossexualismo – e alguns setores dela já capitularam, inclusive ordenando pastores homossexuais. Se acontecer de a legislação tornar obrigatória a aceitação de homossexuais nas igrejas, inclusive com a realização de casamentos, o que a Igreja moderna está pronta a responder? A Igreja precisa se posicionar. Homossexualismo, divórcio, aborto, corrupção, troca de favores políticos e tantas outras práticas estão acontecendo ao nosso redor. E a igreja pouco ou nada tem dito a respeito. Tem se calado, muitos tem vendido seu silêncio a um preço caríssimo para a própria Igreja – é como se estivesse entregando os anéis, mas o monstro logo vai querer os dedos também... Acredito sinceramente que quem se dobra diante do sistema, quem se vende sempre recebe mais do que vale, mesmo que se venda por apenas R$ 1.99. É muito para pagar o salário da traição, da covardia.

O CRENTE E OS DEUSES MUNDANOS

Este post é continuação de o crente e os prazeres mundanos.

O crente está sempre sendo colocado diante de ídolos, e sendo convidado a se prostrar ante eles. Com Daniel não foi diferente. Embora os ídolos de outrora e os de hoje sejam, sob alguns aspectos, diferentes, a perspectiva do crente deve ser a mesma. Daniel teve que enfrentar um desafio que poderia significar a morte. O rei Nabucodonosor mandou fazer uma imagem de si mesmo, colocou-a em uma região de fácil acesso e determinou que todos, inclusive Daniel e seus amigos [Dn 3.1-5], deveriam se prostrar diante delas ao som de uma música. A escolha era a obediência ou a morte em uma fornalha ardente. Para a grande maioria dos habitantes da província aquilo não representou nenhum problema. Uma divindade a mais ou a menos não fazia diferença. Embora o livro de Daniel não diga quantos judeus foram deportados, não menciona que outros judeus tenham tomado a mesma atitude dos jovens amigos de Daniel [3.12]. Denunciados, levados à presença do juiz [que era ao mesmo tempo juiz, legislador e ofendido, mantiveram sua decisão. Não importava o que acontecessem, eles venceriam o rei. Se morressem, morreriam dando testemunho de sua fé, e, se não morressem, também venceriam mostrando que o Deus de Israel era poderoso para salvá-los. Para eles a opção não era viver ou morrer, mas ser ou não fiel [3.17-18]. O resto da historia é conhecido: eles são lançados na fornalha acesa e ali são livrados milagrosamente pelo anjo do Senhor. O testemunho de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, mesmo diante da morte iminente, resultou em louvor a Deus mesmo por parte do rei.

É evidente que, de uma maneira geral, não temos enfrentado as mesmas dificuldades quanto à idolatria que os aqueles servos de Deus enfrentaram. Mas, ao mesmo tempo, é evidente que também enfrentamos os desafios da idolatria, de uma maneira mais sutil, e, provavelmente, ainda mais perigosa para os crentes do tão decantado mundo moderno. A idolatria, diferente do que alguns defendiam, não é uma característica de sociedades atrasadas. É uma característica do coração do homem, seja qual for o seu grau de instrução ou desenvolvimento tecnológico.

Muitas imagens tem sido erigidas na planície esperando o posicionamento dos crentes. Muitos tem capitulado ante a nova sexualidade irresponsável, o consumismo desenfreado, o acúmulo de riquezas e conhecimento, o curvar-se ante os astros do entretenimento e esportes... é curioso mas a historia tem mostrado que até mesmo os servos de Deus que alcançaram alguma proeminência se tornaram motivo de idolatria disfarçada sobre nomes como veneração ou algo parecido. Sua conduta, longe de ser realmente imitada [I Co 11.1], é estudada, comentada, divulgada mas não serve de exemplo real. Admiradores da piedade dos crentes que na verdade são impiedosos apesar de vestirem uma aura de pureza e santidade que impressiona alguns, mas logo fica evidente a todos que tudo não passa de uma máscara vazia e sem sentido. Quem são estes deuses modernos?

A acomodação aos valores mundanos também tem sido chamada de politicamente correto. Tenho dito que o politicamente correto quase sempre é biblicamente incorreto. Ou, colocado de outra maneira, tomar a forma do mundo é rejeitar os moldes de Deus. A palavra nos exorta a não tomarmos a forma do mundo, não nos acomodarmos [Rm 12.2], não nos amoldarmos às paixões mundanas [I Pe 1.14]. Sempre me fiz uma inquietante pergunta: onde estavam os milhares de judeus que foram deportados? Como se comportavam? Porque só Daniel e seus três companheiros de infortúnios sofreram por causa da sua fé?

Certamente os "deuses" do presente século são diferentes dos que Daniel teve diante de si. Mas, ainda assim, a pressão para curvar-se diante deles é poderosa. Situações corriqueiras, como a moda, costumes, mídia convidam constantemente a uma tomada de posição – e quase sempre este posicionamento é contrário à palavra de Deus. Os cristãos do séc. XXI dificilmente poderiam ser comparados com os amigos de Daniel. Tem se curvado ante deuses estranhos, mas muito atrativos: sexo antes do casamento, adultério, divórcio, aborto, consumismo, sonegação de impostos, bebidas, baladas com uma frequência e sensação de normalidade que espantam. Até mesmo a diversão pode se tornar um "baal" particular (Ex 20.3). O que pensar de alguém que, por exemplo, deixa de ir para um culto simplesmente porque tem a oportunidade de assistir o jogo de seu time predileto porque está passando alguns dias na cidade?

domingo, 23 de outubro de 2011

COMO SUPERAR O PASSADO

Este e os próximos 5 posts compõem a mensagem "Como superar o passado", entregue ao povo de Deus pela primeira vez na Igreja Presbiteriana em Jacundá. Meu desejo é que sejas grandemente abençoado ao ler. Se tiver observações para edificar a minha vida e a dos meus leitores, basta clicar aqui e terei imenso prazer em ler, avaliar e, se necessário, publicar ou comentar. Do contrário, não tente destruir o que não teve trabalho algum para edificar.

Soli Deo gloria.

Não há nada que escravize mais o homem do que a sua memória. A memória é como uma terrível cadeia que o homem que se sente culpado por ter feito ou deixado de fazer. Há alguns anos, no Paraná, conheci um homem que havia participado da disputa por terras com os indígenas na região de Pitanga, Turvo, Boaventura do São Roque, Nova Tebas, Roncador e região, nas primeiras décadas do séc. XX. Idoso já, mandou chamar um pastor porque queria conversar sobre algo muito importante. Encontrei-o no leito, respirando com um pouco de dificuldade, mas que não impedia-me de entender o que ele falava com forte sotaque gaúcho. Resumindo a sua historia: ele havia participado de várias chacinas de pequenos aldeamentos indígenas. Os invasores cercavam as aldeias, capturavam os índios, faziam os adultos e as crianças de alvo para suas balas e depois de abusarem das mulheres, matavam-nas também com requintes de crueldade indignas de serem sequer lembrados aqui. E onde entra o pastor nesta historia? Ele simplesmente não queria morrer carregando aquilo na sua memória sem confessar seus crimes. Não tinha coragem de contar para as suas filhas. Mas sentia-se preso, escravizado, precisava libertar-se. Sua memoria era sua prisão.

Contou-me sua historia com uma riqueza de detalhes impressionante para um homem com a sua idade. Ao sair, perguntou-me o que devia fazer. Perante a justiça dos homens seu crime havia prescrito. Mas ele ainda era prisioneiro de sua culpa. Seu passado o atormentava. Limitei-me a lembrar-lhe as palavras do apóstolo [I Jo 1.9 – Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça] e dizer-lhe que aquele que está em Cristo é nova criatura [II Co 5.17 - E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas]. Perguntei-lhe se queria ser tornado nova criatura. Com a rudeza que havia caracterizado seu passado, ele apenas me disse: "Agora que já contei minha história, não pesa mais. Quero apenas morrer e descansar. Isso me basta".

Por outro lado há aqueles que desejam superar o passado procurando aconselhamento profissional, e encontram psicólogos dispostos a ouvirem sua historia e aplicarem alguns tipos de medicamentos emocionais, como a sublimação [explicar os eventos em função de desejos e anseios sem qualquer relação com a culpa que a pessoa eventualmente possa sentir, desqualificando a seriedade dos atos cometidos] ou a terceirização da culpa, isto é, atribuir a outras pessoas ou ao meio a responsabilidade pelos atos cometidos, que passam a ser tidos como apenas reflexos condicionados pelas pressões sofridas.

COMO SUPERAR O PASSADO: INTRODUÇÃO

Mas será que isto realmente funciona? O simples desabafo ou o auxilio de profissionais da mente é suficiente para livrar a pessoa do fardo que carrega? Seria suficiente para aliviar a dor de uma mulher que cometeu um aborto? Ou do homem que violentou uma jovem? Ou do empresário que sonegou impostos? Ou do filho que desprezou seus pais? Ou do aluno que colou na prova? Ou do motorista que passou o sinal vermelho? Ou da criança que roubou uma manga? Ou do casal de namorados que ultrapassou os limites de um namoro santo?

Tudo isto se chama pecado, palavra desagradável que preferimos trocar por outras menos sonoras, como erro, descuido, falha. Mas trocar o nome de uma coisa não muda a sua essência. Psicólogos chamam estas coisas de diversos nomes, mas eles não conseguem mudar duas coisas: a natureza do pecado cometido e a sensação de um consciência acusadora. Podem ajudar a pessoa a racionalizar, sublimar, terceirizar a culpa sentida – mas ainda o pecado continuará lá, como uma mão a escrever na parede, acusador, presente. Com se livrar desta sensação? O que fazer para obter a liberdade desta opressiva presença?

Creio que as respostas podem ser encontradas na vida, exemplo e lutas de um campeão da fé, o apóstolo Paulo. Escrevendo aos romanos ele lembra que, sozinho, é um pobre e miserável homem, um desventurado escravo do pecado [de novo esta palavrinha desagradável]. Pode até desejar fazer o bem, mas não consegue. Pode até lutar para não fazer o mal, mas também é por ele vencido. Vive, mas sente-se morto [Rm 7:24 - Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?]. É um cidadão romano, livre, mas sente-se escravo [Rm 7:14 - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.]

Entretanto, este mesmo Paulo, atribulado, perplexo e abatido pelo poder do pecado, ao mesmo tempo é o Paulo que clama por socorro, não se angustia nem se desanima, e torna-se mais que vencedor, não se deixando destruir [II Co 4.8-9 - Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos]. Sua vitória não é a da razão, da psicologia, mas a da fé [Rm 7.25 - Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado. - e 8.1 - Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus].

O que Paulo tem a nos ensinar sobre o passado? Para isso precisamos recorrer a uma de suas cartas, escrita aos crentes da cidade de Filipos [Fp 3:12-14: Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus].

O ser humano é, essencialmente, um ser temporal e espacial. Ele existe no tempo e só consegue pensar de acordo com o tempo e o espaço que ocupa. Nosso raciocínio é, sempre, feito em termos do que foi, do que é e do que será – por isso não conseguimos entender a eternidade. E mesmo quando tentamos entende-la queremos pensa-la como um tempo sem fim. Nossa mente sempre se volta para três categorias temporais: o passado, o presente e o futuro. Há como fugir disso? Não, até que experimentemos a eternidade. O que, então, podemos fazer para nos livrar do passado, aqui entendido como a "nossa história de realizações que funcionam como uma cadeia a prender-nos e angustiar-nos?"

COMO SUPERAR O PASSADO: ESQUECER O QUE JÁ NÃO EXISTE.

A primeira coisa que aprendemos é que o passado, como categoria temporal, existe apenas na nossa memoria. Na realidade o passado inexiste. Ele é o tempo que já não é. Sei que à primeira vista isto parece meio confuso, mas o passado já foi, já passou, já não é e jamais voltará a ser. Não há como muda-lo, consertá-lo, melhorá-lo. Não há como experimentá-lo novamente, por melhor que tenha sido. É esta justamente a angústia do ser humano: não poder retornar ao que já foi, para corrigir, melhorar ou simplesmente deliciar-se no que já não é.

É exatamente isto o que Paulo afirma quando diz que prossegue para o alvo esquecendo-se das coisas que para trás ficam. Não quer ele dizer com isso que não se lembra das pessoas, dos eventos que lhe sucederam, pelo contrário, sua memoria é excelente [II Co 11 - São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões; em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejuns, muitas vezes; em frio e nudez].

Entretanto, o que Paulo afirma é que os pecados cometidos foram deixados ao tornar-se nova criatura. O passado, embora com lições preciosas, não é mais uma fonte de preocupação ou de angústia porque nada pode nos ensinar à parte da graça de Deus. Mesmo ele, Paulo, que fora blasfemo, e insolente, e perseguidor, via no grande poder de Deus a libertação destas coisas e glorifica a Deus pela oportunidade de ter sido liberto [I Tm 1.12-16 - Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade. Transbordou, porém, a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna].

Não acredite que estou te dizendo para simplesmente esquecer o que você fez. Isto é impossível. Não acredite em quem lhe diz que o que você fez já não importa. Importa muitíssimo. Mas também não acredita que você não pode fazer mais nada para mudar sua situação por causa do que você fez. Pois você pode. Você pode buscar a mesma ajuda que Paulo buscou. Você pode experimentar o mesmo perdão que Paulo experimentou. Você pode depor sua carga pesada aos pés daquele que levou sobre si as nossas dores [Is 53.5 - Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados]. Você não precisa mais carrega-los. Entregue-os aos pés daquele que diz aos cansados e sobrecarregados que lhes dará descanso e alívio [Mt 11.28 - Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei].

Você não precisa do seu passado. É uma carga. Você não precisa viver escravizado ao passado. O passado já passou. Largue essa carga aos pés de Jesus, e tome uma nova atitude.

COMO SUPERAR O PASSADO: PROSSEGUIR APESAR DO QUE SE VÊ E É PASSAGEIRO. VIVA POR FÉ.

Paulo continua a guiar-nos, depois de mostrar que o passado não pode ser vivido duas vezes, e que o que foi feito não deve determinar o que se vai fazer, e que a libertação da culpa pelos pecados cometidos pode ser encontrada, dá-nos nova orientação. Ele usa por diversas vezes o verbo de maneira a expressar ação presente, ainda que de duração contínua e inesgotável. Ele diz: "uma coisa faço", "esquecendo-me" e "avançando" "prossigo".

Já não vemos o Paulo à beira do desespero expresso em Rm 7. Parece-se mais com um guerreiro a prosseguir por um território conquistado após ser liderado numa vitória retumbante pelo seu invencível capitão. Sabe que não precisa temer. A guerra foi vencida e a batalha findou. Após a vitória as horas de trincheira, angústia, marchas forçadas, fome, sede, chuva – tudo isto findou. Os atletas sabem bem o que é isso. Horas, dias, meses, semanas e anos de treinamento são esquecidos em, às vezes, poucos segundos de glória que jamais serão repetidos e logo superados por outros competidores.

Entretanto, o presente de Paulo não é estático. Já dissemos que ele é ativo e resulta em ações concretas. Paulo diz que faz uma coisa: enquanto se desvencilha do passado, toma a decisão de seguir em marcha, avançar, prosseguir para o alvo, para o premio da soberana vocação. Paremos para pensar, o que é o presente? O presente é o momento em que eu perguntei o que é o presente ou agora é que é o presente? Quando você me responder: agora, o presente já terá ido. É por isso que o profeta Habacuque diz confiar em Deus apesar das circunstancias [Hc 3.17-18 - Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação].

Quero destacar neste verso da palavra que Habacuque afirma que se alegra no Senhor mesmo nas circunstâncias adversas que vive. Talvez a maioria de nós concordasse em dizer: "eu me alegrarei". Não Habacuque. Ele é crente. Ele sabe que o crente não vive pelo que vê, mas por fé [II Co 5.07 - ...visto que andamos por fé e não pelo que vemos]. E às vezes mesmo o crente precisa ser repreendido por sua incredulidade [Jo 20.27-29 - E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram].

O passado deixado para trás não pode ser transformado num presente que pretende ser tornado eterno. O passado já não existe e o presente é contínuo, vívido e deve ser vivido na presença do Senhor [Hb 3.13 - ...pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado]. De pouco adianta libertar-se do passado e não aproveitar com sabedoria o tempo que o Senhor nos dá.

O que você fez no seu passado? O que você tem feito com o seu hoje? O que você fez não pode ser determinante para o que você faz – não somos como os muçulmanos que, em seu fatalismo, a tudo dizem maktub, num determinismo cego. O seu hoje pode ser o seu tempo de arrependimento [Mt 4:17 - Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus], de ouvir a voz de Deus [Hb 3:15 - Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação] e de entregar-se confiantemente às mãos do Salvador, Jesus Cristo.

COMO SUPERAR O PASSADO: ESPERE PELO ETERNO, OLHE PARA O AUTOR E CONSUMADOR DA FÉ, JESUS CRISTO

Perfeitamente consciente de que o passado já não é, de que o presente é efêmero e deve ser aproveitado para a busca constante e confiante de Deus [Is 55.6 - Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto]. Eu creio que nenhum verso da palavra de Deus demonstra com maior eficiência a necessidade da procurar estar na presença de Deus com urgência. A palavra enquanto expressa a oportunidade oferecida por Deus ao pecador para busca-lo, pois ela logo passará, e toda busca se tornará inútil [Pv 1.28 - Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar].

Paulo nos ensina que o presente só é realmente útil se for empregado numa tarefa: prosseguir para o alvo proposto [Hb 12.2 - ...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus] para o premio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, a vida eterna.

O presente não é a meta do cristão – e nem pode ser, porque ele vai passar. O atual estado de coisas não é o nosso alvo. Não deve o cristão sentir-se confortável nesta era, pelo contrário, deve rejeitar amoldar-se ao mundo [Rm 12:2 - E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus]. Só pode ter exta experiência quem rejeita o presente e olha para o futuro glorioso, quem espera o retorno do Senhor Jesus como o momento da consumação da historia do mundo e da sua própria historia.

A bíblia fala, de diversas maneiras, sobre a necessidade do cristão não viver preso ao presente. Paulo afirma que a casa que aqui temos, isto é, nosso corpo, nossa vida, nossos bens e conquistas podem ser desfeitas [ele usa a palavra tabernáculo, isto é, tenda, habitação passageira], mas há uma morada que não pode ser desfeita e deve ser o nosso alvo, ao qual chama de edifício, algo edificado, permanente, eterno, celeste [II Co 5.1 - Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus].

A certeza que a bíblia nos oferece é a mesma que Paulo tinha, de que, independente do presente, independente das circunstâncias, se confiarmos nossa vida ao Senhor agora, no dia que se chama hoje, ele nos guardará até o dia de Sua manifestação gloriosa [II Tm 1.12 - ...e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia]. Paulo não duvidava do poder de Deus, pois ele sabia que Deus jamais deixa uma obra inacabada [Fp 1.6 Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus].

A conclusão de Paulo a respeito do presente é baseada em uma verdade contestada em seu tempo e, também, hoje: a ressurreição de Jesus. Se a encarnação é a entrada do eterno no tempo, a ressurreição pode ser entendida como a abertura da eternidade para nós, limitados ao tempo. Paulo afirma que quem vive esperando apenas conquistas temporais pode ser considerado o mais infeliz de todos os homens [I Co 15.19 - Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens].

COMO SUPERAR O PASSADO: CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quais são os seus planos? Qual a sua esperança quanto ao amanhã? Quais os seus alvos e metas? Onde está o teu coração [Mt 6.21 - ...porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração]? Onde está seu coração? Não sei quanto ao seu passado – e talvez você precise fazer um acerto com Deus, confessando pecados como a incredulidade, desobediência, rebeldia e tantos outros pecados que não é necessário serem mencionados. Quero apenas ilustrar com uma história que ouvi há quase 6 anos. Ao fazer uma visita, acompanhado de um presbítero, a uma família que havia se afastado da igreja, não conseguíamos identificar a causa do seu afastamento. Até que, em dado momento, em lágrimas, a senhora contou-nos o motivo: sua consciência os acusava de um terrível pecado. Para protegerem a si mesmos e à sua filha haviam planejado e executado um assassinato. Como adorar a Deus com tal peso no coração?

Eles não conseguiam confessar o pecado a Deus – não conseguiam pedir perdão. Estavam escravizados ao seu pecado, e isto os afastava de Deus. E assim permaneceram. Seu passado os impedia de ter em um presente na presença de Deus. Não conseguiam libertar-se, abandonar a culpa, deixar para trás o que não precisava ser carregado, despojar-se do pecado [I Pe 2.1-3Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso]. Para eles não havia esperança. E para você? O que prefere? Os prazeres transitórios do pecado ou a certeza da glória celeste? Cristo ou o mundo? A vida eterna, embora rejeitando os prazeres do mundo, ou a gloria mundana, e a eternidade sob a ira divina?

Quero encerrar com um convite a você: deixe para trás o passado, lance-os aos pés da cruz de Cristo, abandone-os e tome, agora, a decisão de seguir em frente, prosseguindo para o alvo da soberana vocação, Cristo Jesus, o autor e consumador da fé [Hb 12.2...olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus].

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A IGREJA PRESBITERIANA E A ORDENAÇÃO DE UM PASTOR GAY PELA PCUSA

pós a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos ordenar um pastor gay, o reverendo Roberto Brasileiro Silva, presidente da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), disse ao Verdade Gospel nesta segunda-feira que não há nenhum relacionamento entre a IPB e a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. Ele afirmou também que a IPB é contra o casamento de pessoas do mesmo sexo e que considera o homossexualismo pecado.

Entenda melhor o caso
A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos acolheu de volta um pastor que teve de renunciar ao cargo por ser gay, de acordo com informações da agência de notícias Associated Press. Depois de 20 anos afastado, o pastor Scott Anderson foi novamente ordenado neste sábado. A ordenação ocorreu em sua casa em Madison, Wisconsin. “Quem conhece Scott vê seu extraordinário dom de ministério, a sua capacidade de pregar a palavra, sua compaixão, sua humildade”, argumentou Jennifer Sauer, 41 anos, que frequentava a igreja de Anderson. Durante entrevista recente, Anderson, 56 anos, lembrou que omitiu sua sexualidade de 1983 a 1990, quando renunciou ao ministério após um casal descobrir que ele era gay. “Esse foi realmente o melhor e o pior momento da minha vida”, declarou Anderson. “Foi o melhor porque eu era capaz dizer, pela primeira vez, quem eu era. Mas havia também a tristeza de deixar o que eu amava.” A Ordenação do pastor Scott na Igreja Presbiteriana foi aceita após anos de debate sobre a permissão de ministério para gays. A nova constituição da igreja prevê a aceitação de homossexuais.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

E COMO FICA A TEORIA DA EVOLUÇÃO?

Os evolucionistas afirmavam que uma espécie de peixes, o celacanto, havia se extinguido há 65 milhões de anos. Porém, em 1938 aconteceu uma descoberta inesperada, que, literalmente, os trouxe à tona novamente. Pescadores da costa da África do Sul encontraram um exemplar vivo do referido peixe, num dos achados arqueológicos e biológicos mais importantes do sév. XX. Os morfologistas compararam os animais encontrados com os fósseis e chegaram a uma conclusão: os atuais são exatamente iguais a fósseis datados, segundo eles, de 400 milhões de anos. Depois disso foram capturados mais 200 exemplares – a maioria nas ilhas Comoro, no oceano Índico. Foram encontrados duas subespécies: os Latimeria chalumnae e os Latimeria menadoensis, que  vivem em águas profundas e podem atingir até dois metros de comprimento e pesar 90 quilos.

Isto não é ciência

Mesmo com uma prova cabal de que os peixes não sofreram mutações em, segundo suas estimativas, 400 milhões de anos, insistem em dizer que o celacanto é um dos parentes mais próximos dos vertebrados terrestres (tetrapodes) por conta de protuberâncias semelhantes a um coto de braço nas nadadeiras. Outros cientistas, porém, afirmam que os tetrapodes descendem dos pulmonados, uma outra classe de peixes bastante antigos também.

Que nome dar a isso? Uma hipótese de trabalho é contraditada pelos fatos, e, mesmo assim, os cientistas continuam a crer em algo diferente do que a sua própria ciência demonstra. Isso é uma é cega, explicada somente pela negativa de aceitar o que a bíblia diz sobre a origem de tudo que há: que Deus os criou, cada um, segundo a sua espécie.

sábado, 1 de outubro de 2011

O CRENTE E OS PRAZERES MUNDANOS

Daniel não podia deixar o palácio. Ele não podia voltar para Jerusalém. Ele não podia fugir ao seu destino. Sofriam, literalmente, na carne, a ignomínia de terem sido tornado escravos – foram castrados. Uma antiga canção exortava os crentes a florescerem onde Deus os plantasse [se alguém conhecê-la, pode me informar que serei grato, lembro apenas de duas frases: creia o crescimento que vem de Deus, floresça onde ele te plantou]. Da mesma maneira que a criança na casa de Naamã [II Rs 5.2Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã] também os hebreus teriam que permanecer na casa do rei, que os entregou aos cuidados do chefe dos eunucos [Aspenaz, provavelmente um eunuco cativo, como os demais] com rigorosas determinações sobre sua educação e alimentação [Dn 1.3-6 - Disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei e lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus. Determinou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, ao cabo dos quais assistiriam diante do rei]. Até mesmo os seus nomes são mudados, numa tentativa de aculturação mais rápida [Dn 1.7O chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de Mesaque; e a Azarias, o de Abede-Nego]. Serem chamados por seus nomes poderia ajuda-los a se lembrar de Jerusalém – novos nomes no mínimo não evocariam saudades. Mas, tendo os nomes mudados, sua natureza, sua essência não mudou. O nome indicava identidade, mas aqueles jovens sabiam quem eles eram.

Por não perderem sua identidade no meio da multidão palaciana, Daniel tomou uma decisão inesperada, provavelmente jamais vista na coorte babilônica: ele decidiu não se contaminar com as finas iguarias do rei [Dn 1.8Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se]. É evidente que havia uma preocupação de Daniel com os cuidados alimentares dos judeus. Havia muita coisa que era colocada à mesa que, segundo a lei judaica, era proibida. Havia, também, a questão de que muito do que estava ali vinha diretamente dos templos pagãos. E havia, ainda, a questão do esquecimento da casa de Deus – foi lá na babilônia que os judeus compuseram o impressionante e pungente salmo 137 [Sl 137.5 - Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita].

O CRENTE E A LEI

Quase sempre que um novo convertido conversa com seus amigos de práticas pecaminosas de antes da sua conversão ele ouve a jocosa pergunta: "Então, agora você passou pra lei de crente?" Há 20 anos atrás o novo convertido tomaria tempo para explicar que se trata muito mais de ter uma nova natureza, uma nova perspectiva da vida e do mundo, e, principalmente, de um desejo sincero de agradar àquele que por ele morreu na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e está à destra de Deus – de onde virá a julgar vivos e mortos. Entretanto, não é mais assim. O crente moderno diz rapidamente que a Igreja não lhe proíbe quase nada, que ele ainda é a mesma pessoa de antes, etc. Mas, se é realmente convertido, a verdade é que ele já não é a mesma pessoa [II Co 5.17E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas]. A lei foi abolida do ponto de vista de meio de salvação. A lei cerimonial e seus sacrifícios foram cumpridas, mas a lei moral ainda permanece. O crente ainda tem que santificar-se. O crente ainda tem que obedecer a uma vontade maior que a sua – ou obedece à vontade de Deus ou tem que sujeitar-se à escravidão ao diabo. Não há meio termo. Ainda há uma disputa em seu ser de duas leis, a lei da carne, para o pecado, e a do Espírito, para a vida [Rm 8.1-2 - Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte]. Mas ainda há uma lei – Cristo ainda exige obediência de seus discípulos [Jo 14.15 - Se me amais, guardareis os meus mandamentos].

Um outro aspecto sobre a lei que merece ser observado é que existem leis não escritas, chamadas de leis sociológicas, que exigem uma adaptação dos crentes. Este tomar forma do mundo é veementemente condenado pelas sagradas escrituras [Rm 12.2E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus].

O CRENTE E A ORIGEM DAS COISAS

Tudo o que Deus criou é bom – mas o uso que se faz das coisas criadas pode não ser bom. No palácio de Nabucodonossor havia de tudo – mas nem tudo o que ali era oferecido seria lícito a um servo do Deus vivo e santo. Como manter-se puro aproveitando-se dos prazeres ali oferecidos se a maioria do que era posto à mesa tinha origem escusa? Era fruto de opressão, de apropriação do alheiro, de destruição de famílias. Ali estavam jovens, homens e mulheres, sendo explorados pelos seus senhores. Aquelas iguarias eram impuras e um servo de Deus deveria rejeitar. Os prazeres do mundo, oferecidos aos crentes, podem até ser lícitos, mas não são convenientes [I Co 6.12 - Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.] nem edificantes [I Co 10.23 - Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam]. O crente deve ser cuidadoso com as iguarias que lhe são oferecidas – sua origem nem sempre é lícita e o resultado nem sempre é edificante.

O que é bom pode ser usado para o mal. Um produto que pode ser benéfico para a saúde pode ser transformado em droga. O desejo por companhia pode ser deturpado através da prostituição, adultério, fornicação, pornografia, lascívia, roupas imorais. O desejo por progredir financeiramente pode dar lugar ao roubo, à desonestidade, à fraude, à corrupção. O amor próprio pode dar lugar ao egocentrismo. E tudo isto é oferecido ao crente como se fosse o ideal, o desejável, o meio pelo qual o crente pode ser aceito no grupo. A proposta é: aceite o que te oferecemos e seja um de nós. A origem das iguarias é ilícita, e o crente precisa estar pronto a rejeitá-la, ainda que tenha que ficar com algumas coisas aparentemente menos apetitosas. O mundo oferece muitas “finas iguarias”, muitos prazeres da carne e deliciosos sabores do pecado. O mundo não só oferece coisas a você como também, de certo modo, determinará que você faça uso delas.

O CRENTE E O ESQUECIMENTO DO QUE APRENDEU

Daniel e seus amigos foram escravizados, desenraizados de Jerusalém, levados para mais de 400km de distancia, impedidos de retornar, emasculados, tiveram seus nomes trocados, mudaram suas vestes e só lhes faltava mudar os seus hábitos alimentares e religiosos. E é neste ponto que Daniel percebe que não pode mais ceder. Aspenaz teria 3 anos para mudar os costumes dos hebreus, fazê-los esquecer sua casa e seu Deus. Novamente chamo a atenção para o salmo 137 [Sl 137.5 - Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita]. Daniel não queria esquecer Jerusalém. Os hebreus não queriam esquecer Jerusalém. O crente não pode se esquecer de quem é seu Deus. Também não pode se esquecer de quem é. É um servo de Deus no meio de uma geração má e adúltera. É um servo de Deus na sua escola, no seu trabalho, entre os seus amigos. Num ambiente em que a prostituição, a fornicação, a pornografia, o sexo sem compromisso, as drogas, as bebidas ingeridas sem bom senso, os bailes libertinos, a jogatina, as roupas indecentes, as palavras maliciosas, a corrupção, a fraude, a desonestidade, e tudo o que se parece com isso é oferecido como normal, como algo que "todo mundo faz" o crente tem que mostrar-se diferente. Ele conquista a atenção dos seus amigos sendo diferente deles, não sendo igual. Seu poder está numa vida diferente, santa, incontaminada.

Daniel tomou esta decisão. Queria ser diferente. Conseguiu um tempo para tentar ser diferente. Aos crentes também são dadas oportunidades para serem diferentes – e não é sendo chamado à frente da sua turma para dizer o quanto Jesus mudou sua vida [se mudou mesmo]. A oportunidade vem vestida de prova: é o amigo que oferece uma cerveja, a amiga que oferece uma cola na prova, o patrão que oferece aumento mediante certas atitudes, a garota que se insinua, o círculo de escarnecedores que se fecha a seu redor... é nessa hora que o crente tem a sua verdadeira oportunidade de testemunhar, de dizer o que ele tem de diferente. De mostrar que tomou a firme decisão de ser diferente, de não se contaminar com as coisas e costumes deste mundo. Mesmo coisas que não são pecaminosas em si mesmas podem ser usadas para conduzir ao pecado. O que é lícito pode ser usado como armadilha do diabo e do mundo para atrair os desejos da carne. O crente deve ficar atento. Deve se lembrar que mesmo as coisas lícitas podem não ser convenientes nem edificantes, não devendo se deixar dominar por nenhuma delas [I Co 6.12]. Crente, seu poder está em ser diferente, não igual ao resto do mundo. Ser igual não chama a atenção, não atrai olhares nem admiração.

O LUGAR DO CRENTE É NO MUNDO. A NATUREZA DO CRENTE NÃO É MUNDANA

Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.

Dn 1.8

A história de Daniel e seus amigos Hanani [Sadraque], Misael [Mesaque] e Azariah [Abede-Nego] é bem conhecida, mas não nos custa lembrar o que ocorreu. Os quatro hebreus eram membros da aristocracia em seu país, mas viram-no ser invadido por volta do ano 600 ac. por Nabucodonosor e foram capturados para servirem no palácio do rei. Nabucodonosor dava preferência aos nobres por saber que possuíam maior instrução, geralmente eram letrados e bem educados. Dava menos trabalho treinar um nobre para servir do que pegar um agricultor e ensinar-lhe a viver na coorte. Ao que sabemos Daniel teve vida longa, pois acompanhou o reinado de três reis [Nabucodonossor, Dario e Ciro]. O livro fala muito pouco da vida de Daniel e seus amigos na coorte hebreia, como se a lembrar-nos que ser crente no meio do povo de Deus não é tão difícil. Já sobre a vida de Daniel no palácio babilônico é narrada com vividos detalhes, e, em meio a muitas dificuldades, aprendemos que a vida do crente num ambiente hostil pode ser vitoriosa.

Quero ressaltar que a vida destes servos de Deus foi num ambiente francamente hostil, mas que, curiosamente, não queria ser hostil. Não havia interesse em Nabucodonossor de tornar difícil a vida de seus servos no palácio. Mas, mesmo com estas facilidades, não significaria, necessariamente, aceitação. As armadilhas seriam ainda mais perigosas. Creio que as batalhas que o crente tem que enfrentar estão ficando cada vez mais difíceis e menos dissimuladas. Os desafios estão se tornando cada vez maiores, e o mundo tem oferecido aos crentes atrativos cada vez mais fortes. O cerco está se fechando. Os nossos interesses, a inclinação da nossa carne [Rm 7.18 - Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo], as armadilhas do diabo e o sistema de valores e interesses que nos cerca tentam arrastar o crente para uma atitude cada vez mais acomodada e fria em relação a Deus. A este inimigo a bíblia chama de mundo, afirmando que ele jaz no maligno [I Jo 5.19 - Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno] e não deve ser amado [I Jo 2.15 - Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele]. As coisas que há neste mundo [que não se refere à criação, mas ao sistema que a domina e explora] não procedem de Deus [I Jo 2.16 ...porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo] e estão em oposição a Deus [Tg 4.4 – Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus].

Por mundo devemos entender a cosmovisão, a filosofia imperante em nosso tempo, que é de inspiração satânica. Amar o mundo significa não amar a Cristo que rejeitou o oferecimento que satanás lhe fez de dar-lhe a gloria dos reinos do mundo [Mt 4.8-9Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares]. Os amigos de Jesus seguem-no, tem-no como modelo e obedecem-no em tudo. Se Jesus não aceitou a glória do mundo, o crente também não deve deseja-la. Se Cristo foi perseguido pelo mundo, seus discípulos também o serão [Jo 17.14-16 - Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.  Não peço que os tires do mundo e sim que os guardes do mal.  Eles não são do mundo como também eu não sou]. Olhando para a vida de Daniel e de seus amigos, percebemos que eles também estavam no mundo e foram tentados pelo mundo, mas conseguiram passar por ele sem se tornarem seus amigos.

A Daniel e seus amigos não foi oferecida a glória do mundo, mas algo mais imediato e sutil: os prazeres do mundo, o direito de tomar parte nos banquetes reais. Não se tratava apenas da comida, mas das festas – regadas a muita bebida, imoralidade, sensualidade, cultos idólatras e blasfêmias. Tudo isto estava embutido no oferecimento de participação nas finas iguarias do rei. E a isto Daniel e amigos dizem não, mesmo correndo o risco [que efetivamente se concretizou] de serem vistos como diferentes, de não pertencerem ao grupo, observados pelos companheiros de infortúnio como esquisitos e se tornarem, mais tarde, alvos de perseguição.

UM PEQUENO INFORME SOBRE QUATRO TEXTOS QUE SÃO, NA VERDADE, UM SÓ

Os dois próximos posts fazem parte de uma série de 4 [preferi dividi-los para que não ficassem muito extensos e cansativos]. Serão editados em ordem inversa e não sequenciais, portanto, vocês terão um pouco mais de trabalho, mas creio que o resultado vale a pena. Boa leitura. Comentários e críticas diretamente para meu e-mail.

1. O lugar do crente é no mundo, mas a natureza do crente não é mundana.

2. O crente e os prazeres mundanos.

3. O crente e os deuses mundanos.

4. O crente e as leis mundanas.

Estou fazendo uso de um termo que tem sido, paulatinamente, repudiado por aqueles que deveriam se orgulhar de carregá-la: crentes [pistos]. O termo cristão tem sido cada vez mais esvaziado do seu significado. Sob esta palavra qualquer um se abriga, mesmo que nada saiba do Cristo das escrituras.

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