sábado, 12 de maio de 2012

O PROBLEMA DA IGREJA É TER CRENTES CARNAIS OU CARNALIDADE? CONSIDERAÇÕES FINAIS

mart2O que fazer com um Igreja destas? Como solucionar tais problemas? Se fosse uma empresa a melhor coisa a fazer seria dissolver a sociedade e ir cada um para o seu canto. Para ela não haveria esperança. É a carne andando segundo a carne. O problema é que a Igreja não é uma instituição carnal, ela é divina, é espiritual, foi criada por Deus e Deus afirmou que ela permaneceria, de pé, contra a atuação das hostes malignas [Mt 16.18: Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela]. Corinto era uma Igreja dividida. Do que ela precisava? Tinha conhecimento. Tinha o Espírito Santo enriquecendo-os com conhecimento e dons. Não é possível dizer que ela precisava de um pastor experiente, eloquente ou algo parecido.

Tinha tido Paulo, seu fundador. Paulo, o apóstolo dos gentios, o maior missionário que a Igreja conheceu. Homem de grande conhecimento, mestre em grego, conhecedor do hebraico, capaz de argumentar com toda a lógica e filosofia greco-romanas. Paulo, que tinha tido experiências espirituais maravilhosas. Paulo que falava diversas línguas. Um homem viajado, conhecia todo o mundo mediterrâneo. E além de tudo, judeu, fariseu, conhecedor da lei. Corinto também teve como pastor Apolo, homem de quem a bíblia afirma ser poderoso nas Escrituras. Eloquente, de mensagem impactante, conhecedor das boas novas desde os tempos de João Batista [At 18: 24-25: Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João]. Para uma cidade greco-romana o pastor ideal, capaz de argumentar com os filósofos de seu tempo. Havia ainda aqueles que conheciam a Pedro – hebreu zeloso, contado entre os primeiros discípulos de Jesus, criterioso na guarda da lei mas, ao mesmo tempo, sem descuidar da graça de Deus como uma mensagem para todos os homens de todos os lugares [At 10.15: Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum].

Não era de um pastor que Corinto precisava. Eles precisavam aprender a obedecer ao supremo pastor, ao pastor das suas almas. Eles precisavam de conversão. Não estou falando de novo nascimento, mas de uma mudança na conduta, de uma mudança de mente, de um retorno ao Senhor [Is 31.6: Convertei-vos, pois, ó filhos de Israel, àquele de quem tanto vos afastastes].  Eles precisavam de uma mudança interior, em sua disposição mental. Já haviam recebido um novo coração – já estavam habilitados a ouvirem o chamado do Senhor para andarem em novidade de vida [Rm 6.4: Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida], mudando suas escolhas e suas atitudes, como convida o profeta Isaías [Is 1.16-19: Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra].

Não é admissível que alguém seja a habitação do Espírito e continue sem frutificar segundo o Espírito. Ele faz a boa semente frutificar. Ele faz a boa semente produzir a 30, 60 e 100 por um. Não é admissível que um cristão verdadeiro continue agindo segundo a carne. E você, cristão, como tem agido? O coração do homem do séc. XXI não é diferente daqueles irmãos de Corinto. Abrigamos os mesmos pecados. As mesmas inclinações pecaminosas. Mas o Espírito também é o mesmo. Continua nos auxiliando, nos dando forças para resistir ao mal e agir para gloria de Deus. Ainda nos capacita a amar, a perdoar, a considerar o outro como digno de honra, a chama-lo de irmão sem hipocrisia. Devemos nos lembrar que somente em unidade a Igreja cresce [Ef 4.15-16: Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor]. Quero concluir com as palavras deste mesmo apóstolo, Paulo, escrevendo aos Efésios [Ef 4.17-24]:

Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus, no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade].

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