Por: Maria Lúcia Tim
Por esses dias fiquei sabendo que um jovem pastor de uma igreja neopentecostal de Niterói, ministerialmente inexperiente e despreparado teologicamente, tomou pra si o título de bispo. Isso mesmo: Ele agora é bispo. Pois é, o rapaz além de adepto das inúmeras heresias, dentre estas a “judaização do Cristianismo” resolveu acreditar que possui uma unção especial de bispo. Caro leitor, estou impressionado como esse povo procura títulos. Certa feita, ouvi um relato de uma irmã que ao dirigir-se a um senhor chamou-lhe de irmão. Para surpresa dela, o homem de modo sisudo respondeu firmemente dizendo: Irmão não. Pastor. Por favor me chame de pastor. Um outro, ficou extremamente ofendido porque um irmão lhe chamou de pastor, quando na verdade ele era apóstolo. Pois é, lamentavelmente alguns dos líderes evangélicos tupiniquins tem demonstrado ao longo dos anos uma enorme fome por titulos. Se não bastasse os oficios e titulos convencionais, esta corja aproveitadora, inventou outros tantos mais. Nesta perspectiva multiplicaram-se os apóstolos, apareceram os profetas da restauração que a reboque fabricaram os mais variados titulos. Caro leitor, essa busca desenfreada por títulos e oficios me enoja. A questão é que essa galera descompromissada com as Escrituras prefere a ostentação de uma função eclesiástica a ser um simples servo. Aliais, o termo servo, definitivamente caiu em desuso. Todavia, ao contrário do que deveria ser, parte da igreja evangélica brasileira esqueceu das Palavras de Jesus que nos ensina que todo aquele que deseja ser grande deve aprender a servir. Jesus os chamou e disse: “Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”. Marcos 10:42-45 Lamentavelmente os homens querem ostentação, sem contudo entenderem que somos e fomos chamados para servir àqueles que conosco se relacionam. Como bem afirmou Thomas Brooks, “os cristãos que permanecem no serviço do Senhor precisam considerar mais a cruz do que a coroa. Prezado amigo, quem somos nós? Que possuímos nós? Ora, não somos nada! Como bem disse o reformador Martinho Lutero, nós não passamos de sacos de esterco, servos inúteis carentes da graça e da misericórdia de Deus. Pense nisso!
Pense mais um pouco: porque será que muitos candidatos ao sagrado ministério já começam pensando nos cargos, títulos, comendas, mestrados e doutorados que farão, antes mesmo de terem um pastorado frutífero, abençoado e abençoador?
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