Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens?
I Co 3.3
Se a reunião da Igreja deveria ser para comunhão dos santos do Senhor, de irmãos em Cristo Jesus [I Co 11.33: Assim, pois, irmãos meus, quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros] e edificação mútua [I Co 14.26: Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação] não era isto o que estava sendo visto na Igreja [I Co 11.18: Porque, antes de tudo, estou informado haver divisões entre vós quando vos reunis na igreja; e eu, em parte, o creio]. A carnalidade deu origem à ciumeira, e a ciumeira acabou dando origem aos partidos. Já mencionamos que provavelmente nem Paulo, nem Pedro, nem Apolo estavam diretamente envolvidos nas disputas internas dos coríntios. É como se uma Igreja moderna usasse o que outro pastor foi e é para criticar um que é ou foi. Disputavam entre si sobre qual tinha sido o melhor pastor, mas parece que não haviam aprendido com nenhum deles, especialmente o fundador da Igreja, Paulo, que lhes advertia severamente que portando-se desta maneira agiam segundo os homens, isto é, segundo os costumes dos não regenerados, e não segundo a direção do Espírito. Os apóstolos nada mais eram do que servos, e a Igreja deveria ter isso em alta conta. Eles eram instrumentos de Deus para a salvação dos incrédulos [I Co 3.5: Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um]. Nada além disso, especialmente porque eles sabiam que Deus é Deus zeloso de sua glória [Is 48.11: Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem].
O problema levantado por Paulo, como conclusão para esta pequena passagem é que os coríntios, que formavam a Igreja de Deus, e que foram santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos [I Co 1.2: ...à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso], dos quais se podia falar que foram enriquecidos em Cristo Jesus, por sua palavra e em todo o entendimento, que creram no testemunho de Cristo, cheios de dons e que aguardavam o retorno glorioso de Jesus Cristo quando seriam irrepreensíveis [I Co 1.5-8: porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vós, de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo] estavam, agora, andando segundo a carne. Paulo não desejava ter trabalhado em vão como ele fala duramente para os gálatas, também eles voltando-se do evangelho para coisas que deveriam ter ficado no passado [Gl 4.11: Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco]. Os homens é que disputavam glória vã e efêmera. Não devia ser assim entre os cristãos. Se queriam ser grandes, deveriam servir [Mc 10.43: Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva], lembrando que serviço é um dom de Deus e uma prova de que o Espírito de Cristo habita no cristão [Mc 10.45: Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos]. Para Paulo negar-se a servir é prova de que o que ainda determina as escolhas de uma pessoa não é o Espírito de Deus, mas a carne [I Co 14.376: Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo].
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