sexta-feira, 3 de outubro de 2014

CRISTIANISMO SOCIALISTA? ...ou: Pode existir um judeu nazista?

CRISTIANISMO SOCIALISTA?
ou... Pode existir um judeu nazista?
Há alguns anos li uma história a respeito de um influente oficial da SS alemã que, durante a II Guerra Mundial, foi colocado sob a suspeita de ser descendente de judeu. Por mais fiel que ele fosse, por mais “nazi” que fossem suas convicções isto era suficiente para leva-lo aos campos de concentração é, finalmente, às câmaras de gás. Para provar que não era judeu ele se esforçava para ser o mais eficiente possível na eliminação de judeus - até que foi, ele próprio, morto pelos... Adivinhem? Nazistas.
O que é, de fato, o socialismo? E porque um cristão não pode, se for criterioso o suficiente para analisar sua fé e estudar a doutrinação socialista, abraçar os dois deuses ao mesmo tempo (Mt 6.24)?
O socialismo é uma derivação da ideologia marxista - seu irmão mais radical é o comunismo. O socialismo é um comunismo ainda não inteiramente instalado. A diferença básica é que, no socialismo, as forças de produção estariam a serviço do bem social, nas mãos de entidades privadas, mas sob estrito controle estatal que direcionaria as forcas produtivas e investimentos. No comunismo toda a força de produção, bens e material humano, estariam a serviço do estado que buscaria redistribuir igualitariamente entre os membros da comunidade.
Nenhum país que aderiu ao comunismo conseguiu chegar sequer perto do ideal proposto, e quanto maior a influência comunista no  governo, maiores são os níveis de corrupção (veja a antiga URSS e as repúblicas derivadas daquele império social-cleptocrata). Quando o individuo é colocado a serviço do Estado ele perde seu valor. O socialismo possui os seguintes princípios:
I. Não há princípios espirituais ou morais que rejam os interesses da sociedade. O único interesse é bem coletivo - tudo o que ameaçar a ordem dever ser combatido por todos os meios disponíveis. Tudo é lícito para garantir a existência de uma sociedade controlada. Religião e moralidade são “permitidos” na medida em que não se oponham aos ditames do “partido”. Na prática, o cristianismo é visto como a pior droga que um povo pode consumir (o ópio do povo);
II. O Estado, um difuso "bem coletivo", é o ente supremo. O comunismo e seus derivados pregam, na prática, o ateísmo estatal. Nada nem ninguém é tolerado acima do Estado. Só que, o Estado, na prática, é o conjunto de burocratas que alcançam postos elevados no escalão governamental, usufruindo das benesses do poder enquanto o “povo livre” vive de rações cada vez mais escassas;
III. O Estado determina quais e em que proporção os cidadãos podem usufruir de direitos fundamentais, como ir e vir livremente, informação e liberdade de opinião. Em situações extremas, como a chinesa, o estado determina até quantos filhos as famílias podem possuir - e, neste quadro, concepções não permitidas são punidas com multas, prisão e obrigatoriedade de realização de abortos.
IV. O marxismo e seus derivados são ateus - Marx era ateu e sua teoria parte da premissa de que Deus não existe e que não criou nem governa nada, portanto, a moral cristã pode ser descartada. O que existe é a utilidade de uma determinada medida em prol de um objetivo definido pelo Estado. O marxismo sustenta a ideia de um universo autônomo e autômato, sem nenhuma realidade espiritual, por isso objetiva destruir todos os valores cristãos (Deus, fé, justiça, vida, família, virtudes) vendo o cristianismo como uma mera evolução cultural, um resultado de interesse meramente social e econômico, mas nada espiritual, portanto, descartável se não puder ser usado.
V. Para o marxismo e seus filhotes materialistas e, em alguns casos, pseudo cristãos, se não há realidade espiritual, então não há Deus, não há ressurreição e, portanto, não há prestação de contas (Ec 11.9), porque, afinal, não havendo Deus, não há lei moral, e, não havendo lei moral, não há pecado, há apenas desvios da conduta socialmente estabelecida e, para estes, o estado tem a liberdade de tomar quais quer providências, inclusive a pena capital.
VI. Para o marxismo não há certo e errado. Há apenas o útil e o prejudicial (para os interesses da burocracia dominante). Para o cristão há a santidade de Deus, sua lei e sua vontade, boa, perfeita e agradável. A moralidade marxista é relativista, inexistem verdades eternas e imutáveis.
Concluo com duas frases de Marx “O comunismo começa onde começa o ateísmo” e “O comunismo, porém, abole as verdades eternas, abole a religião e a moral” (Manifesto Comunista) e uma de Lênin, o carniceiro russo: “Devemos combater a religião. Isto é o A B C de todo o materialismo e, portanto, do marxismo”.
Você, cristão, consegue ser marxista e cristão ao mesmo tempo? Você consegue, ao mesmo tempo, dizer que Deus não existe e que ele é seu salvador? Alguma coisa está muito errada. E não é com Deus. O marxismo vai passar, e você terá que, crendo ou não, prestar contas a Deus.

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