sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PERGUNTA 99 - ORAÇÃO NO BREVE CATECISMO

P. 99. QUAL É A REGRA QUE DEUS NOS DEU PARA NOS DIRIGIR EM ORAÇÃO?

R. Toda palavra de Deus é útil para nos dirigir em oração, mas a regra especial de direção é aquela forma de oração que Cristo ensinou aos seus discípulos, e que geralmente se chama a Oração Dominical.
Rm 8.26; Sl 119.170; Mt 6.9-13.
Assim como os discípulos de Jesus, também os crentes do séc. XXI devem se perguntar: como orar de maneira eficiente, sendo que eficiência, neste caso, não significa conseguir o que se deseja mas conseguir atingir um alvo muito mais  elevado, isto é, entrar em efetiva comunhão com Deus (Jo 11.42) sujeitando a nossa vontade à vontade soberana do Senhor (Mt 26.39), até porque não há como mudar o imutável (Tg 1.17).

A MELHOR MANEIRA DE ORAR

Muitos modelos de oração são propostos, variando desde a posição (de pé, de joelhos, assentado, deitado), passando por lugares (peregrinações, montes) até mesmo o uso de palavras em quantidade e entonação específicas (rezas). Há quem defenda que a oração deve suprimir qualquer sombra de dúvida (Mt 21.22) retirando expressões condicionais. Outros ensinam que deve ser declaratória, explicativa e até mesmo impositiva pelo fato de o cristão ter sido adotado pelo rei do universo, considerando-se, assim, príncipes (Jo 14.30) com plenos direitos sobre todas as coisas (Rm 8.32).
Não há métodos infalíveis de oração – há maneiras submissas e bíblicas de orar. Entretanto, a Palavra de Deus nos fornece um modelo – não uma fórmula a ser repetida como acreditavam os antigos pagãos greco-romanos e seus herdeiros (Mt 6.7).

A DIREÇÃO PARA A ORAÇÃO

A primeira declaração do BC é que toda palavra de Deus é útil para nos dirigir em oração, isto significa que, partindo dos princípios reformados de sola scriptura, tota scriptura, um único texto das Escrituras não deve servir de norma para a oração se não estiver de acordo com todo o restante da Escritura, e, mais ainda, todo o restante da Escritura deve subsidiar este mesmo texto, especialmente se ele for normativo, se ele contiver uma cláusula prescritiva clara para uma situação que envolva toda a Igreja, de todas as épocas.
Um exemplo de prescrição de acordo com o todo é a oração que o Senhor ensinou aos seus discípulos quando estes perceberam que, como outros, não sabiam orar (Lc 11.1). Aliás, mesmo uma pessoa religiosamente experimentada como Paulo afirma que temos muito o que aprender nesta área (Rm 8.26).

Esta fala de Jesus foi registrada ipsis literis, isto é, exatamente como foi proferida porque foi extremamente marcante para seus discípulos, que queriam realmente orar de maneira que o Senhor os ouvisse. Ela serve-nos como roteiro para entendermos o que uma oração deve conter.

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