É assim que o presidente do Brasil é definido pelo ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, que afirmou que as relações de seu país com o Brasil ficariam “seriamente abaladas” caso o terrorista Cesare Battiste não seja extraditado.
“Não se deve imaginar que um ‘não’ à extradição de Battisti seria livre de consequências”, disse La Russa em entrevista ao jornal Corriere della Sera. "Eu consideraria isso um grande dano às relações bilaterais", completou. Não que Lula esteja preocupado com as relações do Brasil com países democráticos e que estão em plena vigência do estado de direito. As preocupações de Lula são com Gabão, Costa do Marfim, Venezuela, Irã, Cuba, Bolívia…
Para a imprensa italiana a concessão de refúgio ao assasino já está tomada pelo governante brasileiro. O jornal italiano Il Giornale, que pertence à família de Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano, apresentou a seguinte manchete: "Battisti fica livre para assassinar a justiça", afirmando que "a não extradição de Battisti é uma ofensa grave às instituições italianas".
Condenado na Itália, fugiu para a França e depois para o Brasil, onde foi preso e, desde 2009, o STF autorizou sua extradição para a Itália, mas, covardemente, deixou a palavra final ao presidente Lula, que tem adiado seu posicionamento até o último minuto. O ministro da defesa italiano classificou ainda como "falta de coragem" a demora de Lula em anunciar sua decisão – e fazê-lo pouco antes de deixar o cargo [assim não sofreria qualquer pressão internacional].
O jornal La Repubblica afirma que os familiares das vítimas do terrorista manifestaram "amargura" com a situação e pretendem organizar um protesto caso o asilo ao terrorista seja confirmado. "Teria sido suficiente pelo menos um sinal de arrependimento", comentou Adriano Sabbadin, filho de Lino Sabbadin, uma das quatro pessoas assassinadas por Battisti.
Para o jornal Il Messaggero o asilo político a um criminoso comum é uma piada macabra e isto deve obrigar a Itália a adotar medidas para apresentar recursos e continuar solicitando o retorno do terrorista, que é considerado um fugitivo há 30 anos.
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