Telegramas de embaixadas dos Estados Unidos tem sido divulgados pelo site WikiLeaks, e alguns deles são especialmente embaraçosos para o Brasil, que é tido como peça central na rota do tráfico de drogas mundial, especialmente concordando com denúncias feitas pelos então candidatos José Serra e Índio da Costa.
Os documentos divulgados indicam dados alarmantes sobre o volume de tráfico entre a Bolívia do cocaleiro Evo Morales e o Brasil, cuja fronteira está simplesmente escancarada para o tráfico. Os documentos mostram uma “conexão entre o governo boliviano e os produtores de coca” e a conivência do Brasil, que teria se tornado o caminho mais fácil para permitir que a droga chegue aos mercados finais: Europa, Estados Unidos e Ásia.
A subsecretária de política da chancelaria brasileira, Vera Machado, admitiu ao embaixador americano Thomas Shannon “a ameaça para a região do tráfico de drogas, mas identificou como principal fonte o problema do consumo nos países ricos”, disse. Em 17 de dezembro de 2009 estimava-se em 175 os aviões suspeitos de cruzarem a fronteira entre Bolívia e Brasil em apenas 2 meses. A falta de controle sobre o espaço aéreo brasileiro resulta numa liberdade total para o narcotráfico – e as autoridades brasileiras são acusadas de fazerem política de tolerância total: não vi, não sei, não preciso me incomodar”.
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