quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

EM DEFESA DO INDEFENSÁVEL

Interessante: quando o Rev. Russel T. Shedd faleceu, os cristãos foram unânimes em afirmar que o amado pastor encontrou o descanso nos braços do Pai. Mas, quando Fidel Castro morreu, muitos cristãos querendo posar de misericordiosos logo se apressaram a negar-lhe a certeza do mesmo destino: cada um estar com seu pai, com o mestre a quem serviram, ambos, por quase 9 décadas [Mt 7.15-20]. Com a mesma base que se afirma a vida eterna de Shedd deve-se afirmar a morte eterna de Fidel [Jo 8.44].
Sempre me surpreendo pela defesa que se faz do ímpio Fidel... como se faz de Che Geuvara... e de Pol Pot, Ho Chi Min, Mao Tsé Tung, Josef Stalin,,, não os condeno. Eles se condenaram. Fidel Viveu como um tirano assassino, morreu como ímpio. O mesmo argumento usado para "último momento" vale de trás pra frente... ninguém sabe o último pensamento daqueles que julgamos crentes... mas eu ainda prefiro ficar com a palavra de Jesus. No mesmo contexto que ele nos diz para não julgarmos com base no que pensamos de nós e dos outros, ele também ensina a julgarmos com base no que o justo e o ímpio produzem. Não anulo com isto a minha fé na certeza da misericórdia de Deus, do Deus que tem misericórdia de quem lhe apraz, como teve misericórdia de mim e de tantos outros míseros pecadores. Mas sem arrependimento, fé e confissão, por favor, não venham defender Fidel aqui.

Por último, o foco do post não foi político... cada um com suas preferências, mas a dubiedade com que se aplica o ensino bíblico. Vale para "mandar" um pra glória e para "tentar tirar" outro do abismo. Concluindo: Shedd ou qualquer outro cristão não merecia a glória. Foi-lhe dada, por misericórdia e graça. Os assassinos citados, e que morreram sem confessarem a Cristo como Senhor, mereceram a danação. E foi-lhes dada a recompensa de suas obras. A justiça de Deus foi aplicada.

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