sexta-feira, 22 de abril de 2011

TRAGÉDIA DO REALENGO

Na Veja on-line:

O corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira foi enterrado nesta sexta-feira no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, no Rio de Janeiro. O enterro aconteceu às 9 horas e não foi acompanhado por nenhum familiar. Ele foi enterrado em uma cova rasa comum, segundo a administração do cemitério. Duas semanas após o ataque na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, nenhum familiar do atirador compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) para liberar o corpo. Como o prazo para a família fazer a liberação do corpo terminou na quinta-feira, o IML autorizou o sepultamento. Wellington Menezes de Oliveira matou 12 crianças e feriu outras 12 durante o ataque na escola municipal no dia 7 de abril. Após ser atingido na perna pelo disparo de um policial, o assassino se matou. Em uma carta divulgada pela Polícia Civil após o massacre, ele deixou instruções sobre quem poderia mexer em seu corpo e como ele deveria ser enterrado. O atirador pedia para ser sepultado no Cemitério do Murundu, no Rio, ao lado de sua mãe adotiva, morta há dois anos.

Tenho lido e visto muitas coisas sobre o assassino, inclusive uma tentativa de dividir a responsabilidade com o restante da sociedade, com a escola. Análises de perfil psicológico à partir de escritos, vídeos, etc. foram feitos por especialistas… Nada que vá mudar o saldo da tragédia e, também, que vá inibir outros crimes.

A primeira notícia que eu tive sobre o crime dava conta que o motivo tinha sido um desentendimento com uma professora. Depois, os fatos mostraram que nada daquilo era verdadeiro. Um homem mentalmente perturbado, emocionalmente desequilibrado, eis o retrato que se pode fazer de Wellington. Não tenho nenhuma explicação sociológica ou psicológica para os seus motivos. Crimes como estes não devem ser explicados, devem ser punidos… no caso dele, a punição é o inferno, apesar dos pedidos esquisitos de perdão em suas cartas.

Agora, o que faço questão de destacar é que não aceito dividir a responsabilidade pelo crime que ele cometeu. Ele, e só ele, é o criminoso. As crianças assassinadas ou feridas não são culpadas do crime que ele cometeu. Os colegas da época em que ele estudou na escola Tasso da Silveira, que teriam praticado bulying contra ele [qual criança nunca foi vítima de algum tipo de mau trato na escola ou em clube, ou em lugares semelhantes? Quantos saem por aí matando?]. A responsabilidade não é da falta de segurança na escola [inúmeras outras escolas tem ainda menos segurança e este tipo de coisa não acontece].

Wellington teve escola, teve família, teve trabalho… não lhe faltou nada. Nada? Faltou-lhe o conhecimento do Justo, não o conhecimento deturpado que ele demonstra em seus escritos. Na verdade, ele não conhecia Jesus, o Cristo de Deus. Ele tinha informações distorcidas a respeito de Jesus, misturadas com todo tipo de religiosidade onde parece imperar alguma influência de um radicalismo islâmico [é bom destacar que o islamismo tem várias vertentes, e nem todas saem por aí explodindo bombas]…

Mas, o ponto fundamental é que todas as tentativas de culpar a escola, os professores, os colegas, a sociedade, os pais, os vizinhos, etc. são inaceitáveis e devem ser rechaçadas. A culpa é de Wellington, toda de Wellington e de ninguém menos do que Wellington. Era possível evitar tal tragédia? As inúmeras vezes que este tipo de crime acontece nos EUA, Alemanha, etc. mostram que o problema não é de uma sociedade subdesenvolvida… é de uma mente criminosa.

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2 comentários:

Filósofo Calvinista disse...

Não achas que esse suposto envolvimento com alguma seita Islâmica ou até messiânica deveria ser mais investigado? Acho que foi um dos fatores motivadores da crueldade. Em qualquer país do mundo isso teria sido tratado como terrorismo, no Brasil não!

Caso tenha um tempinho, escrevi sobre isso também em:

http://www.filosofiacalvinista.blogspot.com/

Filósofo Calvinista disse...

Não achas que esse suposto envolvimento com alguma seita Islâmica ou até messiânica deveria ser mais investigado? Acho que foi um dos fatores motivadores da crueldade. Em qualquer país do mundo isso teria sido tratado como terrorismo, no Brasil não!

Caso tenha um tempinho, escrevi sobre isso também em:

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