CONHECER a vontade de Deus sempre foi um desejo de todos os homens, em todos os tempos, desde os filósofos gregos até os nossos dias. Desde que o homem é homem, isto é, desde que foi criado, a vontade de Deus ocupa um papel preponderante em suas indagações. Embora fácil de ser encontrada, a vontade de Deus não é facilmente compreendida pela maioria das pessoas. Afirmamos que a vontade de Deus é fácil de ser descoberta, então, resta-nos indagar: Onde? Quando? Como? Talvez nos encontremos na mesma situação do eunuco etíope (At 8.31). Para nosso estudo, partimos de alguns pressupostos básicos sobre a revelação divina, sem os quais é impossível prosseguir:
1. Ela existe (Cl 1.9);
2. Ela pode ser encontrada (At 22.14);
3. Ela pode ser entendida (Sl 119.130);
4. Ela deve ser obedecida (Jo 15.14);
5. Ela é a Bíblia Sagrada (Lc 24.27).
Sem estes pressupostos básicos é impossível continuar – pois como saberemos o caminho certo a seguir, sem um mapa, sem uma bússola confiável? A nossa bússola será a Bíblia – não injustamente chamada Palavra de Deus. Vejamos o que a Bíblia diz de si mesma.
1. A Palavra de Deus (Ef 6.17);
2. Os oráculos de Deus (Rm 3.2);
3. Útil e eficaz (Hb 4.12);
4. Inspirada por Deus (II Tm 3.16).
Creio que isto já é suficiente como o testemunho, mas resta-nos ouvir uma pessoa muito importante falar sobre as Escrituras: Jesus Cristo (Jo 8.38), que afirmou que é um erro não conhecer as Escrituras (Mt 22.29).
Outra fonte que nos demonstra o poder das Escrituras, e a sua confiabilidade, é a história – a Bíblia não precisa dela para ter validade, mas no decorrer dos anos a Bíblia tem mostrado sua força. Por exemplo, nenhum livro foi tão perseguido quanto a Bíblia – e esta perseguição, desde os tempos dos reis de Israel (Jr 36.28) até os nossos dias, como prova a proibição de distribuição gratuita da Bíblia em Israel. Mesmo em meio à mais cruel perseguição, a Bíblia jamais foi derrotada (Mc 13.31), porque ela é eterna e sua eternidade foi determinada por Deus – que não pode ser derrotado nem mesmo por todos os reis da terra. Com tantas proibições (até a igreja proibiu a leitura da Bíblia por 1000 anos) ela continuou a edificar vidas, a salvar perdidos. Um exemplo é o da Inglaterra no séc. XVIII – o país estava à beira do caos e da ruína, e foi a pregação da Palavra de Deus que impediu que a nação se afundasse no álcool, nas revoltas e na prostituição. Todos nós conhecemos pessoas que, quando conheceram as Escrituras, tiveram suas vidas modificadas – ladrões que deixaram de roubar e passaram a trabalhar para poderem auxiliar outras pessoas (Ef 4.28). Mentirosos e enganadores transformados em príncipes, vencedores por Deus (Gn 32.28).
É esta palavra que estudaremos. É nesta palavra que buscaremos o conforto, a orientação, a instrução, a direção para as nossas vidas. À partir de agora, tudo deverá ter como parâmetro a vontade revelada – a vontade de Deus para nossas vidas. E ninguém melhor do que Deus sabe o que é melhor para nós – afinal, ele nos fez. Precisamos hoje assumir o compromisso de ler as Escrituras para receber do Senhor a orientação que tanto necessitamos. Sem esta orientação – e sem disposição para segui-la, seremos como o viajante que pergunta o caminho para o norte, e, mesmo depois de receber a informação pedida, faz meia volta e dirige-se para o sul – mesmo que bem intencionado, jamais chegará ao destino almejado.
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