sábado, 23 de novembro de 2013

PORQUE NÃO? E NÃO É POR FALTA DE TEMPO

No fim do séc. XIX todos pensavam que as máquinas facilitariam o trabalho humano, e, finalmente, os homens poderiam descansar mais, ter mais lazer e vida em família. Não é o que vemos em pleno séc. XXI. Ninguém tem mais tempo para nada - e quanto mais máquinas, mais tecnologia, menos tempo dispomos para o lazer, para a vida em família e, lamentavelmente, para a comunhão cristã.
Porque as pessoas tem menos tempo? Creio que a resposta pode ser encontrada na afirmação de Jesus sobre prioridades. As prioridades estão erradas, as pessoas estão se  equivocando no momento de escolher o que farão. Afirma o Senhor que, mesmo no séc. das máquinas, precisamos buscar o Senhor e seu reino em primeiro lugar.
Sem a tecnologia de que dispomos, uma mulher nas Escrituras nos dá preciosa lição: Débora, mulher de Lapidote, julgava a Israel (Jz 4.4).
De saída, a história de Débora já se inicia como uma exceção à regra. Todos os juízes eram homens - menos Débora. Por sua dedicação e comprometimento com o Senhor, ela havia alcançado renome e respeito e todo o Israel ia até o lugar onde ela costumava ficar para submeter-se aos seus juízos - numa sociedade rigidamente patriarcal.
Continuando, Débora também era casada, certamente tinha seus afazeres domésticos (não sabemos se tinha filhos ou não), mas o texto faz questão de apresenta-la como uma mulher casada. Sendo uma serva do Senhor, certamente não deixaria de cumprir os seus deveres domésticos, como a mulher virtuosa apresentada no livro de Provérbios.
Outro detalhe é que Débora julgava a Israel, isto é, tinha sua autoridade reconhecida como alguém que tinha algum grau de intimidade com Deus, que tinha tempo para ouvir a Deus e para ser instrumento de Deus para abençoar a Israel. Seu papel de liderança se estenderia até mesmo ao campo de batalha do povo de Deus, mas isto era visto como uma exceção, porque os homens estavam se recusando a assumirem o papel que lhes cabia (por isso a expressão “naquele tempo” denotando uma ocasião específica e especial) - ela era uma auxiliadora, não uma guerreira. Ela estaria ao lado, mas não empunharia a espada.
Débora não tinha tempo - e tinha. Débora tinha limitações - mas não se limitava ao lugar comum. Débora gostava de ficar assentada sob uma palmeira, à sombra, mas vai ao campo de batalha. Uma mulher de fibra, uma mulher de fé. Exemplo para as mulheres de fibra e de fé do presente tempo. 

Um comentário:

Gracilene disse...

Muito bom lembrar de quem foi Débora. Precisamos fazer as escolhas certas, com sabedoria. É muito difícil mas não impossível. Que Deus continue nos ajudando.

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