quarta-feira, 27 de novembro de 2013

UM FARDO PODE ROUBAR SUA ALEGRIA

O TRABALHO

Para a nossa cultura a palavra trabalho vem, inicialmente, associada a cansaço e só depois a sustento, provisão, realização, etc. Já ouvi pessoas falando que isto é por causa da maldição lançada sobre Adão – que do suor do seu rosto comeria o pão [Gn 3.19: No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás], todavia, o trabalho é anterior à maldição [Gn 2.15: Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar], logo, a ligação não é bíblica. E em toda a história bíblica apenas o trabalho forçado é visto como punição. O ócio é que é visto como pecado [Pv 6.10-11: Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado].

O TRABALHO PARA O SENHOR

Trabalhar para o Senhor, então, deve ser visto como motivo de grande alegria, como privilégio [Sl 100.2: Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico] que deve ser motivo de grande alegria. Aliás, a alegria, ou o agradar-se de Deus de nós que é a nossa força, nosso poder [Ne 8.10: Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força], é o que faz diferença entre o cristão e o não-cristão. O mesmo evento pode ser motivo de profunda tristeza e desespero, ou de gratidão a Deus – depende do ponto de vista [Jó 1.21: e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!].

O TRABALHO E O CANSAÇO

É muito comum constatar no decorrer do ano mãos descaindo, joelhos ficando trôpegos por causa das cargas assumidas no fim do ano anterior. A vida do cristão, ao servir ao Senhor, deveria ser marcada por alegria (Fp 4.4: Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos), ser uma experiência alegre (Gl 5.22: Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade) e plena (Jo 15.11: Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo). Mas o excesso de ocupações, os fardos, acabam afetando esta alegria. Um estudo mostrou que o extrato social que mais sofre de stress, nos Estados Unidos, é passageiro frequente de avião, piloto de avião de caça e, surpreendentemente, líderes de igrejas classificadas como "ativas", que ganham até de policiais de tropas de choque.
Todos nós temos que enfrentar o pecado quotidianamente, mas o stress causado pelo excesso de cargas pode ser um fator a desencadear crises de ansiedade, impaciência, irritabilidade, tristeza, desânimo e ansiedade por não conseguir levar a cabo os compromissos assumidos.

O TRABALHO E A SOBRECARGA

Temos o hábito de tratar nossa vida, nossa agenda, como se fosse uma bolsa para viagem. Vi recentemente uma entrevista de uma jovem dizendo que, para uma viagem de 6 dias, pretendia levar 20 pares de sapatos. E além deles, para combinar com eles, quantos cintos, e outros apetrechos mais?
Tomamos a nossa agenda como uma bolsa de viagem, e enchemos de coisas [todas elas boas, inclusive a família] – quase nunca deixamos tempo para o repouso mental, e, quando deixamos, eles logo são tomados pelos imprevistos... é, sentamos sobre a mala para fechar... e a nossa viagem já começa com aborrecimento, perdemos pouco a pouco a alegria.
Não temos margem de manobra – um espaço para o que não planejamos. E precisamos aprender que o imprevisto vai surgir, vamos nos cansar, e talvez, ficar amargurados em relação a irmãos que, pensamos, não ajudam a carregar as cargas. O excesso de ocupação tira a alegria, torna o prazer de servir ao Senhor um fardo que nos esmaga, oprime.

 E este é um erro de toda a Igreja – dos que tomam cargas demais, e dos que não tomam carga alguma. O ideal seria que cada um auxiliasse o outro [Gl 6.2: Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo]. Quando isto não acontece, todo o corpo sofre – quando um membro da Igreja perde a alegria, ele acaba atormentando e tirando a alegria de muitos outros.

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