quarta-feira, 27 de novembro de 2013

UM FARDO PODE ROUBAR SEU AMOR

Nosso coração tem que pertencer integralmente ao Senhor [Js 22.5: Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o mandamento e a lei que Moisés, servo do SENHOR, vos ordenou: que ameis o SENHOR, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de toda a vossa alma], mas é possível que deixemo-lo tão sobrecarregado, inclusive das coisas boas, justas e santas, dos afazeres do reino, que tais afazeres venham a sufocar o amor que deve brotar em nossos corações.
Jesus contou a parábola do semeador – o foco é, o tempo inteiro, no terreno onde a semente deve frutificar, e há um deles em que a semente chega a nascer, mas é sufocada pelos espinhos, pelos afazeres da vida. A plantinha cresce, mas, infelizmente, tantas coisas são logo agregadas aos seus galhos que ela vem a declinar. São chamados por Jesus de cuidados do mundo [Mc 4.19: …mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera].

OS FARDOS COMO ÍDOLOS NO CORAÇÃO DO HOMEM

Estes cuidados, mesmo quando se tratam de cuidados na Igreja, podem vir a tornar-se o centro das cogitações do coração, tornando-se, de algum modo, uma idolatria (Lc 12.31: Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.). Não é incomum que pessoas se identifiquem primeiramente pelos fardos que carregam antes de se identificarem como pessoa, se perderem seus cargos e funções, perdem a razão de ser ou de permanecer em determinado lugar, especialmente na Igreja.

A IGREJA PODE SER TORNADA UM FARDO

Para nós, na Igreja, são as reuniões, os cultos, os jantares, os congressos, as viagens, os retiros, os acampamentos, as sociedades, as visitas, as conferencias... todas estas coisas são boas para o crescimento espiritual de um cristão. Mas só são boas se elas servem para efetuar o crescimento – ao se tornarem fardos, elas roubam o nosso coração e se tornam atividades, provocando uma doença chamada ativismo, que afeta nossa vida espiritual e a de todos os que estiverem próximos de nós.

A VIDA COTIDIANA PODE SER UM PESADO FARDO

Ao lado disso há os outros afazeres: trabalho, reforma na casa [chuveiro, torneira, porta, gramado, etc.], conserto do carro, estudo, provas, exercícios, academia, médico, compras, contas, etc. é muita coisa para um coração só. E ele acaba sendo roubado de Deus. Passamos a desejar outras coisas, bens lícitos – e começamos a fazer de tudo para tê-los, mais e mais... e um coração alegre pode ser obtido com muito, muito pouco. Estudos mostram que os países mais ricos, onde as pessoas possuem mais bens, são os menos felizes.

O ACUMULO DE FARDOS


Quanto mais bens, móveis, investimentos, carros, motos, barcos, i-coisas, imóveis, tecnologia, maior o anseio de mantê-los e possuir mais... isso rouba o coração do homem. É muito comum pregadores maldizerem o dinheiro – mas o problema não é ele em si, mas o fato de gastá-lo naquilo que já roubou o coração. O que ele adquiriu precisa ser mantido, atualizado... torna-se o Deus do coração do homem incauto. Precisamos proteger nossos corações. A semente da palavra de Deus não vai crescer em fertilidade sem a poda para descansar, sossegar e acalmar.

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