Nosso
coração tem que pertencer integralmente ao Senhor [Js 22.5: Tende cuidado, porém, de guardar com diligência o
mandamento e a lei que Moisés, servo do SENHOR, vos ordenou: que ameis o
SENHOR, vosso Deus, andeis em todos os seus caminhos, guardeis os seus
mandamentos, e vos achegueis a ele, e o sirvais de todo o vosso coração e de
toda a vossa alma], mas é possível que deixemo-lo tão sobrecarregado, inclusive
das coisas boas, justas e santas, dos afazeres do reino, que tais afazeres
venham a sufocar o amor que deve brotar em nossos corações.
Jesus
contou a parábola do semeador – o foco é, o tempo inteiro, no terreno onde a semente
deve frutificar, e há um deles em que a semente chega a nascer, mas é sufocada
pelos espinhos, pelos afazeres da vida. A plantinha cresce, mas, infelizmente,
tantas coisas são logo agregadas aos seus galhos que ela vem a declinar. São
chamados por Jesus de cuidados do mundo [Mc
4.19: …mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais
ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera].
OS FARDOS COMO ÍDOLOS NO CORAÇÃO DO HOMEM
Estes
cuidados, mesmo quando se tratam de cuidados na Igreja, podem vir a tornar-se o
centro das cogitações do coração, tornando-se, de algum modo, uma idolatria (Lc 12.31: Buscai, antes de tudo, o seu
reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.). Não é incomum que pessoas se
identifiquem primeiramente pelos fardos que carregam antes de se identificarem
como pessoa, se perderem seus cargos e funções, perdem a razão de ser ou de
permanecer em determinado lugar, especialmente na Igreja.
A IGREJA PODE SER TORNADA UM FARDO
Para nós,
na Igreja, são as reuniões, os cultos, os jantares, os congressos, as viagens,
os retiros, os acampamentos, as sociedades, as visitas, as conferencias...
todas estas coisas são boas para o crescimento espiritual de um cristão. Mas só
são boas se elas servem para efetuar o crescimento – ao se tornarem fardos,
elas roubam o nosso coração e se tornam atividades, provocando uma doença
chamada ativismo, que afeta nossa vida espiritual e a de todos os que estiverem
próximos de nós.
A VIDA COTIDIANA PODE SER UM PESADO FARDO
Ao lado disso
há os outros afazeres: trabalho, reforma na casa [chuveiro, torneira, porta,
gramado, etc.], conserto do carro, estudo, provas, exercícios, academia,
médico, compras, contas, etc. é muita coisa para um coração só. E ele acaba
sendo roubado de Deus. Passamos a desejar outras coisas, bens lícitos – e
começamos a fazer de tudo para tê-los, mais e mais... e um coração alegre pode
ser obtido com muito, muito pouco. Estudos mostram que os países mais ricos,
onde as pessoas possuem mais bens, são os menos felizes.
O ACUMULO DE FARDOS
Quanto
mais bens, móveis, investimentos, carros, motos, barcos, i-coisas, imóveis,
tecnologia, maior o anseio de mantê-los e possuir mais... isso rouba o coração
do homem. É muito comum pregadores maldizerem o dinheiro – mas o problema não é
ele em si, mas o fato de gastá-lo naquilo que já roubou o coração. O que ele
adquiriu precisa ser mantido, atualizado... torna-se o Deus do coração do homem
incauto. Precisamos proteger nossos corações. A semente da palavra de Deus não
vai crescer em fertilidade sem a poda para descansar, sossegar e acalmar.
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