BÚSSOLA PARA UM CAMINHO DIFÍCIL
FIDES REFORMATA, ECCLESIA REFORMANDA.
Talvez estas palavras não façam muito sentido para você. Mas para os reformadores, dos séculos XVI e XVII elas faziam todo o sentido. Funcionavam como o norte e o sul, eram seus pontos de referência.
FIDES REFORMATA – sob o lema "fides reformata", isto é, fé reformada, eles englobavam uma obediência exclusiva às Escrituras, rejeitando as doutrinas e tradições humanas (sola scriptura), uma fé viva no Senhor Jesus e não apenas uma mera aceitação de dogmas (solus Christus), uma confiança exclusiva em Deus, pela fé – e não pela obediência a preceitos humanos (sola fide), um viver alicerçado na graça de Deus, e não uma tola confiança nos méritos humanos (sola gratia) e, finalmente, uma devoção e dedicação de tudo a Deus, pois só ele merece toda a glória (soli Deo gloria). Tudo isso era e é inalterável. Não pode existir uma verdadeira Igreja cristã sem estes pilares fundamentais para a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Por outro lado, os reformadores entendiam viver e servir numa ECCLESIA REFORMANDA, isto é, uma Igreja que, por ser composta de homens, falíveis e pecadores, precisa estar sempre sendo arejada, reformada, para não cair no mesmo tradicionalismo que o romanismo havia caído, e do qual a Igreja estava, finalmente, se libertando. Certamente os costumes, vestes, formas litúrgicas que adotamos hoje não são os mesmos que eram vistos no Séc. XVI. Raramente pregadores se aventuram a falar durante duas horas em nossos dias, mas tal prática era comum nos tempos da reforma. Não pegamos em rifles, baionetas, flechas e espadas para destruir os nossos inimigos – nem mesmo para nos defendermos deles – mas Uldrich Zwingly e Oliver Cromwell, por exemplo, eram eficientes comandantes militares.
As formas precisam ser, de tempos em tempos, adaptadas ao contexto em que a Igreja está inserida, mas o espírito, a essência, deve ser mantida. Não aceitamos tradições apenas por serem antigas – aceitamos práticas por serem bíblicas, como a adoração ao Senhor Deus, a oração intercessória, a confissão de pecados diretamente ao Senhor, o louvor e a pregação da Palavra.Tradições humanas podem – e devem – ser revistas, transformadas e, se não forem (mais) úteis no reino do nosso Deus, abolidas. Foi para a liberdade que Cristo nos chamou mediante seu Espírito: não mais prisão a datas, formas, rituais ou quaisquer outras coisas que engessam o nosso culto. Somos livres, filhos eleitos para a liberdade. Com uma fé reformada, mas servindo numa Igreja sempre em viva transformação pelo Espírito.
FIDES REFORMATA, ECCLESIA REFORMANDA.
Talvez estas palavras não façam muito sentido para você. Mas para os reformadores, dos séculos XVI e XVII elas faziam todo o sentido. Funcionavam como o norte e o sul, eram seus pontos de referência.
FIDES REFORMATA – sob o lema "fides reformata", isto é, fé reformada, eles englobavam uma obediência exclusiva às Escrituras, rejeitando as doutrinas e tradições humanas (sola scriptura), uma fé viva no Senhor Jesus e não apenas uma mera aceitação de dogmas (solus Christus), uma confiança exclusiva em Deus, pela fé – e não pela obediência a preceitos humanos (sola fide), um viver alicerçado na graça de Deus, e não uma tola confiança nos méritos humanos (sola gratia) e, finalmente, uma devoção e dedicação de tudo a Deus, pois só ele merece toda a glória (soli Deo gloria). Tudo isso era e é inalterável. Não pode existir uma verdadeira Igreja cristã sem estes pilares fundamentais para a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.
Por outro lado, os reformadores entendiam viver e servir numa ECCLESIA REFORMANDA, isto é, uma Igreja que, por ser composta de homens, falíveis e pecadores, precisa estar sempre sendo arejada, reformada, para não cair no mesmo tradicionalismo que o romanismo havia caído, e do qual a Igreja estava, finalmente, se libertando. Certamente os costumes, vestes, formas litúrgicas que adotamos hoje não são os mesmos que eram vistos no Séc. XVI. Raramente pregadores se aventuram a falar durante duas horas em nossos dias, mas tal prática era comum nos tempos da reforma. Não pegamos em rifles, baionetas, flechas e espadas para destruir os nossos inimigos – nem mesmo para nos defendermos deles – mas Uldrich Zwingly e Oliver Cromwell, por exemplo, eram eficientes comandantes militares.
As formas precisam ser, de tempos em tempos, adaptadas ao contexto em que a Igreja está inserida, mas o espírito, a essência, deve ser mantida. Não aceitamos tradições apenas por serem antigas – aceitamos práticas por serem bíblicas, como a adoração ao Senhor Deus, a oração intercessória, a confissão de pecados diretamente ao Senhor, o louvor e a pregação da Palavra.Tradições humanas podem – e devem – ser revistas, transformadas e, se não forem (mais) úteis no reino do nosso Deus, abolidas. Foi para a liberdade que Cristo nos chamou mediante seu Espírito: não mais prisão a datas, formas, rituais ou quaisquer outras coisas que engessam o nosso culto. Somos livres, filhos eleitos para a liberdade. Com uma fé reformada, mas servindo numa Igreja sempre em viva transformação pelo Espírito.
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