terça-feira, 21 de outubro de 2008

ESTAÇÃO ESPERANÇA

ESTAÇÃO ESPERANÇA
Rm 8.1
Todo homem, mais dia menos dia, acaba chegando a um momento de decisão em sua vida. Foi assim com grandes homens no passado, desde Júlio César (imperador romano) até o Duque de Caxias (general brasileiro). Não há como fugir a momentos como estes na nossa vida. O apóstolo Paulo também teve momentos decisivos em seu viver. E nem sempre fez a escolha certa. Ele teve em suas mãos a decisão de participar ou não do assassinato de Estevão. E preferiu ir com a multidão. Diz a Escritura que Saulo (como era conhecido entre os hebreus) "consentia na morte de Estevão" [At 8.1]. Entretanto, este mesmo Paulo (como era conhecido entre os gentios) fez escolhas acertadas, como quando o Senhor Jesus lhe apareceu e perguntou: "Saulo, Saulo, porque me persegues" [At 9.4]? À partir daquele instante as escolhas de Saulo seriam orientadas por uma vontade superior à sua. Mas a sua luta ainda não havia terminado. Todos os dias de sua vida Paulo ainda teria que fazer escolhas. Teria que escolher entre o certo e o conveniente. Entre o justo e o "politicamente correto", e, tão sério quanto, entre a vontade de Deus e a sua própria vontade. Talvez ninguém tenha tido tanta consciência das dificuldades desta escolha quanto Paulo. Num mundo em que bastava dizer duas palavras "César é senhor" para ser honrado, ele preferia dizer que há um só Senhor, e este é Jesus Cristo. Mas a maior luta de Paulo não era exterior, era interior. Ele tinha que decidir entre fazer a vontade de Deus e a sua própria vontade. Em seus membros Paulo via uma lei que o levava a desobedecer a Deus – seu coração o inclinava para coisas más, e a Escritura nos lembra que o coração do homem é enganoso [Jr 17.9] e faz planos que na maioria das vezes não são certos ou não podem ser realizados [Pv 16.1]. Paulo sabia que seu próprio ser, seu próprio coração, não era confiável. Ele entendia que, mais que seus próprios desejos, deveria fazer o desejo de Deus. O problema é que, embora sabedor da maneira certa de agir, ele muitas vezes não conseguia, e afirma categoricamente que o bem que queria fazer, ele não conseguia, mas o mal que ele detestava, acabava fazendo [Rm 7.19]. Para alguém que tinha um profundo conhecimento do Senhor ressurreto, que amava a Cristo a ponto de dizer que ele não mais vivia, mas Cristo vivia nele [Gl 2.20] e que, vivendo, vivia para Cristo, mas era incomparavelmente melhor morrer para estar com Cristo [Fp 1.21-23] – para alguém como Paulo fazer a vontade da carne era algo terrivelmente doloroso. Tão doloroso a ponto de exclamar que era um homem miserável, desventurado, vivendo num corpo de morte. Como se livrar desta situação de desespero?A resposta, por mais simplória que possa parecer, é: confiando em Jesus Cristo, não nas obras mortas da carne, não nas forças insuficientes do homem, mas sempre e somente na graciosa e perfeita obra do Senhor Jesus Cristo. Não há outro caminho – só em Cristo temos viva esperança.

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