terça-feira, 21 de outubro de 2008

UMA TRADIÇÃO QUE DEVE SER CONSERVADA PELA IGREJA

UMA TRADIÇÃO QUE DEVE SER CONSERVADA PELA IGREJA
ALEGRAI-VOS...
Rm 15.10
Vivemos em dias hedonistas e relativistas. A premissa básica desta dupla filosofia é: faça o que você acha que é melhor (sem se importar com o que os outros acham) desde que isto te faça feliz. E assim muitos buscam a alegria de formas variadas - em passeios, viagens (usando todo tipo de veículo, inclusive uma seringa), bebedices, glutonarias, lascívia, etc.
E o cristão verdadeiro, teria ele o direito de se alegrar como o mundo se alegra? Os caminhos da alegria do cristão seriam os mesmos que as demais pessoas tem escolhido? Há quem pense que o crente, para ser mesmo crente, tem que ser uma pessoa sempre vestida de roupas pesadas, sempre com uma bíblia na mão e sempre com cara de "poucos amigos", quase de pesar, e se surpreendem quando ouvem um crente dar uma bela risada, brincar com os filhos, familiares e amigos, organizarem um passeio ou um churrasco. O trinômio casa-trabalho-igreja é um paradigma do mundo para os crentes - e muitos cristãos aceitam esta cadeia cultural.
Mas não é este o padrão de Deus. Ele deseja que os seus servos sejam pessoas alegres. Como não ser alegre tendo a companhia constante do criador de todas as coisas, do preservador da vida, do doador de toda sorte de bênçãos - materiais e espirituais [Tg 1.17]? Como não se alegrar sabendo que a sua vida está depositada nas mãos daquele que é fiel para guardar o seu tesouro até o dia final [II Tm 1.12]?
Deus nunca quis que seus servos fossem tristes, sorumbáticos, macambúzios, melancólicos. Tristeza e melancolia são frutos do pecado - embora nem sempre de um pecado cometido pela pessoa que está triste. Desde os tempos do antigo testamento Deus orienta seu povo a alegrar-se [Sl 2.11] - não no mundo, não nas coisas do mundo, mas na fonte de verdadeira alegria, ele próprio. Esta alegria é característica daqueles que praticam a justiça [Sl 32.11, 97.12], ou, pelo menos, tentam, impelidos pelo desejo de servir a Deus com integridade, praticar as suas orientações e mandamentos.Os judeus cometeram um erro terrível - achar que a alegria do Senhor (e no Senhor) era exclusiva deles, mas o Novo Testamento vem retificar esta crença chamando também os gentios (os não judeus) para a alegria no Senhor [Rm 15.10]. Esta alegria é uma dádiva e uma bênção - e não deve ser perdida pela igreja. É possível que, em nome de um tradicionalismo desnecessário, a alegria seja colocada como um empecilho à correta expressão cúltica - o que não é verdade. A alegria no culto é apenas uma conseqüência natural da alegria que temos em viver com o Senhor. Paulo nos diz para "nos alegrarmos sempre no Senhor" [mesmo que esta alegria seja em meio a sofrimentos por Cristo - vd. Mt 5.11]. A expressão chave é sempre no Senhor. Em todo e qualquer lugar - todavia esta alegria não pode deixar de ser no Senhor. Sua alegria está no Senhor? Alegrai-vos!

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