PRECIOSA É AOS OLHOS DO SENHOR A MORTE DOS SEUS SANTOS

QUANDO OS GRANDES SE VÃO

Certo filósofo certa vez afirmou que a morte de um ser humano não é apenas uma perda para os familiares e amigos, mas é a diminuição da humanidade e, por conseguinte, da sua própria humanidade.

Foi-me concedido conviver com a Srª. Luíza por dois anos, entre 2002 e 2003, quando pastoreei a Igreja Presbiteriana em Pitanga. Tempos árduos, tempos de muito aprendizado e tempos alegres. Tempos em que a sua presença e ação era sempre bem vinda – e sempre produtiva. É a segunda pessoa de entre aqueles guerreiros que se vai. Como esquecer do irmão Rubens, guerreiro e companheiro, chamado antes dela?

Perde a Igreja Presbiteriana do Brasil – perde a municipalidade pitanguense [ex-vereadora, ex-secretária de saúde] e turvense [onde residia e fora secretária de saúde]. Perde, por conseguinte, a nossa humanidade. Descansou, Luiza... aquela que parecia incansável, agora descansa no seio do Pai. Foi vítima de um acidente automobilístico, fechada por um outro veículo no trevo secundário em Irati, PR, na BR 277, quando retornava de Londrina onde fora visitar o neto recém-nascido.

Sua morte não é apenas um acidente ou mais uma tragédia automobilística, é, também, o começo de uma nova história para os filhos que ficam [Adriane e Reinoldo] que ficam, sem seu labor, seus conselhos, sua atividade incessante. Mas é, também, para ela, a realização de uma jornada, o começo da bem-aventurança eterna. Mulher aguerrida, que sabia lutar pelo que queria, mas que só encontrou a vitória real quando se rendeu ao rei dos reis, senhor dos senhores, Jesus, com quem se encontra agora.

Aos que ficam, amigos, companheiros, irmãos, familiares, trago uma palavra não de lamentação, mas de certeza da vitória alcançada pela Luiza. Diz-nos as Escrituras: "preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos" [Sl 116.15]. Que, como pediu Paulo aos Coríntios [I Co 1.11], o exemplo da Luíza seja imitado, naquilo que ela imitou a Cristo, seu Senhor.

Justificada em Cristo, santificada pela fé em Cristo, glorificada por crer em Cristo. Adeus, não resta mais lutas, agora, apenas e eternamente, a felicidade eterna.

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