sábado, 15 de maio de 2010

RESUMO DAS MENSAGENS NO II ENCONTRO DE UPHs – MARABÁ, 01 e 02.05

A01 Nos dias 01 e 02 de maio, na Igreja Presbiteriana Filadélfia, na cidade de Marabá, por ocasião do II Encontro de União de Homens Presbiterianos, tive a oportunidade de pregar no culto noturno e na Escola Bíblica, com o tema: Homens: Levanta e Clama.

PRIMEIRA PALESTRA: RECONHECIMENTO DO CAMPO

No sábado, 01.05, o texto escolhido foi Ezequiel 37.1-14, que, para efeito didático, foi subdividido em 6 sub-seções, a saber:

Ø Nos versos 1 e 2 o Senhor dá ao profeta uma visão que lhe permitirá, posteriormente, ter a percepção do estado em que se encontrava o povo [que não era um povo qualquer, era o povo de Deus]. O profeta percebe-se em meio a um vale repleto de um número muito grande de ossos sequíssimos.

Ø O verso 3 nos apresenta o questionamento de Deus ao profeta: ele acreditava que uma mudança no estado dos era possível? Tinha fé o profeta? A resposta do profeta pode ser observada sob um duplo ângulo: por um lado, ele declara reconhecer o poderio e a sabedoria absoluta de Deus, mas, ao mesmo tempo, não demonstra crer ou esperar uma transformação nos ossos. Todavia, o passo inicial já está dado: ele confessa confiar na sabedoria e poder de Deus.

Ø Nos versos 4 a 6 encontramos orientações ao profeta sobre o que ele deveria dizer, mas ao mesmo tempo podemos visualizar todos os passos que eram necessários para uma mudança no estado dos ossos. E o passo inicial era a proclamação da palavra de Deus – mesmo a quem, aparentemente, não possuía meios para ouvi-la [crânios sequíssimos não possuem pavilhões auriculares, tímpanos, etc.]. Os ossos também não poderiam produzir, de si mesmos, tendões, carne, pele ou espírito: tudo isto seria ação direta e sobrenatural de Deus com o objetivo de demonstrar seu poder.

Ø Nos versos 7 a 9 percebemos que, apesar da aparente impossibilidade, o profeta toma a atitude acertada: a obediência. E faz como Deus lhe manda. Proclama o que Deus ordenou. E logo percebe que o que Deus disse que faria acontecer, efetivamente, aconteceu. É interessante notar que a restauração dos ossos se dá em duas etapas: a atenção às incapacidades materiais e, somente depois, as espirituais.

Ø No verso 10 o profeta constata o resultado da sua obediência em proclamar a palavra como Deus ordenara. Não houve alterações na mensagem. Ela foi entregue tal como havia sido recebida, demonstrando a fidelidade do profeta e sua confiança em Deus.

Ø Nos versos 11 a 14 nós encontramos a interpretação da visão e a sua aplicação. Os ossos secos no vale simbolizavam a casa de Israel. Numerosa, mas sem vida, sem esperança [porque haviam se esquecido de confiar em Deus]. Todavia, Deus afirma que restauraria Israel, lhes mostraria que podem confiar nele. Isto vale para o novo Israel de Deus: se o povo de Deus se esquece e se afasta do Senhor, deixa de comer o melhor da terra para perecer a espada e ser exterminado. Todavia, o povo que se volta para Deus, que nele confia, é forte, abençoado, abençoador. Porque o Senhor o disse.

SEGUNDA PALESTRA: HORA DE RESOLVER OS PROBLEMAS

No domingo, por ocasião da Escola Bíblica, prosseguimos com os estudos, após entendermos que devemos confiar no Senhor. Mas o que deve fazer o povo de Deus ao perceber que se encontra como que num vale, cercado de ossos secos, sem esperança? Não é assim que vemos a sociedade que nos cerca? Não está longe o Brasil de ser uma nação feliz porque não teme ao Senhor [Sl 33.12]? Podemos oferecer uma possibilidade de restauração estudando o que nos diz a palavra em Joel 1.14-20. Novamente devemos lembrar que a ação dos profetas, seja Ezequiel ou Joel, se dá por chamamento de Deus que lhes diz o que falar e fazer.

Ø No verso 14 o profeta Joel conclama o povo a não perder a esperança, como Israel estava fazendo:

o Ele diz que, ao invés do desespero, o povo deve fazer exatamente o contrário. Quando tudo parece perdido deixar os braços penderem, os joelhos dobrarem só torna as coisas mais impossíveis. Joel conclama o povo à ação, a promulgar um jejum [costume que indica desejo de santificar-se] e convocar uma assembléia solene [reunir o povo, congregar, de modo que um e outro se sustenham, se animem mesmo na sua pouca fé];

o Em seguida Joel lembra quem são os agentes desta convocação, quem deve liderar o povo neste ato de contrição e congregação, quem deve participar deste ato: desde os anciãos até todos os demais moradores. Todos os membros do povo de Deus devem exercitar sua confiança em Deus;

o O passo seguinte do profeta é dizer onde o povo deve se reunir. Ele afirma que o lugar ideal para a adoração do Senhor é a casa do Senhor. Isto parece lógico, mas não estava sido levado em consideração pelo povo de então e também não tem sido observado pelos cristãos atuais;

o A seguir o profeta lembra que o jejum e a convocação para a congregação do povo deve ter o objetivo de buscar a Deus – não se trata de um evento político ou social, mas de um momento devocional, de adoração e entrega de si mesmo ao Senhor, confiando que Deus sabe e fará o que for melhor para o seu povo. Não se trata de assembléia para fazer alianças políticas – mas para adorar ao Senhor;

Ø Finalmente, nos versos 15 a 20, o profeta diz o motivo ou o alvo do jejum e oração: é hora de levantar e clamar pela nação, por restauração como havia sido prometido por Deus quando da inauguração do templo por Salomão [II Cr 7]. Diferente do que vemos constantemente, quando as "campanhas" têm como alvo específico pessoas [às vezes até campanhas eleitorais], o profeta diz que é lícito, desejável e imperativo a busca pela ação de Deus em prol da comunidade. E é este o papel que Deus espera de seu povo.

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