quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A PUREZA DA IGREJA É UM IDEAL QUE DEVE SER ALCANÇADO NÃO TOLERANDO O PECADO E SUA INFLUÊNCIA PROGRESSIVA NA VIDA DOS INDIVÍDUOS

DEVE SER INTOLERANTE COM O PECADO E SUA INFLUÊNCIA PROGRESSIVA NA VIDA DOS INDIVÍDUOS

gurupA palavra de Deus nos diz que um abismo chama outro abismo [Sl 42.7: Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim]. Quem se acostuma com um mal não vê problema em praticar outros males. Vamos citar um pequeno exemplo: o ladrão não vê problema algum em agredir e matar para que não venha, ele próprio, a ser preso. Ele também não vê problema algum em mentir para que a origem do seu dinheiro não seja descoberta. O caso do mensalão, no Brasil, é um claro exemplo: para cobrir a compra de votos de deputados criou-se outros crimes, como corrupção ativa e passiva, contratos de fachada, envio de dinheiro ao exterior, formação de quadrilha, peculato... Do interessado maior [que por enquanto está escapando ileso] e seus correligionários acabou sobrando até para subalternos - que evidentemente ganharam alguma coisa com isso, mas não estavam interessados no crime inicial.

Para ilustrar, veja o caso de uma doença chamada mesotelioma. A mesotelioma é um câncer pulmonar causado pela exposição constante ao amianto - inúmeros funcionários de uma fábrica que domina o mercado de caixas d’água [afirma ter cessado de usar o produto] morreram ou gravemente enfermos. Nenhum deles tomou doses de cimento, mas conviveu com o produto, inalando-o, um pouco de cada vez, ao longo dos anos.

Em suma, o rol de pecados cometidos para encobrir outros pecados só aumenta com o tempo. Em Corinto a convivência com o pecado gerou partidarismo, levando os cristão a agirem como inimigos e não mais como irmãos. O partidarismo gerou arrogância intelectual, gerou discriminação social e desprezo pela palavra de Deus. O desprezo pela mensagem bíblica gerou mais tolerância com o pecado - e tudo continuaria indefinidamente, destruindo a Igreja, se alguém não tivesse rompido o círculo vicioso e clamado por ajuda, mesmo expondo-se a levar a fama de fofoqueiro, que não é o caso dos anônimos [para nós] da casa de Cloe [que eles sabiam exatamente quem eram].

Era terrível ver a comunidade daquele que foram chamados para serem santos, santificados em Cristo Jesus [I Co 1.2: ... à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso] sentindo-se orgulhosos e gloriando-se não pela santidade, mas pelo fato de cometerem pecados piores até que os cometidos pelos incrédulos.

Por isso Paulo diz que não é bom que seja assim, ou, de maneira inversa, que isso é um mal que não deveria acontecer. Os coríntios deviam lugar contra esta tendência, contra o pecado que os assediava costumeiramente [Hb 12.1: Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta], enfrentar a tentação em si mesmos e abrir mão do pecado no qual encontravam grande prazer. Não podiam querer continuar praticando ou sendo cúmplices das obras infrutíferas das trevas [Ef 5.11: E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as] se realmente conheciam [Ef 4.21: ...se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus] ao Deus que lhes havia dado a vida eterna mas que deles exigia santidade [Mt 5.48: Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste].

Tolerar a existência do pecado era o mesmo que cultivá-lo e, mais cedo, ou mais tarde, considera-lo normal e passar a admiti-lo quando não a praticá-lo. De tolerado o pecado acaba se tornando impositivo [II Pe 2.19: ...prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção, pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor]. Sua agenda é dominadora e escravizadora. Há alguns anos algumas práticas eram consideradas ofensivas em nosso país, e muitas pessoas foram expulsas de suas famílias, proscritas por causa de suas escolhas sexuais - pecaminosas, sem duvida, mas escolhas, causadas por interesses internos e até por influências externas, mas que não são meras inclinações naturais.

Após uma campanha que durou décadas tais práticas passaram a ser consideradas normais, e, agora, há até tentativa de fazê-la doutrinadora ou impositiva como tentou o ministério da educação em 2011. O pecado foi tolerado, agora começa a agir impositivamente, colocando como anormal o que é o padrão de Deus. É a isso que eu chamo de influência septicêmica do pecado, transforma o puro em podre e o podre passa a ser considerado o padrão, o normativo. E Paulo não poderia tolerar isto na Igreja coríntia, assim como nós não podemos tolerar isso em nossa Igreja - porque isto é uma ofensa a Deus, o Deus que não muda. O que o aborrecia, o que ele via como abominação ainda é abominação, não importa o que a nossa cultura diga.

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