sábado, 11 de agosto de 2012

A VIDA MORAL DA IGREJA É QUE FAZ DELA SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO - INTRODUÇÃO

I Co 5.1-5

INTRODUÇÃO

Frequentemente se ouve que a Igreja deve ser o sal da terra e a luz do mundo. E esta afirmação geralmente está atrelada à proclamação em impactos evangelísticos ou algo parecido.

Isto não deixa de ser verdade, mas, retornando ao capítulo 4, onde o apóstolo Paulo faz uma clara distinção entre o poder que Deus dá mediante a ação do seu Espírito na Igreja, capacitando-a a viver o evangelho, e a loquacidade da carne, que pode até apresentar a mensagem – mas só de palavra, sem poder algum, percebemos claramente que ser sal e luz é muito mais do que apresentar uma mensagem esporádica - necessária, mas muito inferior ao propósito de Deus para seu povo.

Uma olhada para a Igreja coríntia imediatamente nos faz perceber que ela não estava sendo sal e luz. Estava faltando uma série de coisas para que ela pudesse impactar poderosamente - e não apenas retoricamente - aquela que era a cidade mais moralmente depravada da região.

Faltava, por exemplo, comunhão, unidade, pois a Igreja estava sofrendo com o partidarismo em seu meio. Esqueceram-se que Cristo é tudo em todos [I Co 12.6: E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos], isto é, que todos ali, indistintamente, se realmente convertidos, eram de Cristo [Jo 6.37: Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora].

Faltava, também, maturidade. Agiam como crianças, sem a necessária atitude de pessoas amadurecidas, testadas nas vicissitudes da vida e prontos a serem modelo para todos os que lhes perguntassem sobre a razão da esperança que guardavam no coração [I Pe 3.15: ...antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós].

Ora, onde há imaturidade não pode, realmente, haver comunhão, não pode haver paz, e, finalmente, faltava santidade na Igreja coríntia. Lembremos que ela era composta por crentes, de verdade. Nem Paulo nem nós colocamos qualquer dúvida sobre a salvação da membresia da Igreja coríntia. Mas o fato é que eles estavam apagando o Espírito, isto é, tornando-imperceptível [I Ts 5.19: Não apagueis o Espírito] e, assim, nem eles nem os outros podiam ver Deus em suas vidas [Hb 12.24: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor]. Sem paz, sem santificação, e, sem santificação, não poderiam afirmar, como Paulo, que Cristo podia ser visto nele.

Mas eram crentes, apesar de sua infidelidade momentânea [I Co 1.9: Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor], receberam o perdão dos seus pecados e o dom do Espírito e por isso foram capacitados a viverem espiritualmente [At 2.38: Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo].

A Igreja coríntia fora chamada para uma luta árdua contra o pecado é algo contra o qual devemos lutar com todas as nossas forças - uma luta, árdua, sem tréguas porque o inimigo não descansa um só segundo, temos que estar vigilantes o tempo inteiro porque o inimigo não vem de longe, ele está muito mais perto de nós do que eu gostaria. O inimigo é o nosso próprio ser, nossas próprias inclinações carnais e pecaminosas [Rm 7.23: ... mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros]. Se o inimigo fosse externo, seria relativamente mais fácil combatê-lo. Mas não, ele é a nossa própria natureza carnal [Tg 1.14-15: Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte].

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