quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A PUREZA DA IGREJA, UM IDEAL A SER ANCANÇADO COM UM PACTO COMUNITÁRIO CONTRA O PECADO

DEVE ESTABELECER UM PACTO COMUNITÁRIO CONTRA O PECADO

2011bcA Igreja deve ver o pecado como uma ameaça a todo o corpo - uma ameaça séria, terrível, ainda que, num primeiro momento, pareça algo de pouca importância. Uma pequena concessão pode resultar em grandes tragédias. Imagine, por exemplo, um dique, uma represa. Imagine esta represa com 2 km de extensão por 50m de altura, isto dá uma área total de 100.000m2. Podemos concluir que 1cm não tem importância alguma numa área total tão grande? Não, não podemos, porque é sabido que uma pequena rachadura pode ocasionar a ruína de todo o dique. Porque na Igreja seria diferente? Porque a tolerância com aquilo que pode representar uma brecha e trazer sérios danos à toda a comunidade?

Temos um exemplo bíblico na história de Acã. Acã era apenas um no meio de 600.000 homens. O pecado era uma coisa irrisória, afinal, era apenas uns objetos cujos donos já estavam mortos [Js 7.21: Quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma barra de ouro do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata, por baixo]. Acã fez de tal maneira que ninguém de fora de sua casa soube da sua esperteza. Ele achava que ninguém descobriria. E em seguida vem a celebre batalha em Ai, uma pequena vila, desprezível, a ponto de Josué mandar apenas “uns 3.000 homens” [Js 7.3-4: E voltaram a Josué e lhe disseram: Não suba todo o povo; subam uns dois ou três mil homens, a ferir Ai; não fatigueis ali todo o povo, porque são poucos os inimigos. Assim, subiram lá do povo uns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai].

Por causa do pecado de um só trinta e seis homens que nada tinham a ver com a cobiça de Acã morreram. E não apenas ele, mas aqueles que sabiam do que havia feito e não denunciaram sua maldade [Js 22.20: Não cometeu Acã, filho de Zera, infidelidade no tocante às coisas condenadas? E não veio ira sobre toda a congregação de Israel? Pois aquele homem não morreu sozinho na sua iniqüidade].

O coração do homem não mudou. E o de Deus também não. De Acã ao incestuoso de Corinto muda o nome, o lugar e o tipo de pecado cometido, mas o resultado continua o mesmo. Escandalizamo-nos quando os pecados são sexuais, mas o de Acã não era - mas mesmo assim ele e seus protetores foram duramente disciplinados por Deus, pelo Deus que queria que aquele fosse seu povo santo [Dt 28.9: O SENHOR te constituirá para si em povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do SENHOR, teu Deus, e andares nos seus caminhos].

Como seria se Deus resolvesse agir, de maneira imediata, da mesma maneira que agiu com Acã? Ou com Ananias? Ou com Safira? Ou será demais esperar que ocorra na Igreja contemporânea o que é relatado no livro de Atos, quando os convertidos confessavam publicamente seus pecados [At 19.18: Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando publicamente as suas próprias obras].

Paulo conclama a Igreja coríntia a uma atitude semelhante à verificada em Éfeso [At 19.19: Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinquenta mil denários]. Os efésios lançaram fora aquilo que lembrava seus pecados, suas feitiçarias, diferente de Simão, o enganador, que queria, de dentro da Igreja, continuar enganando ao povo [At 8.9-11: Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto; ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas].

A Igreja deve lançar fora o velho fermento, as velhas práticas, tudo aquilo que pode causar dano a si própria. Tem que ser feito por cada um, individualmente, porque o pecado é algo individual [Ez 18.4: Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá], mas o esforço de cada um em manter-se longe do pecado pode e deve contar com a ajuda dos demais irmãos [Ez 33.8: Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti], cumprindo o mandamento do Senhor de auxílio mútuo [Gl 6.2: Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo].

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