sábado, 11 de agosto de 2012

A VIDA MORAL DA IGREJA É QUE FAZ DELA SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO – O APROFUNDAMENTO NA PRÁTICA DO PECADO

O APROFUNDAMENTO NA PRÁTICA DO PECADO

Paulo denuncia o pecado, dá-lhe nome [imoralidade] e agora o qualifica. Não é um pecado de menor monta social - era algo tão grave, mas tão grave, que já seria surpreendente encontra-lo entre os gentios, quanto mais na Igreja de Deus. A bíblia condena qualquer proximidade sexual - ainda que não consumada - em diversos graus de parentesco, e, neste assunto, a segunda advertência recai justamente sobre a mulher do pai, isto é, madrasta [Lv 18.8: Não descobrirás a nudez da mulher de teu pai; é nudez de teu pai]. Mesmo em Corinto e sua moral relaxada tal prática era inaceitável. Os gentios não faziam tal coisa, considerando-a uma grande perversidade e uma afronta à sociedade. E isto estava acontecendo na Igreja, sem que ninguém se opusesse ou denunciasse pecado tão grave.

Mas, e se a mulher fosse, agora viúva, ou fosse divorciada?, alguém pode perguntar. A bíblia continua proibindo tal ato e a sociedade pagã também não a aceitava. Não sabemos se tal relacionamento era um caso sexual ou se a mulher havia sito tomada como concubina, de qualquer maneira, não era um relacionamento lícito, não era um casamento, era um ato pecaminoso e ofensivo, imoral e ilegal. Paulo denuncia isso como um atrevimento, uma afronta, um desafio desnecessário que a Igreja fazia ao paganismo circundante, chamando a atenção para si não pelo testemunho, mas pelo horror do pecado praticado. Era colocar holofotes sobre a podridão, ao invés de sobre a santidade.

A existência do pecado na Igreja já era indesejável, mas vê-lo não apenas tolerado como elevado a um grau tal que superava até os ímpios era um absurdo, como lembra Pedro que os gentios, normalmente, achavam estranho que os cristãos não cometessem as mesmas obras que eles, como se fosse uma olimpíada de pecados [I Pe 4.3-4: Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias. Por isso, difamando-vos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão], pelo contrário, por seu procedimento mostrava-lhes o quão reprováveis eram [I Pe 4.5-6: os quais hão de prestar contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus].

Mas onde estava este viver no Espírito segundo Deus? Se os gentios olhavam para os cristãos buscando falhas - porque interesse em santidade eles não tinham mesmo - em Corinto eles encontravam. E isto era vergonhoso. Eles podiam desafiar os cristãos com as palavras de Tiago: Tg 2.18: Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. O que se podia ver ali eram as obras da carne - e obras que superavam as obras dos gentios.

Para a obediência os coríntios eram crianças, eram imaturos [I Co 3.2-3: Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?] mas estavam se tornando verdadeiros campeões na prática do pecado. Deveria ter sido exatamente o contrário [Hb 5.12: Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido].

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