Recentemente tenho sido
perguntado: pastor, você vai pra rua dia 15 de março participar das
manifestações a respeito do impeachment da presidente Dilma? Houve até quem me
convidasse para ir a Brasília participar da manifestação in locci.
Bom, a minha resposta inicial
é: eu não vou. Isso mesmo, talvez para surpresa de alguns, eu não vou pra rua,
não vou pra avenida, não vou pra Brasília ou para qualquer outra cidade onde as
manifestações estão sendo organizadas. Se você quer uma lista, embora não
atualizada, basta clicar aqui.
Isto quer dizer, então, que
eu discorde do movimento? Ou que eu endosse a tese de que, sendo ela uma
governante legitimamente eleita, caberia aos cristãos silenciarem e
aceitarem-na (des)mandando no país, como tem acontecido? Devemos continuar nos
submetendo bovinamente a sermos governados por pessoas que nunca sabem de
nada, que nunca sabem o que seus subalternos estão fazendo, que nunca assumem
as responsabilidades por seus erros, que sempre atribuem a outros os resultados
de sua própria incompetência para gerir e competência para roubar.
Em outras palavras, o que quer
dizer, exatamente, submissão às autoridades? O que quer dizer uma autoridade
legitimamente constituída? O que quer, dizer, então, sobre uma autoridade
instituída por Deus?
São perguntas que precisam de
uma análise, e, embora ligeiramente, acredito que possa contribuir com o debate
tecendo alguns pontos de vista.
Como disse anteriormente, não
irei para a rua, não irei para Brasília. Não porque eu não queira, mas por que
não poderei. Tenho minhas desconfianças quanto à legitimidade das eleições
ocorridas no ano passado. Duvido da legitimidade da apuração e, também, tenho
sérias dúvidas até mesmo sobre a legitimidade dos votos realmente obtidos
mediante processos escusos com abundante e documentado uso da máquina pública.
Também não acredito na legitimidade das campanhas da atual presidente, feita,
em boa parte, com dinheiro desviado da Petrobrás – desde 2010 há denúncias,
agora comprovadas, de que o PT usou dinheiro manchado de petróleo para bancar
seus gastos, achacando empresas (leia-se chantageando) que se viam obrigadas a
contribuir legalmente (isto é, dentro da lei).
Levantar a bandeira do
impeachment da presidente seria um ato de desobediência religiosa? Seria
voltar-se contra Deus? É preciso observar que a submissão às autoridades não é
absoluta – a submissão a Deus sim, esta é absoluta e inquestionável. Mas é
possível, sem incorrer em afronta a Deus, levantar-se contra uma governante
inepta e inapta, na melhor das hipóteses, embora eu acredite que ela é seu clePTopartido
são outra coisa, muito pior: são corruPTos e dilapidadores do patrimônio público para o
bem particular, no caso, o deles e seus partidos cooptados com dinheiro da
Petrobrás, BNDES, Caixa, Correios, Eletrobrás e todas as demais empresas
estatais. Assim, dentro das leis brasileiras, é possível, sim, exigir a
extinção do mandato da atual presidente por crime de responsabilidade, formação
de quadrilha, apropriação indébita, corrupção ativa e passiva, e muitos outros.
A lista é extensa.
A segunda questão é: seria a
nossa presidente atual um governante legitimamente constituído? Dentro das
regras do jogo, sim, e, provavelmente, não. Sim porque aceitamos que o
presidente seja alguém que, apuradas as urnas eletrônicas, tenha metade mais um
dos votos válidos. Embora com apenas 1/3 dos votos dos brasileiros aptos a
votarem, ainda assim ela conseguiu esta façanha. A questão é: como conseguiu?
Sabe-se que conseguiu isto com maquiagem ou retenção dos dados socioeconômicos
já disponíveis durante a campanha, com promessas que sabia jamais seriam cumpridas,
com maciça campanha de desinformação e ameaças a beneficiários de programas
governamentais, com o uso de recursos não contabilizados (há mais de um caso de
simpatizante ou membro do partido detidos com grandes volumes de dinheiro) e
doações "espremidas" às empreiteiras em troca de contratos com
estatais. Além disso paira a dúvida sobre a confiabilidade das urnas
eletrônicas que não fornecem nenhuma contraprova dos dados que delas saem- não
há como verificar a entrada e a saída dos dados, favorecendo eventuais
programas de remanejamento de dados, isto é, de que votos de um candidato
sejam, percentual e imperceptivelmente, em cada urna, considerados brancos,
nulos ou atribuídos a outro candidato. Assim, do ponto de vista moral, basta
que se saiba que a campanha foi mentirosa para retirar a legitimidade da
eleição da atual presidente.
Seria, então, Dilma uma
autoridade instituída por Deus? Eu creio que cada povo tem o governante que
merece – e o Brasil optou pelo populismo mentiroso do lulopetismo. O Brasil
achou engraçado e sorria das bravatas cínicas de Lula e seus apaniguados que,
enquanto prometiam um porvir glorioso enchiam os bolsos de milhões de dólares e
fazendas com grandes quantidades de nelore já aqui e agora. Enquanto isto as
instituições eram minadas, uma a uma. Os brasileiros deram, até o momento, 12
anos e 3 meses de poder a seus destruidores. Sim, creio que foram, de fato,
colocados por Deus, mas para disciplina de um povo corrupto, de um povo adepto
do jeitinho, de um povo que, com exceções, não se importa em burlar pequenas
leis e que já não se escandaliza com grandes escândalos. Eis o que restou do
Brasil após quase 40 meses de clePTocracia petista: um país na lona, sem
credibilidade internacional, em crise, caminhando para uma recessão, com a
volta da inflação e do desemprego, com a vida política nacional completamente
desmoralizada. Sim, Lula e Dilma foram colocados por Deus sim, mas para juízo
sobre uma nação infeliz, que não teme ao Senhor.
E as ruas? Quero finalizar
dizendo que eu apoio toda e qualquer manifestação de cidadãos brasileiros que
ajam dentro da lei, que não sejam violentos nem depredem o patrimônio privado
ou público. Black blocks devem ir para a cadeia. Arruaceiros devem ir para a
cadeia. Invasores e vândalos devem ir para a cadeia. Mas a cidade ainda é dos
cidadãos. A polis ainda pode fazer ouvir sua voz – isto é política, não a dos
conchavos, mas participação ativa fazendo ouvir sua voz, rouca, silenciada
muitas vezes, mas ainda assim, com pleno direito de se fazer ouvir.
Sei que muitos de meus amigos
não comungam das mesmas idéias que eu. Familiares também discordam de mim. Eles
têm direito à opinião deles, eu respeito este direito embora discorde
veementemente de alguém que venha afirmar que Lula e Dilma e seus clePTocratas
tenham feito algo de bom para este país. Roubaram, roubaram milhões, destruíram
instituições enquanto davam pequenas porções de migalhas sob a falsa idéia de
justiça social. Justiça social sem escolas que prestam ou professores com um
mínimo de qualificação? Justiça social sem hospitais decentes? Justiça social
com curandeiros cubanos tomando o lugar de
verdadeiros médicos brasileiros deixando o povo à mercê de
emissários dos Castro?
Então, com toda a força de um
brasileiro que paga impostos, que trabalha quase seis meses para sustentar um
estado parasita, ineficiente, inepto e cheio de corruptos pendurados, e que
ainda tem que pagar escola particular para que os filhos tenham um mínimo de
ensino decente, plano de saúde para não ficar à mercê das intermináveis filas
dos agendamentos do falido SUS, combustível de mentirinha (compramos gasolina e
recebemos quase 50% de álcool, por exemplo, quando é álcool mesmo e não
solvente) que eu digo: sim, é direito dos brasileiros irem para a rua. É hora
de dar um basta, por isso junto minha voz ao clamor do povo brasileiro, dos
verdadeiros cidadãos brasileiros, gente que trabalha e que cuida da própria
vida mas que não quer mais ser roubado e enganado zombeteiramente. Junto-me a
eles afirmando que seria um grande benefício para o Brasil mandar embora esta
camarilha para Cuba, Rússia, Argentina, Bolívia, Venezuela, Irã, ou qualquer
outro lugar, deixando eles levarem tudo o que já roubaram pois ainda assim
seria lucro para o nosso país. #impeachment. #foradilma. #lulalalonge.
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