I Rs 19.1-8
Já mencionamos que a esposa do Rei Acabe, Jezabel, era uma mulher informada [v. 1], religiosa [v. 2], crente [v. 2] e consciente de seus deveres e propósitos religiosos [v. 2]. Entretanto esta mulher apresenta quatro sérios erros em relação a sua religião: ela possuía conhecimento que não produzia mudança alguma em sua vida; possuía uma religião comprovadamente ineficaz; possuía deuses que nada são e nada fazem e possuía um propósito de vida que em nada glorificava a Deus. Por causa disso Jezabel torna-se exemplo não de mulher virtuosa, piedosa, mas exatamente o contrário. Ela entra para a historia bíblica como uma mulher extremamente ímpia e distante de Deus, corruptora do povo de Deus. Mas como ser diferente de Jezabel? Será que as Escrituras nos fornecem um antídoto para estes erros? Sem dúvida que sim, então vejamos:
i. Se já aprendemos que informação não garante transformação interior, mudança espiritual e salvação, a resposta está em possuir conhecimento de Deus e de seu filho, Jesus Cristo [Jo 17.3]. Que tipo de conhecimento? Certamente não é apenas teórico, não se trata de possuir informações sobre Deus. Isto muitos homens possuem, muitos incrédulos possuem e até mesmo o maior inimigo de Deus possui. Não é este tipo de conhecimento que Deus quer que tenhamos [Os 4.6]. Se há algo que Israel possuía era conhecimento sobre Deus. Mas faltava relacionamento com Deus. O conhecimento que é requerido é um conhecimento de quem se relaciona amorosamente com aquele a quem “conhece”. Inúmeras vezes o termo conhecimento é usado para indicar intimidade, amor, relacionamento. Coisa que os ímpios não podem ter, e que Satanás jamais terá.
ii. Também já sabemos que religiosidade pode ser uma crendice vazia, um tradicionalismo destituído de significado e poder. Podemos encontrar inúmeras formas de religiosidade que, segundo os antropólogos, possuem sua utilidade social e emocional, como acreditar em cristais poderosos, animais ou lugares sagrados... Mas nenhuma destas formas de religião conseguem cumprir o seu propósito espiritual: conduzir o homem a um relacionamento com o Deus vivo, o Deus que realmente existe, que criou os céus e a terra... Somente a verdadeira religião pode fazer isso. Somente a religião verdadeira e pura, que consiste no conhecimento de Deus e no reconhecimento do seu enviado, Jesus Cristo, andando de maneira que se demonstre, inequivocamente, que é discípulo do Senhor Jesus. Não há alternativa. Só existe duas opções: uma, a religião verdadeira. A segunda, todas as demais religiões falsas que são apenas opções de um mesmo mercado religioso, para enganar os incautos. Não existe duas verdades para um mesmo fato. Podem existir várias versões, mas verdade apenas uma. E a verdadeira religião é aquela revelada nas Escrituras.
iii. Também temos conhecimento de que nem mesmo uma multidão de deuses falsos salva. Um Deus verdadeiro tem muito mais valor do que uma multidão de falsos deuses. Deus não pode ser comparado a ninguém. O verdadeiro não pode ser comparado com uma multidão de falsos [Is 45.5-11]. Um único Deus, vivo, verdadeiro, certamente é mais eficaz que uma multidão de falsos deuses [Is 40.25-26]. Porque o Deus das Escrituras é todo poderoso, senhor de todo o conhecimento e soberania. Todos os demais são apenas invenções dos homens, que precisam ser carregados [Sl 135.15-18]. São produto da impiedade dos homens que trocam a verdade de Deus por suas próprias mentiras [Rm 1.25]. Como seus deuses são inúteis, aqueles que os seguem se tornam tais quais suas divindades: meras nulidades [Sl 135.18]. Uma falsa religião tem origem na vontade do homem de ser independente de Deus. Porque, se aceitarem adorar ao Deus verdadeiro, terão que submeter sua vontade à vontade do Deus soberano. Para fugirem a isto criam seus próprios deuses - e nenhum deles é verdadeiro. Nenhum é real. Nenhum dos deuses criados pelos homens em sua fuga de Deus vale alguma coisa. É pura inutilidade, vaidade, nulidade.
iv. Vimos também que firmeza de propósitos não garantem a ninguém que esteja agradando a Deus. Há muitos que estão sinceramente errados a respeito das escolhas que fazem. A solução para este problema é conhecer a vontade daquele que deve ser servido e adorado [Dt 4.2] . ter um coração firmado na rocha, ter como propósito de vida glorificar a Deus da maneira que ele requer daqueles a quem ele escolheu [Jo 15.14]. Deus ordenou seus mandamentos para que eles sejam cumpridos à risca [Sl 119.4]. Não temos alternativa, nem o direito de alterar nem a mínima parte daquilo que Deus determinou em sua aliança com seus servos. Ele é o Senhor e é ele quem determina o que nós devemos fazer [Ml 1.6]. Sabemos que desde o Éden o propósito do coração do homem é glorificar a si mesmo, ser como Deus [Gn 3.5]. E isto é um erro terrível. O homem só consegue alcançar o propósito de Deus para sua criação quando o louva [Sl 150.6].
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