quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O PORQUE DA INCREDULIDADE DE TANTOS

Mateus 21.23-27A01

Encontramos muitas pessoas que não acreditam naquilo que lhes é mostrado, mesmo que sejam coisas que estão claramente expostas diante de seus olhos. Verdades inquestionáveis são rejeitadas sob as desculpas mais esfarrapadas. Um exemplo é a idolatria. Sabemos que é proibida pelas Escrituras, que é um pecado abominável aos olhos do Senhor, entretanto, quem não quer abandoná-la simplesmente troca o nome e afirma que na verdade praticam alguma espécie de veneração ou algo parecido. E se consolam com este pensamento como se não estivessem pecado. E não adianta explicar, insistir, mostrar, ilustrar, etc…

Entre os judeus que estavam no templo havia um grupo que tinha uma profunda animosidade contra Jesus. Eram religiosos, dirigentes da religião de Israel. Gente experimentada e com conhecimento das Escrituras. Entretanto, eles assumem uma atitude abertamente desafiadora e desrespeitosa em relação a Jesus. Ele estava ensinando e é interrompido pelos religiosos. Uma atitude que demonstra uma certa possessividade, como se dissessem que a área era deles. Mas, mais do que isto, sua atitude indica desrespeito, insolência e ofensividade, porque Jesus era reconhecido por todos como um rabino, um mestre que tinha o direito de ensinar e deveria ser ouvido - aos discordantes era permitido questionar o ensino, mas não a autoridade do mestre. E eles apresentam três sérios problemas em relação ao Senhor Jesus:

i. Rejeição o testemunho sobre Jesus mesmo que ele seja verdadeiro e abundante: Era praticamente impossível que os líderes de Israel não soubessem dos boatos sobre o nascimento do Messias, não se lembrassem de um curioso menino que discutia com os doutores no templo, das muitas pessoas curadas e libertas por Jesus. Havia muito para saber sobre Jesus - mas isto não era importante para eles. Pouco importava se eles soubessem o que Jesus fazia - eles simplesmente não queriam crer [Jo 3.12; 8.45], não ouviam, nem mesmo podiam reconhecer a voz de Jesus porque não eram das suas ovelhas [Jo 10.27].

ii. Rejeição do ensino de Jesus mesmo sendo correto e inquestionável: As Escrituras nos dizem que as pessoas reconheciam que Jesus ensinava com propriedade e autoridade [Mc 1.22]. Desde a infância arrazoava com os doutores, chegando mesmo a corrigir seus próprios pais [Lc 2.49]. Mesmo tendo-o preso, traído por Judas [que poderia ter “informações privilegiadas” contra Jesus, seus inimigos tiveram que subornar pessoas para o acusarem [Sl 27.12; Mt 26.60-61] porque não houve como surpreendê-lo em erro algum [Mt 26.59; Mc 12.13].

iii. Rejeição dos atos de Jesus, mesmo sendo comprovadamente divinos: É possível não acreditar no que alguém fala de si mesmo ou no que se fala sobre alguém, mas contra fatos estabelecidos não há argumentos [Jo 10.37-38] - a menos para quem já tomou suas decisões baseada em seus preconceitos. Exemplos inquestionáveis ocorrem quando Jesus cura um cego de nascença [Jo 9.25], ressuscita Lázaro, mesmo quatro dias após a sua morte [Jo 11.39-44] ou perdoa pecados [Mt 9.5] curando um enfermo.

Quando confrontados com a pergunta de Jesus, eles desnudam seu caráter. O problema é que eles não queriam atender nenhuma autoridade que não a sua própria. Porque não ouviram João Batista? Incredulidade. Porque não ouviam Jesus? Mesmo motivo. Incredulidade. O problema é que, quem não ouvia João Batista ou Jesus, na verdade rejeitava aquele que os enviou [Jo 13.20]. Há muito que os escribas, fariseus, saduceus, doutores da lei e demais líderes religiosos haviam se afastado de Deus, conheciam a letra das Escrituras reinterpretada segundo seus interesses [Mt 15.6; Tt 1.14] mas, ao final, podiam ser justamente acusadas de desconhecerem as Escrituras porque desconheciam seu poder e o poder de Deus [Mc 12.24].

Do exemplo dos anciãos do povo e dos doutores da lei chegamos a algumas conclusões que facilitam entender a mentalidade dos homens de nosso tempo. Eles não criam em Jesus. Hoje as multidões também não, apesar de toda a história da Igreja cristã. E qual é a razão? A verdade é que:

· Nenhum ensino é eficiente para quem não quer entender [Jo 7.16]. É possível verificar isto facilmente quando vemos que, numa mesma sala de aula, há alunos que conseguem excelentes notas e outros que não conseguem nota nenhuma. É comum colocar a culpa nos professores [há maus professores] mas na maioria dos casos o problema está em alunos que se recusam a aprender.

· Nenhuma luz é suficiente para quem mantém os olhos fechados [Jo 3.19]. Como uma criança que fecha os olhos com medo quando há queda de energia, e não os abre quando a energia é restaurada, assim é quem tem diante de si a luz do mundo e não abre os olhos para enxergar. A deficiência não está na luz - mas na cegueira opcional de muitos.

· Nenhuma demonstração de amor ou de poder é capaz de atingir um coração fechado [Rm 5.8]. É comum vermos casos de pessoas apaixonadas não correspondidas. Por mais que amem, se do outro lado não há amor, mesmo que morem num mesmo ambiente será uma solidão a dois. Nada adianta dizer ao outro que ama - quem não ama é incapaz de valorizar quaisquer demonstrações de amor. Uma flor pode falar muito de amor, ou não ter significado algum.

É possível que você tenha conhecimento do que Jesus fez e faz. Tenha conhecimento de quem Jesus é. É possível que conheça muito bem o que Jesus ensinou, e até entenda, mas não atenda o que Jesus ensinou. De nada adianta dizer que conhece a Jesus, porque, quem o conhece como ele deve ser conhecido [Jo 17.3] não continua indiferente ao que ele é, ensina e faz. É possível que os atos de Jesus não impactem sua vida. Isto quer dizer que você está contra Jesus. Está se colocando como inimigo e adversário de Jesus.

Certamente é hora de mudar. É hora de transformar sua vida à partir do ensino e do conhecimento de Jesus. É hora de abrir mão do senhorio sobre a sua vida e receber Cristo como seu salvador e, principalmente, Senhor de sua vida.

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