terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

JUVENTUDE NÃO É DESCULPA PARA NÃO ANDAR COM DEUS [II]

Leia post anterior com o mesmo título, uma vez que este é o segundo – e teremos ainda outros com o mesmo tema e baseados no mesmo texto de I Ts 1.

I Ts 1.4-7

Já tivemos a oportunidade de estudar sobre os crentes da Tessalônica. Frutos do trabalho missionário de Paulo em sua segunda viagem após o chamado do Senhor [At 16.9] eram cristãos cuja fé e temor do Senhor se tornaram conhecidos por todos. As características destacadas pelo apóstolo Paulo no verso 3 indica que estes cristãos realizaram obras de fé, eram cristãos operosos, dotados de um amor abnegado e firmes na esperança do Senhor Jesus. Mas isto não é tudo o que Paulo nos diz acerca destes irmãos do passado.

i. Imitaram o Senhor [v. 6]. Paulo usa a palavra imitar, mimetizar, que significa tomar a forma, a aparência, viver segundo um modelo conhecido e digno de imitação. É justamente o contrário de tomar a forma do mundo - o que a igreja tem feito muito comumente [Rm 12.2]. Os tessalonicenses tiveram dois modelos para imitar: o primeiro modelo foi encontrado em Paulo, o apóstolo, Silas e o jovem Timóteo [I Co 11.1; Fp 4.9]. Mas o que eles viram nos missionários, digno de imitação, era o fato de que eles imitavam a Cristo [Gl 2.20]. Eles escolheram os melhores modelos disponíveis. Lamentavelmente muitos cristãos tem escolhido como modelo o que lhes tem sido oferecido pela TV, pelas empresas de criação de personagens [cantores, artistas os mais diversos, futebolistas irresponsáveis, políticos] e se esquecem de que Cristo é o único digno de ser seguido e imitado.

ii. Receberam a palavra mesmo em meio a tribulações [v. 6]. Paulo diz dos tessalonicenses que eles receberam com aprovação, com alegria, deram boas vindas à palavra pregada pelo apóstolo como se fora uma mensagem de Deus para seus corações, o que, de fato, era: a boa nova da salvação em Cristo Jesus. A palavra que traduzimos por tribulação significa opressão, aflição ou circunstâncias adversas. Diferente da aparente honra com que os cristãos são vistos hoje em muitos lugares, o cristianismo significou para os tessalonicenses uma porta aberta para a perseguição certa - e isto em muitos casos significaria nada menos que a morte. Eles não olhavam para a perseguição como um preço para obterem a salvação, mas como uma dádiva [II Co 1.7; Fp 1.29]. Quão diferente do cristianismo moderno onde a tribulação é atribuída justamente à falta de comunhão com Deus. Quem está certo, a Palavra de Deus ou os muitos faladores da atualidade? A nós, cristãos, cabe ficar com a Palavra de Deus.

iii. Foram cristãos exemplares [v. 7]. Por causa da sua fé, do seu trabalho na obra e da sua firme esperança no Senhor os crentes tessalonicenses se tornaram modelo para os crentes macedônios e gregos. Um tipo é um molde, um modelo com um design aprovado [At 7.44], mas o sentido que nos interessa é o de uma vida moral e espiritual exemplar [Fp 3.17; II Ts 3.9]. Paulo indica que estas pessoas podiam ter sua vida examinada por quem que que fosse e eles seriam encontrados irrepreensíveis. Eram dignos de imitação porque imitavam os apóstolos naquilo que eles imitavam ao Senhor Jesus Cristo. Os discípulos de Cristo podiam ser conhecidos por sua fé, por suas atitudes, por guardarem a palavra do seu Senhor. De quantos cristãos hoje em dia podemos dizer que são cristãos exemplares? E será que podemos dizer isso de uma Igreja inteira? Dos crentes que porventura vivam em toda uma região, como era o caso dos tessalonicenses?

Numa época onde o cristianismo tem sido olhado com desconfiança - mas uma desconfiança diferente da que os gentios possuíam - gerada não por preconceitos, mas, infelizmente, por pós-conceitos, isto é, porque as pessoas tem olhado para os cristãos e observado que eles não estão se adequando ao modelo proposto, como fizeram os tessalonicenses, cabe uma chamada a cada um dos cristãos: é necessário que sigamos o modelo, Jesus Cristo. Que sejamos como os tessalonicenses, modelo para os que nos conhecerem. Não importa a idade, jovens ou idosos, todos enfrentamos o mesmo desafio como fruto do chamado: devemos ser imitadores de Cristo, recebendo usa palavra com alegria pois ela é mais doce que o mel e o destilar dos favos e ser cristãos exemplares, mesmo em meio a uma geração adúltera e maldosa.

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