terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

QUANDO A RELIGIÃO É APENAS UM ERRO

I Rs 19.1-8

Em Jezabel encontramos um exemplo de mulher informada [v. 1], religiosa [v. 2], extremamente crente [v. 2] e consciente de seus deveres e propósitos religiosos [v. 2]. Entretanto esta mulher apresenta três erros que frequentemente as pessoas cometem. São sinceros em sua fé, mas para agradar a Deus você precisa de: [a] mais que informação; [b] mais que religiosidade; [c] mais que uma crença e [d] mais que firmeza de propósitos. Jezabel, apesar de todas estas características aparentemente positivas, cometia erros muito comuns:

i. Possuía conhecimento que não impactava sua vida [v. 1]. Somos informados que Jezabel tomou conhecimento de tudo quanto Elias fizera e como matara os profetas de Baal. Ela conhecia a história religiosa de Israel, a humilhação que seu povo sofrera quando levou a arca para o templo de seu Deus - Dagon - e para suas cidades [I Sm 5 e 6]. Ela soubera do desafio feito por Elias a Acabe, aprovara a ida dos seus 950 profetas ao monte Carmelo. Sabia que os profetas clamaram por várias horas, sob a zombaria de Elias, e que o mesmo, após molhar o altar e a lenha, orou a Deus e o Senhor enviou o fogo que queimou a oferta.

ii. Possuía uma religião comprovadamente vazia e ineficaz [v. 2]. Filistéia, natural de Sidom, filha do rei Etbaal, adoradora dos baalins. Casa-se com Acabe e leva seu culto idólatra para Samaria. Construiu um altar a Baal e um poste-ídolo, sustentando 950 falsos profetas. Diante do desafio proposto por Elias ela provavelmente imaginou que seria fácil derrotar um solitário atalaia de hwhy com sua multidão de lacaios. Seria fácil oferecer um sacrifício mais impactante - e os antigos eram especialistas em cerimônias de alto impacto visual, como os magos egípcios. Mas fora do seu ambiente ficou claro que eram apenas embusteiros. Sua religião era falsa, vazia e ineficaz, apesar de todos os seus esforços.

iii. Cria em deuses que comprovadamente nada são e nada fazem [v. 2]. Jezabel certamente era sincera em sua crença, acreditava nos seus deuses, e, mesmo diante da retumbante derrota sofrida no Carmelo não deixa de acreditar. Sua crença era inabalável. Viu que seus deuses nada puderam contra o Deus de Elias. Ela resolve propor um novo desafio: em nome do seu deus ela afirma que Elias não teria nem mais um dia de vida. E novamente vê a impotência de seus deuses, pois Elias continua vivo, e 41 dias depois chega ao monte Horebe, o monte de Deus. Deus o guia, o sustenta, o orienta... E os deuses de Jezabel nada fazem, nada podem, simplesmente porque, embora pudessem ser mostrados, possuíssem cabeça, olhos, ouvidos, nariz, boca, mãos e pés, não pensam, não veem, não ouvem, não cheiram, não falam, não tocam e nem andam [Sl 135.15-17]. São inúteis, são menos que nada, são vaidade. A bíblia os cama de tehulim, que significa montículo...

iv. Possuía um propósito de vida que inequivocamente não glorifica a Deus [v. 2]. Jezabel era uma mulher de propósitos definidos. Casando-se com o rei de Israel, imediatamente traz para sua nova terra o culto de seus pais. Conseguiu recursos para sustentar um verdadeiro exército de propagadores de sua religião. Quando seu esposo quis possuir uma vinha, fez uma série de armações [falsificou a assinatura do esposo, obteve falsas testemunhas, armou um julgamento e condenou o dono da vinha] até obter seu intento. E agora, vemos Jezabel com um novo intento: a morte de Elias. Em todos os seus propósitos não vemos em momento algum Jezabel glorificando o Deus vivo - mesmo após ter visto o poder e a gloriosa majestade do Deus de Israel.

É evidente que todas estas características encontradas em Jezabel [uma mulher bem informada, religiosa, crente  e consciente de seus deveres e propósitos religiosos] seriam de grande valia se o que ela aprendesse sobre Deus impactasse sua vida, produzisse mudanças [arrependimento, conversão para Deus e uma vida frutificando demonstrando este arrependimento]. Se sua religião fosse, de fato, um estar religada no Deus vivo e verdadeiro ela poderia estar segura, pelo fato de Deus ser quem é, que seria abençoada, que sua fé náo seria frustrada, e que seus trabalhos para o Senhor não seria em vão. Mas ela cria em Baal, e não no Deus verdadeiro. Muitos há que constróem seus próprios deuses, aceitam os engodos que lhes são oferecidos por todos os meios de comunicação disponíveis – e, embora ouçam constantemente sobre o Deus verdadeiro, preferem as mentiras dos homens. São como Jezabel. Lamentavelmente são como Jezabel.

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