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Os presbíteros [docentes e regentes] devem ser “modelos do rebanho”. Os diáconos devem ser homens cheios do Espírito Santo e de sabedoria e de fé [I Pe 5.1-3; At 6.35]. O apóstolo Paulo fala que eles devem ser homens fiéis e idôneos, e enumera várias características que devem ser buscadas nos membros da igreja antes de elegê-los para o oficialato [I Tm 3.1-12; Tt 1.5-9], porque ainda que um bom crente não venha a ser, necessariamente, um bom oficial, jamais um mau crente dará um bom oficial. Eis a lista: Irrepreensível, esposo de uma só mulher, que governe bem sua própria casa, hospitaleiro, temperante, sóbrio, modesto, não dado ao vinho [sem vícios], não violento, cordato, inimigo de contentas, liberal [não avarento], apto para ensinar, experimentado na fé [não seja neófito], tenha bom testemunho dos de fora, piedoso [bom testemunho diante da igreja e de Deus].
É perfeitamente possível que não encontremos ninguém que possua todas estas virtudes no grau recomendado - mas precisamos tê-las diante de nós ao fazermos tal escolha, ao mesmo tempo em que devamos também considerar nossa necessidade de desenvolvê-las em nossa vida.
Quão diferente é o processo eleitoral na Igreja e o processo eleitoral mundano. No mundo apoios são decididos mediante troca de favores, recompensas por atos passados ou promessas de recompensas futuras. Há algum tempo um candidato a deputado federal esteve em Jacundá pedindo votos, com o apoio de um político local que vive o seu ocaso. Quando o candidato subiu para iniciar seu discurso, após ser apresentado pelo local, alguém que estava próximo de mim, na saída da Igreja, disse uma frase que caracteriza o processo eleitoral mundano: “Esse só vem aqui de 4 em 4 anos. Teve 4 anos, desde a última campanha, para fazer alguma coisa e nunca fez nada, nunca esteve presente. Mas agora quer voto. É até capaz de querer beijar criancinhas. Esta falsa amizade não engana ninguém”. O político, apesar de muito conhecido na região, teve menos de 200 votos.
Triste realidade – ele não passava de um político em campanha. E durante as campanhas os políticos costumam fazer o que nunca fizeram, visitar quem nunca visitaram, cumprimentar quem nunca cumprimentaram, abraçar quem nunca abraçaram, prometer o que nunca farão e desejar que o povo esqueça o que fizeram. Esta é a tônica da campanha: aposta-se na falta de memória do povo.
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