O ditador da Líbia há 42 anos, Muamar Kadafi, fez um anúcio semelhante ao que foram feitos pelos governantes do Egito [Hosni Mubarak] e da Tunísia [Zine al-Abidine Ben Ali]. Vale lembrar que suas tentativas foram inócuas e ambos caíram. Prometeu reajuste de salários e uma espécie de “bolsa compensação” no valor de até U$ 400,00 [em torno de R$ 680,00] para diminuir os efeitos da alta dos preços dos alimentos. É uma tentativa desesperada para manter-se no governo. Boa parte do leste da Líbia está sob controle dos rebeldes que já falam em marchar sobre Trípoli, capital e sede do governo. Muitas deserções importantes tem acontecido, de ministros, soldados, embaixadores ao redor do mundo. Poucos dos representantes da Líbia ousaram defender Kadafi publicamente, como fez o embaixador no Brasil. Nos países civilizados eles têm procurado calar-se ou deixaram Kadafi. Está marcado para hoje uma grande manifestação nacional contra o atual governo líbio. Além disso o Conselho de Segurança pode votar o afastamento da Líbia de sua cadeira neste mesmo conselho. Ao mesmo tempo, contas pertencentes a Kadafi e auxiliares próximos foram congeladas na Suíça e em alguns outros países. É esperar para ver.
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