Palestras proferidas pelo Rev. Carlos Garcia no I Adorando ao Cordeiro em São Geraldo do Araguaia.
Texto: Jo 4: 1 a 26
Jo 4: 23Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
vv. 1 a 8 = Jesus estava cansado, busca um lugar de descanso para refrescar-se com um belo copo de água. Chega então uma mulher e Jesus inicia um conversa com ela, pedindo um copo de água.
Sempre é Jesus quem nos busca, é Ele quem quer nos salvar.
vv. 9 e 10 = Ele coloca a dificuldade na frente. Ela vai se lembrar que racial e socialmente os samaritanos não se dão com os judeus. Jesus desconsidera essa questão e faz-lhe uma pequena apresentação. SE CONHECERAS O DOM DE DEUS... E o bom é que basta pedir, ensinou Jesus...
Se todos nós conhecêssemos a Jesus todos seríamos verdadeiros adoradores...
v. 11 = Ela coloca outro obstáculo, primeiro racionalizando: VOCÊ NÃO TEM NEM CORDA E NEM BALDE... como iria tirar a água.
Nós também somos mestres em racionalizar. Às vezes nos achamos o mais inteligentes do universo. O pastor fala, ensina, e não damos ouvidos achando que já temos o suficiente e eles não têm nada a nos acrescentar. Racionalizamos o ensino das Escrituras. Lemos mas dizemos: Ah, isso não é bem assim...
v. 12 = Parece que algo começa a lhe ferroar a consciência e ela usa logo do argumento teológico. JACÓ É NOSSO PAI....
Ela sabe que os samaritanos eram frutos de casamentos mistos, ela tem consciência de que era a razão da rejeição dos israelitas, então ela “esquece” disso e vai buscar sua origem comum... Nós também somos assim.... Você é um adorador? Eu sou filho de presbítero... Você é um adorador? Que é isso pastor, eu nasci na igreja? Você tem lido a Bíblia? Que é isso meu irmão, eu toco no louvor da igreja... VOCÊ QUER RECEBER A JESUS COMO SALVADOR? Que é isso, eu já sou católico, espírita, budista, etc.
vv. 13 e 14 = Jesus veio e está em busca dos verdadeiros adoradores, não quer discutir religião. Então ele aperta um pouco o cerco e fala da água viva. Ela dá sinais de ceder, mas começa a olhar apenas para suas necessidades físicas e materiais. Ela quer a benção de não mais ter que sair de casa ao meio dia – hora sexta (v. 6) – escondida, para buscar água. Uma mulher não faria isso sozinha.
Mas ela sabia porque não tinha companhia. Ela se dispunha a ir aquele horário porque fugia de expor-se, tendo em vista ser adultera. Ela sabia de sua condição e quer apenas resolver as questões materiais. A maioria das teologias hoje oferece essa solução. Por isso há muita aceitação e crescimento. Solução para as questões materiais, financeiras, sentimentais, sem resolver o principal problema que é o espiritual.
vv. 16 a 18 = Jesus então faz o confronto final e manda chamar o marido. Ela não tinha marido e vivia com alguém que não era seu marido. Ela estava vivendo em fornicação, praticando o sexo fora do casamento, ou então era uma adúltera, o que não diferenciava muito, pois em ambos os casos constitui pecado diante de Deus, prática que precisa ser rejeitada por todo aquele que quer ser conhecido como verdadeiro adorador.
Hoje queremos diluir aquilo que Deus nos deu condensado. Pecado é pecado e sempre o será. Não adianta darmos outro nome, tentar justificar. O melhor é a atitude daquela mulher diante daquele confronto.
vv. 19 e 20 = Agora ela demonstra um verdadeiro interesse pelas coisas espirituais. Começou a trilhar o caminho da graça. Quer entender a respeito de adoração, ela sabe que somente os verdadeiros adoradores estarão na glória celestial, e ela não quer ficar de fora.
O interesse legítimo pelas coisas de Deus é um excelente sinal de busca e crescimento. Paulo elogiou os tessalonicenses (1 Ts 1), pela: “3operosidade da fé, abnegação do amor, e firmeza da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo”, e depois ele acrescenta: 2 Ts 2: 13Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes”.
Quando Jesus ministrava a última ceia, Ele disse que um iria traí-lo. Imediatamente os discípulos começaram a perguntar: SOU EU SENHOR...
vv. 21 a 23 = Agora é o confronto final. Jesus está pronto a levá-la a nocaute. A questão não é o ONDE, mas QUEM e COMO. Será que conhecemos a Deus? Será que conhecemos a Jesus? Será que aquilo que chamamos de adoração é verdadeiramente uma adoração? Precisamos olhar para a Palavra de Deus e encontrar um modelo de adoração... Porque essa hora já chegou, disse Jesus
23Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
Precisamos compreender algumas coisas importantes:
A verdadeira adoração a Deus só pode existir como resultado da obra graciosa do Espírito de Deus na salvação da alma. Antes que o homem possa adorar a Deus de modo bíblico, ele precisa conhecê-lo como Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Sempre que encontramos pessoas, em qualquer parte do mundo adorando e louvando o Deus da Bíblia, podemos ter certeza de uma coisa – esta adoração é o resultado da obra graciosa da salvação de Deus no coração dessas pessoas. A adoração não acontece em um vácuo. A adoração é produzida por pessoas que nasceram de novo e foram chamadas à comunhão com Deus através de Jesus Cristo. Um dos fatos mais espantosos no tocante a Deus é que Ele está procurando um povo para adorar o seu Filho Jesus Cristo. Se você se tornou cristão, um dos propósitos primários da sua salvação é que você adore com alegria o Filho de Deus. Entretanto, quão trágico é encontrarmos tão poucos cristãos que entendam a natureza da verdadeira adoração espiritual ou que a pratiquem. A adoração atinge seu ponto mais pleno e rico quando a nossa alma se perde na maravilha da glória e majestade de Deus. Muito do que é aceito como adoração em nossos dias não produz esta maravilha. Os cultos superficiais e vazios que caracterizam a presente geração não produzem nem adoradores verdadeiros, nem grandes santos. Para compreendermos verdadeiramente o que significa a adoração, precisamos examiná-la em seu ambiente mais puro, e o exemplo mais nítido e sublime de adoração, que as Escrituras nos oferecem, é o quadro que João nos apresenta no livro do Apocalipse. Nos caps. 4 e 5 o Senhor abre a cortina e nos permite um vislumbre da adoração na sala do trono. Se quisermos adorar de modo bíblico, é necessário nos certificarmos de que nossa adoração na terra reflete o exemplo e a direção da adoração celestial.