VOTO (IN) ÚTIL
O que é o voto (in)útil?
O discurso é mais ou menos o seguinte. Entre três candidatos reais (o resto é autopromoção, pantomima), Pafúncio, Nostrôncio e Prascóvio no decorrer de uma campanha política Pafúncio desponta com uma eventual liderança que aparenta dar-lhe a quase certa presença numa segunda rodada de eleição.
Como são apenas duas vagas para a segunda rodada, restam Nostrôncio e Prascóvio. Nostrôncio, aparentemente, tem mais chances de chegar, está na frente e os eleitores de Prascóvio começam a pensar: se Nostrôncio tem mais chances, então, é melhor eu dar um voto útil e fortalecer aquele que tem chances de vencer Pafúncio. É que se chama de voto útil e que eu denomino de voto inútil. Porque inútil?
Porque tira do candidato escolhido por este eventual eleitor a chance de crescer e chegar à vaga. O eleitor desiste antes de o jogo ser jogado. Na prática, o eleitor de Prascóvio acaba trabalhando duas vezes contra o seu escolhido: tira-lhe um apoiador e apoia seu adversário. Veja a demonstração com uma migração de 1, 3, 5 e 8 apoiadores, pois a tendência se acentua gradativamente com a diminuição paulatina dos apoiadores, e, ainda, Nostrôncio acabaria atraindo alguns entre os indecisos. Poderíamos ainda ver a cessação de tendência de queda do líder, e teríamos o seguinte quadro hipotético:
Se, entretanto, Prascóvio mantivesse seus 19 apoiadores e conseguisse, ao longo do processo, conquistar 2 apoiadores de Pafúncio (que historicamente só mantém 35), mais 2 de Nostrôncio e ao menos 1 por vez entre os ainda indecisos, poderíamos ter um quadro hipotético diferente:
Qual a lógica? Deixe seu voto ser realmente útil nos dois turnos. Se seu candidato não chegar ao segundo pleito, escolha, então, o que achar que é menos pior.
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