Sete de setembro. Feriado nacional. Dia da independência do Brasil. Mas, que independência mesmo? Sob certos critérios, independência política, econômica, institucional.
Contam os livros de história que, certo dia, certo príncipe, em certo lugar, deu um grito e com ele tornou o país independente de Portugal. A história é bonitinha, como bonitinho é o desenho que imortaliza aquele ato - nem a história nem o grito se deram do jeito que a maioria pensa que sabe.
O desejo de independência é algo que aflora nos homens de uma maneira natural. Crianças, adolescentes, adultos - todos querem, normalmente, independência. Mesmo aqueles que vivem na mais absoluta dependência querem, de alguma forma, sentir-se independentes.
Mas o problema real é quando o homem, não importando qual idade tenha, deseja ser independente de Deus. Desde que o primeiro casal resolveu tomar decisões sem considerar a vontade revelada de Deus esta independência tem causado muitos males.
O homem não foi criado para ser independente. Não tem estrutura para isso. Não tem estrutura emocional para isso. Não tem estrutura física para isso. Não tem estrutura espiritual para isso. Na verdade, se o homem conseguisse realmente desvencilhar-se de Deus, ele simplesmente “não seria” (At 17.28). Mas, mesmo não conseguindo, não desistimos da vã tentativa de sermos independentes.
Na verdade, a benção não está em ser independente, porque a tal independência é, na verdade, rebelião contra o criador (Jó 34.37). A benção está, justamente, em depender do Senhor em toda e qualquer situação, na verdade, em reconhecer o Senhor em todos os caminhos (Pv 3.6), entregando-lhe a direção de sua vida (Sl 37.5) e, assim, receber dele toda sorte de bênçãos (Ef 1.3).
A Palavra de Deus afirma, e basta uma rápida olhada para qualquer canto do mundo para perceber, que feliz é a nação que não é independente ou, dito de outra maneira, feliz é a nação cujo Deus é o Senhor (Sl 33.12). Toda frase afirmativa pode ser lida, também, de maneira negativa, isto é, infeliz a nação cujo deus não é o SENHOR ou que Deus não é o seu Senhor.
O Brasil apresenta um quadro cada vez mais caótico porque até mesmo quem se diz cristão, por interesses os mais diversos, e muitos destes inconfessáveis, acaba defendendo ideias e ideais que são frontalmente contrários à vontade revelada de Deus. Exemplos? Vários.
i. sob a justificativa de ser uma questão de saúde pública cristãos tem se unido a defensores do “direito da mulher de decidir sobre seu corpo”, um eufemismo para a prática do aborto;
ii. sob a capa do legalismo e da universalidade de direitos civis há aqueles que defendem a união conjugal do mesmo sexo - na prática, a defesa do homossexualismo;
iii. sob a capa de ecologia defendem alguma forma de supremacia da natureza, de evolucionismo, abandonando o ensino criacionista das Escrituras;
v. sob a capa da ética e do politicamente correto (às vezes usando de maneira totalmente irresponsável uma das palavras mais preciosas da língua portuguesa, amor) há quem deixe de denunciar o erro, a corrupção das instituições e, na prática, acaba se tornando, pelo silêncio, cúmplice dos malfeitos;
v. sob um discurso modernista e progressista rejeitam a bíblia como autoritativa e inerrante em todas as questões pertinentes à ética, à moral, à economia e a todos os demais temas que envolvem a vida humana.
Fora do Brasil podemos observar a imoralidade galopante, a crescente criminalidade e o uso cada vez mais indiscriminado de drogas em outrora poderosos países cristãos porque eles abandonaram o seu Deus (Jr 2.13), como Inglaterra, Estados Unidos, Holanda e vários outros. Pior ainda o estado de países que tem sido influenciados por uma fé não apenas não cristã mas eminentemente anticristã, como podemos ver nos conflitos generalizados em todo oriente médio e África. Nações infelizes porque não tem o SENHOR como seu Deus.
Poderia fazer um levantamento de muitas outras questões, semelhantes a estas, mas o ponto que quero focalizar não é o mal, mas o fato de que uma nação só pode ser verdadeiramente feliz, só pode gozar de verdadeira paz e prosperidade tendo Deus como seu Senhor - esta é uma afirmação comprovada tanto biblicamente quanto historicamente (todos os países europeus que abraçaram a Reforma Protestante do séc. XVI se desenvolveram tanto na economia, quanto na educação e na ciência).
A orientação de Davi a Salomão (I Cr 28.9) ainda é pertinente, e a proclamação de Jeremias continua de pé (Jr 29.14). Não, nossa nação não é feliz porque não tem Deus como seu Senhor. Nossa nação não quer ouvir a voz do Senhor que conclama ao arrependimento, que oferece perdão (Is 1.18) e benção (Is 1.19) mas também promete punição em caso de rebeldia contumaz (Is 1.20).
Independência? É melhor não, Brasil. Melhor é servir ao Senhor (Js 24.15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário