Paulo Roberto esmiúça a lógica que predominava na
assinatura dos contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira
vez, que grande parte das empreiteiras contratadas pela companhia tinham que contribuir obrigatoriamente para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e
políticos de diferentes partidos da base aliada do governo, dinheiro este que está sendo usado como "recursos não compatibilizados" pelas campanhas de PT, PMDB e PSB.
Sobre o PT, ele afirmou que o operador encarregado
de fazer a ponte com o esquema era o tesoureiro nacional do partido, João
Vaccari Neto, cujo nome já havia aparecido nas investigações como personagem de
negócios suspeitos do doleiro Alberto Youssef.
Uma pequena lista (ainda incompleta, pois os
denunciados foram 12 senadores e 49 deputados, além de ministros, governadores,
ex-presidente e presidente – todos ligados a três partidos: PMDB, PP e, é claro, PT) dos beneficiários das fraudes na Petrobrás, especialmente da compra
da refinaria de Passadena que, segundo Paulo Roberto, foi fraudulenta para
garantir dinheiro aos petromensaleiros que apoiam o governo Dilma e não apenas
um erro comercial:
Ø Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, ex-candidato a presidente da república
pelo PSB, falecido em acidente aéreo;
Ø Roseana Sarney, governadora do Maranhão, PMDB, "via tribunal";
Ø Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, PMDB;
Ø Edilson Lobão, ministro das Minas e Energia, PMDB;
Ø Mario Negromonte, deputado, ex-ministro das
cidades, candidato a deputado federal, PP;
Ø Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, PMDB;
Ø Renan Calheiros, presidente do Senado, PMDB;
Ø Ciro Nogueira, senador, PP;
Ø Romero Jucá, senador, PMDB;
Ø João Pizzolatti, deputado, PT;
Ø Candido Vaccarezza, deputado, PT;
Ø João Vaccari Neto, tesoureiro do PT;
Ø Luis Inácio Lula da Silva, ex-presidente da república, presidente de honra do
PT, avalista do esquema que começou em seu governo, há 12 anos, portanto;
Dilma
Rousseff, presidente da república,
candidata a reeleição, era presidente do conselho administrativo da Petrobrás,
avalizou a compra de Passadena, beneficiada com o repasse de dinheiro que
garantia apoio político.
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