sexta-feira, 20 de junho de 2008

JESUS VEIO POR MIM

JESUS VEIO POR MIM (Lc 22.41-42)
A vida é feita de escolhas. Cada um de nós tem que fazer algum tipo de escolha na vida. É a escola que vamos estudar, o curso que vamos fazer, a companhia para o resto da vida, que trabalho vamos desenvolver, etc.
Uma das principais dificuldades das escolhas que temos que fazer é que não sabemos o que nos espera após termos feito opção por esta ou aquela atitude, rejeitando, por conseguinte, todas as demais.
Se soubéssemos os resultados de nossas escolhas certamente faríamos escolhas mais acertadas ao longo da vida, escolhas mais adequadas para nós e para os que nos cercam. Mas será que as escolhas mais adequadas são as que melhor glorificam a Deus?
Jesus um dia teve que fazer uma difícil escolha: diante dele estava a cruz. Próximo dele os discípulos, prontos a defendê-lo de qualquer ameaça. É até impensável, mas um dos discípulos mais íntimos estava armado [Jo 18.10]. Qual seria a sua escolha nesta situação? O que você faria se estivesse no lugar de Jesus? Hoje veremos que Jesus:
VEIO POR MIM
Uma primeira consideração sobre a oração de Jesus é que ele não veio fazer a sua própria vontade, mas a vontade do pai [Jo 6.38]. Diferentemente de nós Jesus não estava fazendo uma escolha aleatória ou que o levaria a situações desconhecidas. Ele sabia exatamente para onde estava sendo conduzido. Ele conhecia as escrituras e as profecias de Isaías a respeito dele, o servo humilhado (53). Ele sabia do desprezo, do sofrimento, do tormento, da maldição que lhe seria lançada [Dt 21.23], mas também contemplava o fruto do seu trabalho. Na sua oração mais ardente Jesus simplesmente pede a Deus que, através dele, do que ele estava prestes a fazer, homens e mulheres que nada mereciam fossem libertos da opressão e da escravidão ao pecado. Ele sabia que, se recuasse, não haveria nenhuma esperança para os homens. Não haveria esperança para mim ou para você. De nada adiantaria tentar ser bom, pois não só não se conseguiria como também você só aumentaria condenação e pecado à sua impiedade. Não se esqueça que em você não há bem algum – não há nada que te recomende diante de Deus. O homem e suas justiças não passam de trapos de imundície. Nada temos a oferecer que ele não tenha. Nada podemos lhe dar que ele porventura precise [At 2.8].
SEM BUSCAR SUA GLÓRIA
O mundo tentou glorificar Jesus por mais de uma vez. Tentaram fazê-lo rei [Jo 6.15] e ele não quis. Foi-lhe oferecido o poder sobre os reinos do mundo, e ele recusou [Mt 4.9]. Antes de Jesus outro homem se levantou tentando reinar em Israel [At 5.36], mas Jesus sabia que seu reino era diferente. Essencialmente diferente [Jo 18.36]. Também queriam divulgar seus feitos, tornando-o uma espécie de curandeiro, um fazedor de milagres [Mt 9.31], mas ele preferia que não o vissem desta forma. Havia quem quisesse tal fama, como Simão [At 8.10].
Qualquer um que fosse capaz de alimentar mais de 5000 pessoas tantas vezes quisesse, curando suas enfermidades e ressuscitando mortos certamente teria muitos milhares de seguidores hoje, e muito mais naquela época. Os discípulos de Jesus não entendiam muito bem o que ele veio fazer, e preferiam um caminho que não era o de Deus [Mc 8.33].
MAS A DE DEUS
A glória que Jesus buscava era a de Deus [Jo 11.40]. Ele veio para fazer a vontade de Deus, e esta vontade é expressa na sua obediência, na sua morte e na sua ressurreição. Foi assim que ele resgatou os amados de Deus, os eleitos de Deus [Rm 8.33]. Jesus não rejeitava os que o Pai lhe enviava [Jo 6.37], porque a glória que ele buscava era a do Pai, não a sua. Seu desejo, sua comida, sua bebida era agradar a Deus – esta era sua realização [Jo 4.34].

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