quinta-feira, 19 de junho de 2008

FESTA JUNINA É FESTA CRISTÃ?

FESTA JUNINA. FESTA PAGÃ!
Esta semana decidi dedicar um pouco de tempo a este assunto e, ao ler o livro de Doeuteronômio (25.17), numa passagem que retrata a confirmação da aliança de Deus com o seu povo, lembrando as promessas de bênção, encontrei esta passagem que creio, responde qualquer dúvida que um sincero cristão possa ter quanto a este assunto. Num primeiro momento quero extender o termo cristão o máximo possível, aceitando como cristão (ao menos por enquanto) como "todo aquele que se confessa seguidor de Cristo".
As chamadas festas juninas estão entre as três grandes festas anuais do calendário brasileiro (carnaval, juninas e natal). O país fica animado com a música (caipira e irritante), comidas típicas à base de milho e mandioca e as famosas quadrilhas (como se no Brasil já não as tivéssemos o bastante o ano inteiro). As festividades são dedicadas a três "santos" do romanismo: Antônio (dia 13), João Batista (24) e Pedro (28). Quero considerar tais práticas à luz da história e da bíblia.
As festas populares juninas são mais antigas que o cristianismo. Esta época (solstício de verão e ápice da estação) era marcada pelo início da colheita. Os celtas, bascos, egípciose sumérios faziam rituais para garantir a fertilidade da terra (e das mulheres) e o crescimento da vegetação após o inverno que começava a se aproximar. Havia oferendas de comidas, bebidas e animais às divindades pagãs. Havia muitas danças ao redor das fogueiras para espantar maus espíritos. As crianças geradas nas festas anteriores eram passadas pela fumaça das fogueiras como proteção contra os espíritos.
Em Roma (sempre lá) havia as festas junônias, em homenagem à deusa Juno (dona do mês de junho). Seria daí o nome "festas juninas"? Estas celebrações coincidiam com a data da comemoração do nascimento de João Batista, e como a igreja de então não conseguia extirpar o mal, preferiu "encampá-lo", vestindo-o com uma nova roupagem pseudo-cristã. Mais tarde os jesuítas trouxeram estas festividades para o Brasil.
Vejamos o significado de alguns dos rituais (além do passar pela fogueira e oferendas de comidas):
O MASTRO: símbolo da fertilidade (falo), acreditava-se que trazia sorte à residência que o erigisse
FOGUEIRA: para os pagãos espantavam os maus espíritos, e para os cristãos medievais simbolizavam a luz, portanto, sinal de bênção. No catolicismo tradicional são acesas sempre às 6.00h (hora da "Ave Maria" - por causa de uma lenda na qual Isabel teria combinado avisar a Maria do nascimento de João acendendo uma grande fogueira). Aliás, cada fogueira é arranjada de modo diferente: a de Antonio é quadrangular, a de Pedro é triangular e a de João é arrendondada.
FOGOS DE ARTIFÍCIO: para espantar os maus espíritos, o diabo e seus demônios.
BALÕES: simbolizavam os pedidos aos deuses - ou aos santos. Se subirem, é porque os pedidos foram aceitos.
ESCONDER A IMAGEM DE ANTÔNIO: o personagem histórico, um franciscano de nome Fernando, rebatizado Antônio, ganhou fama por ajudar a encontrar objetos perdidos e cuidar de enfermos. Uma moça pobre, que não conseguia casar, teria feito uma oração ao santo e conseguido o dote. Daí a virar o santo preferido das jovens "casadoiras" foi questão de tempo. Alguém passou a divulgar que o santo atendia mais rapidamente se fosse colocado de cabeça pra baixo em um lugar escuro ou se lhe fosse tirado a imagem do menino que carrega (tortura ao santo de devoção - uma tolice dentro de outra).
Mas o que as igrejas evangélicas têm a ver com tudo isto? Aguardem o próximo post. E façam seus comentários.

Nenhum comentário:

FAÇA DESTE BLOG SUA PÁGINA INICIAL