O evangelista João
afirma que, embora Tomé tivesse fé genuína no Senhor Jesus, outros receberiam a
mesma certeza sem, no entanto, as mesmas provas objetivas que ele recebera (Jo 20.29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste?
Bem-aventurados os que não viram e creram. Mas, em que creriam estes bem aventurados? É
justamente tendo em vista estes bem aventurados que João escreveu o seu
evangelho (Jo
20.30-31 Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que
não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida
em seu nome).
Por sua confiança no testemunho de outros
crentes eles também creriam no Senhor Jesus e seriam salvos. Quando a multidão
de judeus, desperta pelo testemunho dos apóstolos, pergunta o que deveriam
fazer, talvez expressando desespero por já terem matado o messias, ou na
expectativa de receberem novas regras, novas leis, são surpreendidos pela
mensagem simples do evangelho: eles deveriam se arrepender de seus pecados,
deixarem seus maus caminhos e receberem o Cristo ressurreto (At 3.19-20 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem
cancelados os vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham
tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus).
Até mesmo a incredulidade de Tomé foi
escrita para que nós não incorramos nos mesmos erros. Tudo quanto foi
registrado foi para os antigos, seus filhos, e para nós (At 2.39 Pois para vós outros é a promessa, para vossos
filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor,
nosso Deus, chamar) independente de
estarmos nos confins da terra (At
13.47 Porque o Senhor assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos
gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra) como, evidentemente estamos, se levarmos em conta o
ponto de vista dos judeus neotestamentários mediterrâneos, para que tivéssemos
esperança independente do que pudéssemos ou não ver (Rm 15.4 Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso
ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das
Escrituras, tenhamos esperança).
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