terça-feira, 13 de agosto de 2013

O DESAFIO DE TESTEMUNHAR ATRAVÉS DE ENSINO FIEL

Este texto foi produzido como material para Escola Bíblica Dominical da II Igreja Presbiteriana em Gurupi, agosto de 2013.

Os conceitos materialistas ou hiperespiritualistas acabam abandonando uma das principais premissas das Escrituras - a existência infindável da alma. Não dizemos “eternidade” porque eternidade é a ausência de começo ou fim, e, evidentemente, nossa alma tem um começo, ainda que não tenha um fim, seja na vida ou na morte eternas.
Não devemos confundir a morte - mesmo a morte eterna - com a doutrina adventista sem qualquer base nas Escrituras que é o aniquilacionismo da alma, como atestam as palavras de Jesus a respeito do destino dos ímpios e dos justos (Mt 25.46 E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna).
A bíblia considera a vida eterna uma realidade de suma importância, e, por isso, fala inúmeras vezes sobre ela. Somente a expressão “vida eterna” aparece 45 vezes. É esta certeza que Deus quer ver no coração de seus filhos (Jo 3.36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus).
João usa esta expressão num modo verbal grego, o aoristo, que indica uma ação definida, efetivada completamente no passado, e de consequências imutáveis, porque quem dá a vida eterna é Deus - e ele não muda (Tg 1.17-18 Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas).
I Co 15.1-4
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
I Co 15.16-19
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
Antes de prosseguir, devemos esclarecer porque os versos 5 a 15 foram, aparentemente, suprimidos do texto básico deste estudo. Na verdade, eles não foram suprimidos, eles formam o pano de fundo testemunhal que sustenta o argumento de Paulo: a ressurreição de Cristo é um fato comprovado e, em seus dias, podia ser facilmente verificado através de abundantes testemunhos.
Eles serviam para atestar, ao menos para os incrédulos, a veracidade dos fatos nos quais Paulo baseava a mensagem de salvação, tanto para judeus quanto para os gentios (I Co 1.24 ...mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus), e numa mesma base (Rm 3.9-12 Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer): o arrependimento de seus pecados, a fé em Jesus Cristo e uma mudança radical de estilo de vida (At 26.20 ...mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento).
Nos próximos textos pretendo abordar três obrigações que devem fazer parte de todas as cogitações dos cristãos que desejam que seus conhecidos e desconhecidos experimentem a vida eterna e não a morte eterna: anunciar o evangelho, desejar os resultados do evangelho e zelar pelo genuíno evangelho.

O CRISTÃO E A OBRIGAÇÃO DE ANUNCIAR O EVANGELHO

Todavia, não é qualquer evangelho que merece ser anunciado pelos cristãos. Paulo afirma a existência do evangelho, e de “outro evangelho” (Gl 1.6-9 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema). Assim, um falso evangelho não apenas não deve ser pregado pelos cristãos mas combatido com veemência.
O cristão não deve perder tempo com o anúncio de nada que não seja o evangelho de Cristo (I Rs 22.14 Respondeu Micaías: Tão certo como vive o SENHOR, o que o SENHOR me disser, isso falarei), vendo-o como uma obrigação (I Co 9.16 Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!) por mais atrativo que isto possa parecer (Cl 2.8 Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo).
Nos versos 1 e no início do 3 Paulo enfatiza que o evangelho é para ser lembrado, recebido e mantido com fidelidade. Paulo atesta que foi exatamente isto o que fez. Recebeu o evangelho e o passou adiante.
Após ter passado em Atenas e apresentado, no Areópago, um evangelho “temperado com filosofia” sem grandes resultados, ele decidiu pregar, entre os coríntios, apenas Cristo, e este crucificado (I Co 2.2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado).
É incompreensível a indisponibilidade e indisposição crônicas de um grande número de cristãos para a com a pregação do evangelho. Tenho observado cristãos que afirmam não saber pregar o evangelho defendendo com convicção esportistas, políticos, programas televisivos e outros assuntos, muitas vezes com maior veemência do que muitos pregadores em seus púlpitos. Porque isto é assim? Ofereço pelo menos três respostas:

i. CONHECIMENTO

Se pedirmos para alguns cristãos citarem os nomes dos apóstolos de Jesus, ou os livros da bíblia talvez sejamos envergonhados. Mas se o assunto for os personagens da novela que está acabando, ou os jogadores de seu clube, o risco de vergonha é muito maior, porque muitos saberão.
E isto é assim porque investem muito tempo, estudam com afinco os personagens e as características dos jogadores de seus clubes, o que, infelizmente, não fazem em relação à Palavra de Deus (Js 1.8 Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido), apesar das advertências do Senhor de que um povo sem conhecimento é um povo condenado à destruição, mesmo que lenta (Os 4.6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos).

ii. PAIXÃO

Uma segunda resposta é que sempre encontramos pessoas dispostas a darem sua vida por aquilo que amam. Paulo e os apóstolos consideravam a sua vida de pouco valor (I Ts 2.8 ...assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a própria vida; por isso que vos tornastes muito amados de nós) para que o evangelho fosse conhecido.
Conhecemos pessoas dispostas aos mais diversos e absurdos sacrifícios em prol de cantores, atletas e celebridades. E está se tornando cada vez mais raro encontrar pessoas dispostas a pelejar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos (Jd 1.3 Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos) e, muito menos, a dar a sua vida pela fé.
Enquanto a paixão, como o mundo a conhece, é destrutiva e busca principalmente a satisfação pessoal, o tipo de paixão que estamos nos referindo é aquele sentimento que se doa pelo próximo, ainda que isto resulte em sofrimento próprio. Enquanto a paixão mundana é egoísta, o sentimento de que falamos é altruísta.

iii. INTERESSE

Geralmente podemos observar isto em três áreas: no comércio, quando vendedores ganham por comissão, na religião, quando se acredita que as obras proporcionarão a melhoria espiritual e até mesmo a redenção [teoria da compensação) e, finalmente, na política, especialmente durante as eleições quando se pretende que determinado candidato consiga um cargo (e, por conseguinte, ofereça como recompensa vantagens aos seus apoiadores, como cargos, favores, etc...).
Como o verdadeiro cristianismo é uma religião onde as obras entram como consequência da salvação, e não como um meio, muitos cristãos não se sentem motivados para praticá-las, sob o tolo argumento de que já estão salvos mesmo.
O problema é que isto é uma tolice, ou, mais que isso, uma impiedade (Pv 22.13 Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas) e falta de sabedoria (Pv 6.6 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio), pois a palavra diz que o cristão, cheio de graça, é sempre abundante em boas obras (II Co 9.8 Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra), as quais Cristo preparou para que andássemos nelas (Ef 2.10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas).
Como o preguiçoso de Provérbios 22 qualquer justificativa serve para não fazer nada, por mais absurda que seja - até mesmo um cristão dizer que não tem conhecimento bíblico - e não o tem porque perde tempo com novelas, jogos e uma montanha de outras distrações.
Sei que é muito pouco, mas creio que teríamos um cristianismo, especialmente um presbiterianismo, muito mais consistente e poderoso se cada cristão reservasse ao menos meia hora por dia para leitura e meditação da Palavra, com orientações hermenêuticas adequadas dos líderes. Mas, infelizmente, não há interesse.
Encerro esta primeira abordagem com a convicção de que ser testemunha do Senhor Jesus, anunciando todas as coisas que ele tem nos ensinado não é uma questão de escolha, mas uma imposição do Senhor aos seus discípulos (Mt 28.19-20 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século), um mandamento que deve ser cumprido por aqueles que o amam (Jo 15.14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando) mesmo se o ambiente não for favorável (Rm 8.36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro).
Porque pregar o evangelho? Porque ele é o poder de Deus para salvação de todo aquele que nele crê (Rm 1.16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego). Porque Deus resolveu salvar pecadores pela loucura da pregação (I Co 1.21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação). Isto nos conduz ao segundo ponto deste estudo:

O CRISTÃO E A OBRIGAÇÃO DE DESEJAR O RESULTADO DO EVANGELHO

A Palavra de Deus nos diz que o evangelho é o poder de Deus para a salvação de pecadores. Uma simples lógica nos leva a admitir o absurdo de que há cristãos que não se importam, ou, mais lastimável ainda, não desejam a salvação de pecadores. Como posso afirmar algo tão cruel a respeito dos tão boníssimos cristãos?
Vejamos que esta lógica não é uma criação minha ou e quaisquer outros teólogos, mas paulina, bíblica, inspirada, (Rm 10.13-14 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?): 1. Os pecadores estão indo para o inferno por causa dos seus pecados, estando sem a salvação proporcionada por Deus em Cristo Jesus; 2. O único meio dos pecadores não irem para o inferno é recebendo a salvação pela graça de Deus em Cristo Jesus; 3. Os pecadores só receberão esta salvação se crerem em Jesus Cristo; 4. eles só crerão se houver quem pregue - e como muitos cristãos não pregam, então, não querem que os pecadores sejam salvos.
Se não for isso, então, o problema é ainda maior para os cristãos, porque, se não pregam porque não querem ver pecadores salvos, então, não pregam por não se considerarem enviados pelo Senhor, logo, não se consideram discípulos do Senhor, confessando-o hipocritamente (Mc 7.6 Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim).
Os coríntios receberam o evangelho porque havia quem pregasse o evangelho. E o resultado deste evangelho é que, mesmo na devassa Corinto, Deus tinha povo (At 18.9-11 Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ali permaneceu um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus).
E, por terem recebido o evangelho, receberam de Deus a salvação, uma graça que não mereciam, que não desejavam, à qual eram alheios até em seus desejos (Ef 2.12 ...naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo).
O que muitos não sabem, e os coríntios também não sabiam até terem ouvido e aprendido de Paulo, é exatamente a mesma coisa que deve ser ensinada aos não cristãos de nosso tempo:

i. FIDELIDADE

Paulo faz questão de lembrar que o evangelho não é algo dado para agradar a homens (Gl 1.10 Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo), porque, se fosse, não seria evangelho, não conseguiria mostrar aos homens o que eles mais detestam, e do que se escondem desde o Éden - seu estado de transgressores, caídos, aquém do padrão estabelecido por Deus (Rm 3.23 ...pois todos pecaram e carecem da glória de Deus) e incapazes de fazer qualquer coisa para mudar seu estado de perdição (Rm 3.24 ...sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus) pois estavam mortos em seus delitos e pecados (Ef 2.1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados).
Precisamos insistir neste ponto, não é qualquer evangelho que salva, mas apenas o evangelho verdadeiro, do Senhor Jesus Cristo. Paulo diz que eles seriam salvos se retivessem a palavra tal como a receberam. Ninguém tem o direito de adulterar a Palavra de Deus (Ap 22.18 Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro).
Outro ponto que precisamos insistir é que apenas um evangelho puro pode ser considerado evangelho - qualquer impureza, mesma vinda de um anjo (Gl 1.8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema) descaracteriza-o como evangelho do Senhor que não tolera o pecado e deu-nos uma lei para a vida, mas para que a mesma seja cumprida à risca (Sl 119.4 Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca).
Paulo declara que a salvação dos coríntios [bem como a de qualquer cristão, independente do lugar e época) se deu porque eles receberam o evangelho, cuidando para que eles não caiam no mesmo erro dos gálatas - embora não aderissem aos judaizantes, os coríntios também enfrentavam problemas de adulteração da fé por causa de suas divisões em grupos teológicos, litúrgicos, morais e relacionais - tudo por causa de preferências pessoais. Assim, o evangelho não é uma questão do que se gosta, mas de aceitação e obediência.
O evangelho é o mapa da salvação, e a adulteração de qualquer de suas marcas vai conduzir o peregrino a qualquer outro lugar, mas não à pérola de grande valor. É possível haver milhares de mensagens, milhares de religiões, milhares de “evangelhos”, mas só há um evangelho verdadeiro, só há um caminho para Deus (Jo 14.6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim).
Todos os “mais” que alteram a gratuidade do evangelho devem ser vistos como invenções satânicas (obviamente por meio de seus “ministros” - II Co 13.13-15 Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras).
Lembremos que a nossa luta não é contra os homens - por mais ímpios que eles sejam, mas contra seus mentores (Ef 6.12 ...porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes).

ii. PERSEVERANÇA

O verdadeiro evangelho produz o novo nascimento. E aquele que é nascido segundo Deus obtém o poder para vencer todas as ciladas do mundo (I Jo 5.4 ...porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé). Sem o novo nascimento não há poder para testemunhar, para viver pela fé, para enfrentar e vencer o mundo mesmo em um mundo mau (Jo 16.33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo) e esta fé é útil em quaisquer situações, e não apenas em assuntos espirituais (At 27.25 Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito).
Não nos esqueçamos que Paulo diz que a nossa fé (Hb 11.1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem) não se limita apenas a esta vida, do contrário, poderíamos ser contados entre os mais infelizes de todos os homens (I Co 15.19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens) e tudo o que envolve a genuína experiência de vida com Cristo seria em vão.
Um falso evangelho produz apenas aparência de piedade e nenhum poder, um tipo de falso convertido que, se fosse possível detectar, deveriam ser mantidos à distância (II Tm 3.1-5 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes).
Um falso evangelho pode produzir alguma forma de moralidade que, na verdade, é uma religião humana e uma forma de apostasia (I Tm 4.1-3 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade).
Um falso evangelho não produz vida, não tem efeito espiritual algum. Os muitos “outros evangelhos” que apresentam Jesus como um homem singular, ou um anjo, ou um espírito, ou até mesmo a aceitação de todos os fatos a respeito da vida, morte e ressurreição de Jesus, mas sem uma aceitação pessoal e incondicional de Jesus como Senhor e salvador não conduz à vida eterna (Jo 17.3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste).
Somente aqueles que receberem o enviado de Deus terão a vida eterna (Jo 1.12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome) e passarão da morte para a vida (Jo 5.24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida).

O CRISTÃO E A OBRIGAÇÃO DE ZELAR PELO GENUÍNO EVANGELHO

Já foi mencionado que é o verdadeiro evangelho que produz frutos para a vida eterna. E penso que esta é uma responsabilidade de cada cristão: dar tudo de si para que a verdadeira mensagem não seja esquecida sob quaisquer tesouros mundanos, sob quaisquer formas de filosofias, sob qualquer forma de legalismo ou cientificismo materialista e existencialista.
Esta não é uma batalha insignificante, é questão de vida ou morte. É somente pelo verdadeiro evangelho que o bom perfume de Cristo será percebido (II Co 2.15-17 Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas? Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus).
Este evangelho tem, pelo menos, três características fundamentais, sem os quais não pode ser chamado do evangelho de Cristo Jesus:

I. CRISTO E A CRUZ

Não pode haver pregação do evangelho que se esqueça da cruz. Quando Paulo deixou a cruz em segundo plano - na verdade, ele nem a menciona, o resultado foi irrisório. No mesmo ambiente greco-romano, agora em Corinto, Paulo resolve pregar apenas Cristo, e não um Cristo filosófico, mas o Cristo da cruz, ou, mais precisamente, o Cristo das Escrituras (Jo 7.38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva).
Para muitos anunciar um messias morto em uma cruz era loucura, pois os filósofos acreditavam que era o conhecimento que produzia a elevação do Espírito [como nas religiões espiritualistas reencarnacionistas); outro grupo acreditava que era a negação de qualquer valor à carne que produziria crescimento moral; outros acreditavam que era a lei [e a cruz era símbolo de maldição - Dt 21.23 ...o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança) que conduziria à salvação.
Paulo afirma que “Cristo morreu”, e todos sabiam em que lugar Cristo havia morrido. Mencionar a morte de Cristo, real, é mencionar o seu opróbrio e, também, a sua glória. Não é possível esquecer que a Escritura afirma que, quando Cristo clamava “tetelestai” (Jo 19.30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito) aquilo era um brado de vitória, de cumprimento cabal do seu ministério, apesar da angústia sentida (Jo 15.13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos).
Apesar de tudo isto, a cruz é, para Cristo, lugar de glória e não de derrota, como seria para qualquer outro (Is 53.11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si).

II. A CRUZ E O FIM DA MALDIÇÃO

Se para a maioria dos homens a cruz seria a mais completa e humilhante derrota, nela Cristo cravou a derrota da morte e do inferno (Cl 2.14-15 ...tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz).
Na cruz Cristo remove a maldição que estava sobre os pecadores (Gl 3.13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), ele toma sobre si as nossas dores, remove com seu sangue as nossas iniquidades (Is 53.4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido), oferecendo-se como o resgate (Hb 2.17 Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo) que nos abre o caminho para podermos nos apresentar diante de Deus (Cl 1.21-23 E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis, se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro).

III. A VITÓRIA NA MORTE

A morte de Cristo, na cruz, não foi por que ele merecia (I Pe 3.18 Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito), mas foi a morte de um justo em lugar de pecadores dignos daquele lugar (Ez 18.20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este). A morte de Cristo, seu sangue derramado naquela cruz foi o preço a ser pago pela nossa redenção (I Pe 1.18-19 ... sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo) - e esta verdade é essencial ao evangelho.
Os evangelistas não deixam dúvidas a respeito da morte de Jesus - fazem questão de detalhar, inclusive, o seu sepultamento. Os romanos só entregavam um corpo para o sepultamento após provas inquestionáveis da morte - no caso, o fato de fazerem uma ferida em Jesus e sair “sangue e água” (Jo 19.34 Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água), indicando hemorragia interna, falência pulmonar e cardíaca.
Era absolutamente necessário que Cristo fosse realmente sepultado (Rm 6.4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida) porque nós também fomos sepultados com ele, e da morte fomos retirados por Cristo, mas eles foram abandonados na morte, de modo que podemos cantar a derrota definitiva da morte (I Co 15.26 O último inimigo a ser destruído é a morte) e seu poder. Libertos do pecado em Cristo Jesus, libertos do temor da morte (I Co 15.56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei) podemos cantar a vitória que nos foi dada (I Co 15.55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?).

IV. A VITÓRIA SOBRE A MORTE

Tudo isto remete ao ponto fundamental deste texto: a vitória sobre a morte. Cristo não foi detido pela morte, mas ressuscitou ao terceiro dia. A ressurreição de Cristo é um atestado, dado pelo próprio Deus, de que sua obra (At 2.22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis) e sacrifício foram aceitos (Hb 5.5 Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei).
É a ressurreição de Cristo que o próprio Deus nos dá como penhor da nossa ressurreição (I Co 15.20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem). Podemos almejar a ressurreição dos mortos e a vida eterna porque Cristo, nosso salvador, ressurgiu dos mortos (I Co 15.14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé) e é o doador da vida (Jo 17.1-8 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste).
Afirmar que Cristo ressuscitou é admitir a sua presença (Mt 28.20 ...ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século), o seu reinado sobre os seus - é admitir também que ele é capaz de dar a vida a quem ele quiser, que ele é galardoador de todos quantos o seguem.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESAFIO DE TESTEMUNHAR ATRAVÉS DE UM ENSINO FIEL

Lamentavelmente o anúncio do evangelho tem encontrado alguns sérios problemas na Igreja. Não me refiro aos problemas estruturais ou circunstanciais, de fora para dentro, mas àqueles que a Igreja cria e acalenta, e dificulta a transmissão das boas novas de salvação em Jesus Cristo.
Dentre estes problemas, destaco os seguintes:
A seletivização da mensagem, que leva à pregação de doutrinas particulares e não a integralidade da mensagem, deixando de fora orientações e exigências fundamentais do evangelho (At 26.20 ...mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento) buscando agradar aos homens (Ef 6.6 ...não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus). Um pregador que não anuncia toda a verdade não é um verdadeiro pregador.
A Igreja não deve ser perguntada sobre o que quer ouvir - ela deve ouvir a palavra de Deus, querendo ou não. Os pecadores não devem ser perguntados sobre o que querem ouvir, porque eles não querem ouvir nada que se refira à Palavra de Deus - mas devem ouvir toda a mensagem do evangelho.
A adulteração da mensagem é outro problema sério e decorrente do primeiro. Quem não está disposto a pregar todo o conteúdo do genuíno evangelho, tem que substituir as lacunas com outras coisas - e se desprezam a verdade de Deus, só lhes resta colocar no lugar suas próprias loucuras e mentiras (Rm 1.25 ...pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!) mas, no dia em que o Senhor executar seu julgamento final, a verdade de Deus sobressairá (Rm 3.7 E, se por causa da minha mentira, fica em relevo a verdade de Deus para a sua glória, por que sou eu ainda condenado como pecador?).
A acomodação da mensagem a ouvidos mortos. O desejo de ser politicamente correto produz um evangelho biblicamente incorreto. A este respeito o Rev. John MacArthur diz: “Nunca suavize o evangelho. Se a verdade ofende, então deixe que ofenda. As pessoas passam toda a vida ofendendo a Deus; deixe que se ofendam por um momento” (por causa da mensagem, bem entendido).
É preciso ter ousadia para apresentar a genuína mensagem evangélica mesmo que o mundo inteiro a abomine (Lc 11.49 Por isso, também disse a sabedoria de Deus: Enviar-lhes-ei profetas e apóstolos, e a alguns deles matarão e a outros perseguirão) e honre os anunciadores de mensagens oriundas de seus próprios ventres (é possível que entre eles haja alguns que realmente acreditam no que dizem, e outros sejam rematados embusteiros - II Pe 2.3 ...também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme).
Outro problema, interno da Igreja, é a falta de comprometimento com a evangelização, o descompromisso com a ordem do Senhor Jesus de anunciar o evangelho por onde quer que vá (Mc 16.15 E disse-lhes: Ide (também: indo) por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura). Somente vivendo e pregando o genuíno evangelho a Igreja será, efetivamente, sal e luz, cumprindo a sua missão. A Igreja não foi criada para diversão e eventos - aliás, a Igreja Primitiva nada sabia de diversão, eventos e comemorações. Historicamente as festas começaram com a paganização, a mundanização da Igreja pós-edito de Constantino. A vida da Igreja se resumia a três palavras:
Euangelia - a pregação pública a respeito das promessas da vinda, e da vida, morte e ressurreição do Messias;
Didaskalia - a explicação para os novos crentes sobre as consequências desta vida, morte e ressurreição em sua própria existência pessoal;
Koynonia - a vida comunitária decorrente do fato de serem um só corpo (Ef 4.4-6 ...há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos) e terem um só Deus, um só pai, um só Espírito, vivendo como uma só alma (At 4.32 Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum).
A experiência da Igreja Primitiva mostra que a igreja crescia quando o evangelho era anunciado, quando, ao mesmo tempo em que viviam de modo digno da vocação a que foram chamados (Ef 4.1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados) anunciam ousadamente a razão da esperança que carregam no coração (I. Pe 3.15 ...antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós) se é que não creram em vão (Cl 1.23 ...se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro  e ainda Ef 4.21 ...se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus) abraçando a fé como Simão (At 8.20 Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus) ou Demas (II Tm 4.10 Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia).
Este tipo faz mais mal permanecendo na Igreja do que saindo dela (I Jo 2.19 Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos).

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