terça-feira, 13 de agosto de 2013

O DESAFIO DE TESTEMUNHAR ATRAVÉS DE ENSINO FIEL

Os conceitos materialistas ou hiperespiritualistas acabam abandonando uma das principais premissas das Escrituras - a existência infindável da alma. Não dizemos “eternidade” porque eternidade é a ausência de começo ou fim, e, evidentemente, nossa alma tem um começo, ainda que não tenha um fim, seja na vida ou na morte eternas.
Não devemos confundir a morte - mesmo a morte eterna - com a doutrina adventista sem qualquer base nas Escrituras que é o aniquilacionismo da alma, como atestam as palavras de Jesus a respeito do destino dos ímpios e dos justos (Mt 25.46 E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna).
A bíblia considera a vida eterna uma realidade de suma importância, e, por isso, fala inúmeras vezes sobre ela. Somente a expressão “vida eterna” aparece 45 vezes. É esta certeza que Deus quer ver no coração de seus filhos (Jo 3.36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus).
João usa esta expressão num modo verbal grego, o aoristo, que indica uma ação definida, efetivada completamente no passado, e de consequências imutáveis, porque quem dá a vida eterna é Deus - e ele não muda (Tg 1.17-18 Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança. Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas).
I Co 15.1-4
1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
I Co 15.16-19
16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
Antes de prosseguir, devemos esclarecer porque os versos 5 a 15 foram, aparentemente, suprimidos do texto básico deste estudo. Na verdade, eles não foram suprimidos, eles formam o pano de fundo testemunhal que sustenta o argumento de Paulo: a ressurreição de Cristo é um fato comprovado e, em seus dias, podia ser facilmente verificado através de abundantes testemunhos.
Eles serviam para atestar, ao menos para os incrédulos, a veracidade dos fatos nos quais Paulo baseava a mensagem de salvação, tanto para judeus quanto para os gentios (I Co 1.24 ...mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus), e numa mesma base (Rm 3.9-12 Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer): o arrependimento de seus pecados, a fé em Jesus Cristo e uma mudança radical de estilo de vida (At 26.20 ...mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento).

Nos próximos textos pretendo abordar três obrigações que devem fazer parte de todas as cogitações dos cristãos: anunciar o evangelho, desejar os resultados do evangelho e zelar pelo genuíno evangelho.

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