Existe um tipo de coisa que você pode fazer mais ou menos, ou pela metade. Você pode arrumar metade de uma casa. Pode comer metade de um pão. Tomar metade de um suco. Mas também existem coisas que só podem ser integralmente. Por exemplo, não existe mulher meio grávida. Não existe meia pureza – ou algo é puro, ou está contaminado, independentemente da quantidade de sujeira.
Não existe meia perfeição, e um provérbio (uns dizem que é iídiche, outros que é chinês) alguém já disse que uma meia verdade é sempre uma mentira inteira.
A bíblia também diz algo parecido: “Qual a mosca morta faz o ungüento do perfumador exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia” (Ec 10.1). Não é só uma mosca – é impureza. Não é só uma mosca na sopa, é impureza.
Não existe meia honra, meio respeito, meia desobediência. Não reconhecer que Deus é digno de ser honrado como pai e respeitado como Senhor (e ele é Pai e Senhor) é cometer dois erros graves: o desprezo e a hipocrisia.
Desprezo é considerar as coisas de Deus irrelevantes e sem valor. É achar que qualquer coisa pode ser colocada em primeiro lugar e deixar o culto ao Senhor ‘para quando sobrar tempo ou tiver vontade’, até que não haja mais vontade alguma – e desculpas não faltarão (saúde, trabalho, estudos, família, desânimo, frieza da Igreja, imprevistos, pecados dos outros), mas o Senhor conhece os intentos do coração (Hb 4.12).
Hipocrisia é dizer que o Senhor é importante, que o Senhor é rei, que o Senhor é salvador, mas na prática não passar disso: discurso, palavra vazia (Mt 15.8).
Ambas as atitudes resultam num culto onde Deus não é honrado – e Deus sabe disso, a ponto de querer que alguém tenha coragem e feche a porta da Igreja para que tal profanação e hipocrisia não aconteça em seu nome (Ml 1.10).
O Senhor não aceita menos que todo o seu ser, todo o seu coração, todo o seu espírito (Jo 4.24). Ele só quer um tipo de adorador: o verdadeiro adorador.
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