Aprendemos muito quando usamos exemplos, analogias. Sempre que usarmos uma analogia, ou símile, ou parábola, devemos ter em mente que nenhuma analogia, especialmente quando se trata das coisas de Deus, é perfeita. Além disso, toda analogia chama a atenção para um ponto específico de um ensino, deixando outros sem a devida atenção. Outra coisa interessante sobre as comparações é que elas só servem quando se trata de algo comum, que as pessoas são capazes de fazer ou sabem que outras estão fazendo.
Malaquias chama seus ouvintes para refletirem sobre a maneira como eles estão se comportando com Deus – e como isto pode interferir nas suas práticas ‘não cúlticas’, ou seculares, como alguns costumam dizer, embora este tipo de pensamento seja indefensável à luz das Escrituras (Mq 6.8).
A comparação que Malaquias faz é bem simples: se você for receber em sua casa uma pessoa importante, a quem você deve respeito, de quem você gosta muito e por quem tem grande gratidão e, mais ainda, em cujas mãos está o seu bem-estar e o de sua família, você serviria pão duro e bolorento, ou carne estragada achada na rua? E se esta pessoa importante soubesse de cada passo e ato seu, inclusive ao preparar esta recepção? É justo fazer algo assim? E se você agir assim, você acha que esta pessoa importante vai se agradar de você a ponto de te fazer algum tipo de favor? Certamente tinha gente que fazia este tipo de coisa, mas e você, você faria algo assim? A resposta é não.
Você não fará isso com quem você ama. Você fará o melhor que puder e mais até do que faz diariamente por si mesmo em condições normais. Mas fará o melhor.
E é assim que deve ser com o juiz de toda a terra (Gn 18.25), com aquele que deve ser mais temido do que qualquer homem, por mais poderoso que o homem seja (Mt 10.28). Deus só quer uma coisa: a melhor porção do todo que já é dele. Ele não aceita sobras, nem coisas defeituosas, nem estragadas.
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