quarta-feira, 2 de março de 2022

Sl 37.1-5: APRENDENDO A CONFIAR EM DEUS APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS

 

Não é de hoje que os crentes tem que lidar com um dilema: como interpretar a prosperidade dos ímpios enquanto os justos tem que lutar diariamente com todo tipo de dificuldade, e especialmente quando estas dificuldades são resultado de sua justiça e praticadas pelos ímpios? Ficar pensando nestas coisas pode até fazer com que, eventualmente, um justo sinta-se tentado ou pense que não faz mal agir como eles para ver se consegue se dar bem de vez em quando (Sl 73.2).

É verdade que os ímpios andam despreocupadamente em suas práticas pecaminosas, e vão continuar agindo assim porque este é o deleite de sua alma, é a recompensa de sua vida (Jr 9.5) e por amarem este tipo de vida não mudarão (Ap 22.11) até que lhes venha o fim e experimentem a recompensa de Deus (Ml 3.18).

Devemos cuidar diligentemente para que estas considerações sobre o sucesso dos ímpios não resultem em cobiça, pois a cobiça gera o pecado, e o pecado gera a morte (Tg 1.16). Mas a palavra que nos conforta ao ler sobre a angústia interna do salmista é quase, por pouco, por muito pouco seus pés não resvalaram para o caminho da iniquidade porque o justo não se alegra na prática da injustiça como fazem os ímpios. O justo se alegra em praticar a justiça (Pv 21.15) e esperar a recompensa que vem de Deus porque Ele age em favor dos que nele esperam e os faz bem aventurados (Is 30.18).

O ímpio faz o que acha certo para se dar bem, para ter lucro, para satisfazer seus desejos neste mundo porque ama o mundo e as coisas deste mundo e não consideram o que Deus diz em sua Palavra (1Tm 6.9): sua concupiscência será sua ruína e perdição. O justo faz o que é certo porque é certo, porque sabe que o Senhor se alegra com os seus filhos e os recompensa com algo muito melhor do que os tesouros terrenos.

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