Para a grande maioria das pessoas que dirigem uma das mais complicadas distrações é algo que está, muitas vezes, dentro do seu próprio carro: é o piloto verbal, que não tem acesso aos pedais nem ao volante, mas instintivamente quer estar no controle do carro. Há alguns anos um experimentado motorista, piloto de testes, contou-me um fato inusitado. Ele dirigia em uma estrada muito ruim, e começou a chover. Com a chuva os vidros embaçaram e ele limpou com um pano o vidro à sua frente, seu companheiro de viagem disse indignado: “Cê tá doido? Como eu vou ver para onde estamos indo? Como vou enxergar a estrada desse jeito?” E então limpa o vidro à sua frente, algo que o desembaçador faria em pouco tempo.
Casos assim não acontecem em ônibus e aviões porque estes tem cabines para seus pilotos e motoristas ficarem isolados destes auxiliares voluntários. A verdade é que confiar a direção de nossas vidas a outra pessoa nem sempre é fácil. Só o fazemos quando não temos escolha, como numa viagem ou quando precisamos de uma intervenção cirúrgica) ou então quando confiamos muito em alguém, quando entendemos que é ele quem tem que estar no controle naquele momento, e que não nos cabe interferir porque ele sabe melhor que nós o que precisa ser feito para nos levar ao lugar que precisamos chegar.
Talvez sejamos conduzidos por pistas acidentadas ou mares revoltos, mas nosso condutor conhece o caminho para o ponto de chegada ou o porto seguro. Confiar não é fácil. Desde que Eva confiou na serpente, e desde que Adão confiou em Eva temos sido treinados para desconfiar, como no caso do pequeno Daniel, uma criança coreana que era treinada por seu pai para não confiar em ninguém. Mas o problema não é confiar. É em quem você não quer confiar. Eva não confiou na Palavra de Deus, ela não confiou em Deus. Em Deus você pode confiar. Vejamos o que mais Deus nos diz a este respeito no Sl 37, versos 1 a 5.
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