Dizem que na presença do patrão todo funcionário merece ser funcionário do mês. Na ausência sempre há aqueles que fazem corpo mole, se dedicam um pouco menos que os demais. Provavelmente Paulo sabia o que era a relação funcionário patrão, servo/senhor, e ele parece realmente entender de RH quando diz que os servos devem ser obedientes mesmo quando não estão sob vigilância de seus patrões (Cl 3.22). Em nossa cultura isto é dito de uma maneira mais direta com o ditado popular que afirma que ‘o olho do dono é que engorda o gado’.
Qualquer empregado que goste de seu emprego atende às ordens que recebeu de seu empregador. Na antiguidade os senhores tinham direitos quase absolutos sobre os seus servos. Sabe-se que por muitos séculos no mundo greco-romano um servo não podia falar contra seus senhores, não tendo, por exemplo, o direito de denunciá-los por qualquer causa que fosse. Eles deviam honrar seus senhores em tudo.
Malaquias chama vigorosamente a atenção para este detalhe: Deus é Senhor, e disso não há dúvida (Is 43.10). Israel sabia disso a ponto de os israelitas confundirem equivocadamente os sofrimentos de sua nação (sempre merecidos) com os sofrimentos do próprio messias (que levou sobre si as nossas dores para que nós fôssemos sarados), mencionado por Isaias (Is 53).
Mas não foi este o propósito de Deus. Ele quer que você se identifique com Cristo principalmente na obediência (Fp 2.12).
Se você tiver que sofrer, não seja por rebelião ou pecado, mas justamente por causa da sua obediência a Deus (1Pe 4.15), com a esperança de recompensa por isso (Rm 8.18) e não de punição por ser um servo rebelde.
O propósito de seu coração boníssimo é fazer com que todas as coisas concorram para o seu bem (Rm 8.28) – se você não for um servo mau e negligente (Mt 25.30), que sabe qual a vontade do seu Senhor e mesmo assim continua negligente e mau. O Senhor quer que você o sirva, e receba o galardão. Ele quer que você seja um servo que honra ao seu Senhor.
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