segunda-feira, 29 de março de 2010

CHÁ, MACONHA, MORTE…

carloseduardoglaucoraoniNão pretendo entrar nos detalhes que marcam a morte do cartunista Glauco e seu filho Raoni. Isto a imprensa já tem feito de sobejo. Meu ponto é outro.

Que o rapaz Carlos Eduardo era um desequilibrado [por causa da droga ou apesar dela], isto já se sabe.

A questão que quero mencionar é: como alguém desequilibrado, viciado, pode tomar parte por meses a fio, nem mesmo considerado como um iniciante, ou alguém que inspire cuidados, de uma seita que faz uso de um poderoso alucinógeno e ninguém percebe o enorme risco de uma tragédia como a que efetivamente aconteceu?

daime-remediosSei que falar depois é relativamente fácil – e por isso não quis tocar no assunto nestes dias, mas uma coisa é certa.

O chá, embora permitido para para fins religiosos, é uma droga, conhecida em seus efeitos, poderosa e tida como proscrita pela OMS [DMT]. Glauco, Carlos e os outros “fardados” usavam maconha – e sua seita [céu de Maria, não a da Bíblia nem a dos católicos, mas a Marijuana, maconha] admite o uso dela misturada ao Daime.

O assassino, além da maconha, também fazia uso de outros remédios. Outra coisa impressionante é que a beberragem é dada a iniciantes, gente que vai lá só pra experimentar, e, segundo relatos de participantes, até mesmo a crianças de qualquer idade, mesmo bebês.

Esta mistura, e a outras drogas, potencializa e altera o efeito do chá. O quadro ao lado mostra quais os problemas causados pelo chá adicionado a outras drogas.

Não quero entrar na questão da legalidade da religião do Glauco [que não é uma variante de cristianismo como alguns menos informados ou tendenciosos querem fazer parecer], mas uma coisa é certa: ele e seus seguidores cometiam crimes quando, junto com a DMT, usavam o THC, princípio ativo da Cannabis Sativa, ou marijuana, ou maconha, etc… cujo consumo é proibido pela legislação brasileira.

Ah, apesar de todas as tentativas de fazer-nos crer no contrário, o Carlos não é louco coisa nenhuma – ele sabia o que estava fazendo, sabia como fugir da polícia, como se esconder, sabia onde queria ir e quais as vantagens que teria se conseguisse chegar no Paraguay.

Ele é um caso de polícia, não é apenas um “boyzinho” malucão. É um assassino, que precisa pagar pelos crimes que cometeu – e no caso dele foi assassinato, duplo homicídio e tentativa de assassinato – ao atirar ontra um policial na fronteira com o Paraguay.

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