quarta-feira, 31 de março de 2010

LULA É CANDIDATO? É, POIS É…

“Quem quiser me derrotar vai ter que trabalhar mais do que eu. Quem quiser dormir até as 10h, achar que deve fazer relação com formador de opinião pública… Para me derrotar vai ter que pôr o pé no barro, viajar este país. As pessoas têm que aprender que esse país não aceita mais ser tratado como país de segunda classe”.

Se isto não é um discurso de palanque, então eu não sei o que é. O que vai acima foi dito quando Lula se despedia de 10 ministros que vão tentar uma vaga nas próximas eleições.

O que Lula está dizendo é que já está e vai continuar fazendo campanha pró-Dilma, independente se isto é legal ou não. Está dizendo que vai usar a máquina para tentar conseguir votos pra ela. Vai tentar usar seu prestígio para tentar transformar sua popularidade em votos.

O que Lula está afirmando que, para ele, a questão não é a Dilma vencer o Serra, mas ele não perder. E todos sabemos que, Dilma eleita, ele se tornará o mandatário da república, a eminência parda contra quem D. Dilma jamais ousará se insurgir, especialmente porque ela conhece como ninguém a cabeça que a pariu.

PT PEDE ÁGUA AO PSDB

BSB … ou: Partido das Tramóias pede para que oposição não denuncie seus crimes.

Esta semana o PT propôs aos partidos da oposição [PSDB-DEM-PPS] que não façam mais representações contra o presidente Lula e sua cria, a agora ex-ministra Dilma Roussef por causa das recorrentes propagandas antecipadas. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também ele uma cria do Lula, procurou o presidente do PSDB, Sen. Sérgio Guerra, para propor o que chamou de “acordo de procedimentos” judicais, especialmente durante a “pré-campanha”. Ele afirmou que a oposição exagera ao encaminhar constantes representações ao TSE, afirmando que isto inibe a livre manifestação da cidadania.

Embora não mencione, o presidente petista tem duas preocupações: o uso escancarado que o sr. presidente da república tem feito da máquina estatal na tentativa de alavancar a candidatura da sra. Dilma Arrastef [vide post sobre o emPACado 2] e a segunda preocupação é a baderna que está sendo promovida pelo PT no estado de São Paulo, com a participação e apoio do PT às confusões causadas pela APEOESP, CUT e praticamente todos os sindicatos em São Paulo – que não tem o que reivindicar e criaram pautas-fantasia, mobilizando apenas um pequeno – mas barulhento - grupo de seus filiados [filiados ao partido-sindicatos]. O PSDB já entrou com uma ação contra a APEOESP, bem como estuda entrar com outra contra o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC por promover evento político em favor da candidata petista [com eles não tem este cuidado de falar em pré-candidatura].

Comento

A primeira constatação é que “quem deve, teme”. E o PT sabe que está em débito, portanto, sabe também que as constantes derrotas no TSE prejudicam a imagem do partido e, especialmente, da sua candidata. E, pior, sabe que tem que continuar agindo assim porque, dentro das regras do jogo, sem mentira, sem falcatruas e sem seus crimes costumeiros, não tem chance de ganhar a disputa.

A segunda constação é que se a oposição aceitar dar carta branca pro petismo está simplesmente dando atestado de burrice extrema. É como se a mocinha combinasse com o bandido onde poderia encontrá-la indefesa.

A terceira é: em se tratando de PT, quando ele pede água, a melhor coisa a fazer é oferecer farinha, de preferência com sal e pimenta, muita pimenta…

EDITORIAL DO ESTADÃO

00002 A diferença entre democracia e fascismo.

Dois anos após o embate entre delegados e investigadores armados e a tropa de choque da Polícia Militar, durante a greve da Polícia Civil, as cercanias do Palácio dos Bandeirantes voltaram a ser palco de pancadaria, desta vez com os professores da rede pública estadual. Os líderes da categoria sabiam que a legislação veda manifestações no local e, mesmo assim, tentaram realizar um ato de protesto na sexta-feira, sabendo que a PM seria obrigada a reagir.

Como era inevitável, a provocação resultou em violência, deixando um saldo de 26 feridos. E, apesar de o professorado ter invocado reivindicações de natureza salarial para justificar uma passeata ilegal, o caráter político e eleiçoeiro da iniciativa foi explicitado pela presidente do sindicato dos docentes, Maria Isabel Noronha, que é filiada ao PT e que havia participado na noite anterior de evento político com a ministra Dilma Rousseff. “Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal do PSDB e desse governador”, disse ela do alto de um carro de som, incitando os manifestantes a romper o cordão de isolamento formado por cerca de cem PMs, nas cercanias da sede do governo.

O protesto, que resultou em fotos da pancadaria largamente exploradas por simpatizantes do PT para denunciar a “violência de Serra”, foi engrossado por estudantes e integrantes de outras categorias vinculadas à CUT, o braço sindical da agremiação. Essa manifestação faz parte de um plano de provocações e de invasões com o objetivo de obrigar as autoridades de segurança a reagir, o que comprometeria a imagem pública de Serra.

Basta ver que, dias antes ao incidente em frente ao Palácio dos Bandeirantes, um grupo integrado por estudantes e servidores da USP, com o apoio de agremiações de esquerda, como o PSTU, o PCO, PSOL e PT, invadiu as dependências da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), na Cidade Universitária, sob a justificativa de reivindicar mais investimentos em moradia estudantil. A invasão, na realidade, é outra tentativa de criar um fato político com o indisfarçável objetivo de quebrar a “espinha dorsal” do reitor João Grandino Rodas, no cargo há dois meses, nomeado por Serra.

Na época em que dirigiu a Faculdade de Direito, Grandino chamou a PM para evitar a ocupação do prédio do Largo São Francisco durante a Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública e, desde então, tornou-se um dos principais alvos das críticas de facções discentes e docentes de esquerda. Em 2009, ele foi acusado de ter oferecido ao Palácio dos Bandeirantes os argumentos jurídicos que permitiram à PM executar a ação de reintegração de posse da reitoria, que foi ocupada por estudantes e servidores em maio e junho. Antes mesmo de sua posse, em janeiro, circulava informação de que entidades de estudantes e de servidores vinculadas a grupos de esquerda tentariam invadir uma unidade da USP para obrigá-lo a chamar a polícia. E, para tentar esvaziar a iniciativa, em fevereiro ele fez uma perigosa concessão a esse grupo, propondo ao Conselho Universitário a revogação do dispositivo legal que permitia a entrada da PM na Cidade Universitária, para evitar manifestações. Deixando a reitoria de dispor de instrumentos legais para restabelecer prontamente a ordem no campus, os baderneiros invadiram o Coseas e anunciam que a ocupação é por tempo indeterminado.

Vinculados à CUT, sindicatos de categorias do funcionalismo estadual convocaram nova manifestação de protesto para hoje, quando Serra deve renunciar ao governo estadual para se candidatar à Presidência da República. A ideia é promover mais uma passeata em ruas e avenidas de grande movimento, na capital. A estratégia acarreta congestionamentos gigantescos para a população paulistana, convertida em refém de interesses corporativos. É assim que os militantes da CUT, do PT e das microagremiações de esquerda tentam demonstrar uma força política que jamais conseguiram ter no processo eleitoral. São métodos que tornam iguais pela violência e pelo radicalismo os extremistas de esquerda e de direita.

Comento

Na verdade, nem é preciso comentar. O que está acontecendo em São Paulo não é muito diferente do que aconteceu na Alemanha, com Hitler [movimentando as massas rumo a um estado totalitário – seria o Brasil a Alemanha da América do Sul – ou, nas pretensões lulodilmianas, do hemisfério sul?]. Aconteceu com Franco na Espanha, com o torpe Chavez na Venezuela, com Mussolini na Itália – enfim, trata-se da implantação de uma ditadura disfarçada de vontade do povo. Entretanto, o que nós vemos é uma sistematização da baderna por um bando de esquerdistas mal intencionados, estúpidos mas não desinteligentes.

A GUERRA [SUJA] COMEÇOU

Numa afronta às leis, que proíbem centrais sindicais e sindicatos de participarem de atos políticos, cerca de 40 sindicatos e a própria central sidical [CUT], obviamente sob o comando do PT e convocação do sr. quadrilheiro José Dirceu, sob o título “Todos ao ‘bota-fora’ de Serra amanhã” [Vamos dar todo apoio e fortalecer ao máximo - com a participação de quem puder comparecer -  a passeata que 40 sindicatos e associações do funcionalismo público estadual realizam na capital, no “bota fora” do governador José Serra. Ele deixa o governo amanhã para ser o candidato da oposição à presidência da República pela coligação PSDB-DEM-PPS.] vão às ruas num ato político ilegal. A principal baderneira é uma senhora chamada Isabel, presidente da APEOESP, o sindicato mais arruaceiro de São Paulo [consta ser um sindicato de professores da rede oficial de ensino, mas que tem o estranho hábito para os “amigos do saber” de queimar livros em praça pública]. Esta senhora já esteve num comício ilegal da Dilma Roussef uma semana antes, no sindicato dos Metalúrgicos do ABC [outro crime].

À partir de hoje José Serra será o ex-governador de São Paulo, definitivamente o pré-candidato da oposição à presidência da República [para o petismo ser candidato contra o partido, mesmo num estado democrático, é imperdoável]. E dois modelos de esquerda estarão sendo colocados para a população escolher: o dilmista, cheio de mentiras como as que ela conta constantemente [apagão, dossiê anti-FHC, PAC I e II]. O segundo modelo é-nos oferecido pelo trabalho feito pelo Serra à frente do ministério da Saúde [modelo considerado excelente em todo o mundo, especialmente na área do combate à AIDS] e à frente do executivo paulista [com aprovação de mais de 70% da população paulista].

O Brasil terá que escolher entre tornar-se um ator sério e respeitado no cenário mundial ou ser visto como aquele que faz todos rirem, é importante para descontrair, mas na hora das decisões realmente importantes, tem suas opiniões consideradas no mínimo esdrúxulas.

Não me espantaria se em breve começassem a surgir dossiês anti-Serra [de novo]. Ah, é interessante lembrar que a substituta da Dilma Roussef no Casa Civil, a famosa Erenice Guerra [lembra do apagão aéreo e do acidente da TAM em São Paulo?] já assume tendo que depor em CPI [sobre o dossiê anti-Cardoso].

MINHA ALEGRIA

Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão [Sl 127.3].

minhaalegriaMinha alegria, minha princesa. Agora fazendo aula de inglês [CCAA] e violão. Já participa da equipe de louvor e também é, segundo suas professoras, excelente auxiliar nas aulas da Escola Bíblica.

NO TUTE… TODO SEGUNDO DOMINGO

A Igreja Presbiteriana realiza culto evangelístico todo segundo domingo do mês na fazenda do irmão Antônio de Paula, Tute, à partir das 15.00h. Momentos agradáveis, de comunhão, alegria, com a sempre fraterna recepção dos irmãos Tute e Dalvina. Em breve reforma na congregação, para melhor acomodação dos membros e visitantes.

P3130450 A pedido do Tute, publico a foto abaixo. Deu trabalho, todas as vezes que íamos fotografá-lo, ele virava para o outro lado.

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I ENCONTRO DE EVANGELISTAS DO PLTA

Já falei sobre o encontro antes, mas segue, para constar, algumas fotos.

Bel. Dorisvan Cunha, preletor [A Evangelização Pessoal no Séc. XXI]Z1mults2

Foto dos participantes, de Tucuruí, Goianésia, Jacundá, Marabá…Z190zwf3

Foto para registro do evento com todos os participantes.
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O Resultado deste encontro foi o compromisso de todos os presentes de promoverem a participação no primeiro esforço evangelístico no entorno do lago formado pela hidrelétrica de Tucuruí.

TREINAMENTO PARA SECRETARIAS SINODAIS

A Secretaria Executiva da Confederação Sinodal de SAFs [Sínodo Carajás] promoveu no dia 20 de março, na cidade de Marabá, o I Encontro de Treinamento para Secretarias de Causas. Um encontro agradável e proveitoso, com a presença do presidente do Sínodo, Rev. Roberto Brasileiro, do pastor da Igreja Presbiteriana Filadélfia, Rev. Alan Rennê, e como palestrante o Rev. Marthon Mendes, secretário sinodal de SAFs.

A palestra teve como tema: Secretarias de Causas – conhecer mais para funcionar melhor. Para o evento foi confeccionada uma apostila que pode ser obtida via e-mail e que, em breve, será transformada em livro.

Algumas fotos, para constar:

Conversa com a executiva para delineamento de planos de trabalho.
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Membros da executiva da Confederação do sínodo Carajás.
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Znk84k7Rev. Roberto Alencar, presidente do Sínodo Carajás.

Z1x4c5gn Rev. Marthon Mendes, Secretário Sinodal – SAF, Sínodo Carajás.

terça-feira, 30 de março de 2010

EM PACAJÁ, A MAURIDES CASOU!!!

Viagem a trabalho, para dirigir reunião do conselho da Igreja Presbiteriana local e participar do casamento do Jilvan e da Maurides.P3270520 Nosso desejo é que o casal seja feliz, e que Deus os abençoe ricamente com toda sorte de bênçãos espirituais. Parabéns.

ENCONTRO DE UPHs em GOIANÉSIA

Aconteceu neste fim de semana, dias 27 e 28, na Igreja Presbiteriana de Goianésia do Pará o encontro de UPHs, com a preleção do Rev. Ruy Araújo, pastor da Igreja Presbiteriana em Tucuruí. Presentes também o Rev. Francisco Cristino, secretário presbiterial de UPHs, Rev. Divino José de Camargo, secretário sinodal de UPHs, Rev. Ismael Cloves, pastor da Igreja local, Pb. Ely Pascoal, vice-presidente norte, Ms. Gilson Ferreira, presidente da Federação de UPHs do PLTA.

DSC00042 Desta feita não pude estar presente. Encontrava-me em Pacajá, dirigindo reunião daquele conselho e também prestigiando o casamento do Jilvan e Maurides. Em outro post falo sobre o assunto.

segunda-feira, 29 de março de 2010

CASO ISABELA NARDONI: A IDIOTIZAÇÃO DA DOR

Ou: a dor, a justiça e a exploração do sensacionalismo.

Quando me dispus a escrever sobre este assunto, apesar de não saber ainda o resultado do julgamento, tinha por certo algumas coisas. Antes, porém, quero expressar minha opinião sobre o julgamento em si. Primeiro, parece-me que os réus tiveram amplo direito à defesa, inclusive com um advogado considerado de primeira linha na área criminal. Segundo, os jurados também tinham conhecimento não apenas teórico do caso, mas estavam inteirados de detalhes técnicos, uma vez que não havia testemunhas nem confissão, apenas provas periciais. Terceiro, que a justiça não foi lenta, como deveria ser sempre – pena que não é assim no caso dos políticos larápios que dilapidam o patrimônio público. Quarto, não tenho nenhum subsídio para acreditar que o casal Alexandre e Ana sejam inocentes. Não há alternativa, não há álibi, não há outra linha de suspeição. Se estão arrependidos ou se apenas sofrem com as consequências de seus atos, não cabe a mim dizer.

Agora, quanto ao julgamento em si, algumas considerações que independiam do resultado.

O primeiro é a dor das pessoas envolvidas, a mãe da Isabela, parentes próximos [tios, avós], e, também, dos filhos do casal Alexandre e Ana. Parece que esta dor foi, momentaneamente, esquecida. Percebi uma avidez por notícias, por entrevistas, e nenhuma sensibilidade com os que sofrem.

O segundo é que, creio, a justiça foi aplicada com seriedade sobre os réus. Se são realmente culpados, merecem os anos de prisão [deverão ficar em regime fechado, no máximo, 2/3 do tempo a que foram condenados – já descontando os dois anos que ficaram aguardando julgamento].

O terceiro é a triste espetacularização do caso. Gente que nada tinha a ver com a família, ou com os eventos em si, foram para as proximidades do fórum de Santana… Gente que deixou de cuidar de suas famílias para participar e promover um espetáculo grotesco e circense, na expectativa de obter seus 15 minutos de fama… Gente idiota como o pseudo-pregador, que nada dizia do evangelho mas repetia um bordão de uma máquina de falcatruas religiosas [invasão de terras, tráfico de armas, lavagem de dinheiro] que até mesmo usou o nome do Senhor em vão, pois sabia que qualquer um que fosse defender o casal iria, inevitavelmente, aparecer na TV [ainda me pergunto se tudo aquilo não passou de uma montagem de uma determinada emissora, que é bem capaz disso para ganhar pontos no IBOPE]. Dia e noite era possível ver repórteres ávidos por novidades, pressionando conhecidos e desconhecidos para obterem declarações fortes e impressionantes, ou lágrimas, ou qualquer outra coisa que pudesse ser mostrada na TV.

Tenho a impressão que o casal Alexandre e Ana não ficarão tanto tempo presos. Tenho a impressão que cumprirão o que a justiça brasileira lhes determinar e voltarão para suas casas tendo pago seu débito por uma transgressão contra a sociedade. Não sei se terão pago seu débito com Deus, por terem cometido um crime contra uma criança, também ela portadora da imagem de Deus. Isso é com Deus. Mas tenho certeza que os exploradores da dor alheia, aqueles que não choraram com os que choram, também terão contas a ajustar.

Para concluir, lamento a morte da menina Isabela. Lamento a dor dos familiares. Lamento a triste sorte dos condenados. Espero justiça contra os tolos que se aproveitaram de todo este caso para se promoverem.

JUSTIÇA CASSA CASSAÇÃO QUE NUNCA HOUVE

… ou: Kassab foi caçado, mas não cassado.

No início do mês o juiz Aloísio Sérgio Resende, de São Paulo, cassou vários políticos paulistanos, inclusive o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab [junto com ele foram mais 24 vereadores].

Afirmei aqui que era apenas um jogo de cena para criar um fato político, e que vai ser usado como manchete durante a campanha eleitoral que se avizinha. Lembro também que afirmei que o juiz estava inovando ao afirmar que político pode ser 20% desonesto [não é piada, mas pode rir].

Pois bem, semana passada o Tribunal Regional Eleitoral afirmou que a decisão do MM. Aloísio é flagrantemente inconstitucional, e, principalmente, subjetiva, ao mesmo tempo em que condena os supostos réus por supostos crimes que a própria justiça eleitoral não considerou crimes. Um órgão superior ao MM. Aloísio havia afirmado que a prestação de contas dos candidatos estava correta, e ele ainda assim preferiu a cassação em massa – para aparecer, ou seria para ajudar alguns “companheiros”?

Acho que isto ainda não acabou.

CHÁ, MACONHA, MORTE…

carloseduardoglaucoraoniNão pretendo entrar nos detalhes que marcam a morte do cartunista Glauco e seu filho Raoni. Isto a imprensa já tem feito de sobejo. Meu ponto é outro.

Que o rapaz Carlos Eduardo era um desequilibrado [por causa da droga ou apesar dela], isto já se sabe.

A questão que quero mencionar é: como alguém desequilibrado, viciado, pode tomar parte por meses a fio, nem mesmo considerado como um iniciante, ou alguém que inspire cuidados, de uma seita que faz uso de um poderoso alucinógeno e ninguém percebe o enorme risco de uma tragédia como a que efetivamente aconteceu?

daime-remediosSei que falar depois é relativamente fácil – e por isso não quis tocar no assunto nestes dias, mas uma coisa é certa.

O chá, embora permitido para para fins religiosos, é uma droga, conhecida em seus efeitos, poderosa e tida como proscrita pela OMS [DMT]. Glauco, Carlos e os outros “fardados” usavam maconha – e sua seita [céu de Maria, não a da Bíblia nem a dos católicos, mas a Marijuana, maconha] admite o uso dela misturada ao Daime.

O assassino, além da maconha, também fazia uso de outros remédios. Outra coisa impressionante é que a beberragem é dada a iniciantes, gente que vai lá só pra experimentar, e, segundo relatos de participantes, até mesmo a crianças de qualquer idade, mesmo bebês.

Esta mistura, e a outras drogas, potencializa e altera o efeito do chá. O quadro ao lado mostra quais os problemas causados pelo chá adicionado a outras drogas.

Não quero entrar na questão da legalidade da religião do Glauco [que não é uma variante de cristianismo como alguns menos informados ou tendenciosos querem fazer parecer], mas uma coisa é certa: ele e seus seguidores cometiam crimes quando, junto com a DMT, usavam o THC, princípio ativo da Cannabis Sativa, ou marijuana, ou maconha, etc… cujo consumo é proibido pela legislação brasileira.

Ah, apesar de todas as tentativas de fazer-nos crer no contrário, o Carlos não é louco coisa nenhuma – ele sabia o que estava fazendo, sabia como fugir da polícia, como se esconder, sabia onde queria ir e quais as vantagens que teria se conseguisse chegar no Paraguay.

Ele é um caso de polícia, não é apenas um “boyzinho” malucão. É um assassino, que precisa pagar pelos crimes que cometeu – e no caso dele foi assassinato, duplo homicídio e tentativa de assassinato – ao atirar ontra um policial na fronteira com o Paraguay.

quinta-feira, 25 de março de 2010

FALSOS PASTORES – TRAFICANTES DE ARMAS

Alguns dias atrás o país foi surpreendido por uma notícia que foi manchete de muitos jornais. O teor da mesma era: "Evangélicos presos por tráfico de armas". Raras foram as reportagens que mencionaram a qual igreja eles pertenciam.

demografia5Então, vamos aos fatos. Os pastores pertenciam à Igreja Mundial do Poder de Deus, a mesma que afirmou que as chuvas incessantes em São Paulo eram por causa da interdição de um de seus templos. Eles pertencem a mesma que deu apoio e participou de uma invasão em fazenda do Pará [pesquisem no Blog]. Quem invade fazenda, dando apoio a delinquentes armados, pode, tranquilamente, levar as armas para outros delinquentes. E ademais, esta igreja não é evangélica. É uma seita messiânica pós-pentecostal que revela amplo desconhecimento do evangelho no que prega, atribuindo ao seu líder poderes superiores ao do Senhor Jesus.

No fim, a conclusão a que chegamos é: se é uma falsa igreja, seus pastores são falsos pastores, obreiros da iniquidade – e o tráfico de armas e as invasões apenas confirmam seu caráter [Mt 7.20].

LÁ VOU EU DE NOVO: LULA-LÁ BEM LONGE…

BSB Talvez passe meio despercebido as coisas que Lula diz, mas devemos estar atentos. Que o PT é contra a liberdade – todos os tipos, a não ser a liberdade de ser petralha – todos já sabem. Entretanto, volta e meia Lula se coloca como uma espécie de paladino da liberdade, da democracia. Mas, na verdade, de democrata ele não tem nada – ele nem sabe o que é democracia. Dê uma rápida olhada em seus amigos: Ahmadinejad, Lugo, Castro, Chavez… Ele sabe, e muito bem, o que é demagogia. Nisto ele é dôtô onóris causa.

Alguns exemplos antes de demonstrar mais uma vez sua sanha totalitária, seu desejo de aplauso unânime. Em visita ao oriente médio, Lula bajulou, em terras israelenses, o principal financiador do terror que atinge, justamente, as terras israelenses: o Irã. Em terras cubanas, Lula bajulou os assassinos do próprio povo [já 100.000 cubanos] e considerou quem deles discorda [havia um cadáver a chorar] como iguais aos bandidos presos nas cadeias brasileiras. Será que Lula quer colocar nas nossas cadeias quem pensa diferente do governo?

Agora, mais essa: ele diz que os jornais são "livres para escrever a coisa certa". O que ele quer dizer com isso? Primeiro, ele quer dizer que escrever a coisa certa é falar apenas das realizações que julga deverem ser publicadas [nunca se deve falar das realizações tais como o PAC-fantasia, mensalão, escândalo dos aloparados, dossiê anti-Serra, dossiê anti-Cardoso], e especialmente das suas afirmações, sem fazer qualquer tipo de comparação honesta, contestação ou contestação [onde anda o programa Fome Zero?]. Um exemplo é o programa Luz para Todos – mesmo que no fim do seu mandato não reste uma única casa sem energia elétrica no Brasil seu governo terá feito 2.000.000 [dois milhões] de instalações a menos que seu antecessor. Isto é fato.

Lula afirmou nesta quarta-feira, 24 de março, que levanta "…de manhã, vejo manchetes e fico triste. Acabei de inaugurar 2.000 casas, não sai uma nota. Caiu um barraco, tem manchete. É uma predileção pela desgraça. É triste quando a pessoa tem dois olhos bons e não quer enxergar. Quando a pessoa tem direito de escrever a coisa certa e escreve a coisa errada. É triste, melancólico, para um governo republicano como o nosso".

Primeiro, é bom que o sr. presidente saiba que levantar de manhã é uma obrigação, ou será que ele se julga no direito de dormir mais que milhões de brasileiros que pagam bilhões de impostos para manter a boa vida de um grupelho de políticos, polítiqueiros e apaniguados? Ah! É interessante que ele "vê manchetes", mas é mais que sabido que ele não "lê" jornais. Apenas olha as manchetes. A leitura lhe é poderoso sonífero.

Segundo, o sr. presidente precisa entender que quando cai um barraco é uma tragédia sim. É sofrimento sim – e é explorado pela mídia se isto acontece em locais governados pelos partidos de oposição ao petralhismo, especialmente DEM e PSDB;

Terceiro, o sr. presidente nada faz além do dever de cumprir as promessas [muitas e fantasiosas] que têm feito [e não as cumpre], mandando construir casas com dinheiro do povo, não seu. Ele nada mais é que um mero administrador, não um benfeitor.

Quarto, não se pode deixar o sr. presidente esquecer que todos temos direito a pensar e escrever o que quisermos [ainda há no Brasil o direito chamado "liberdade de expressão e pensamento" – e não é ele ou qualquer órgão estatal quem vai ditar o que se deve pensar e escrever. Não é este sr. quem vai dizer para mim o que é certo ou errado. Aliás, é fácil saber o que é certo: é só pensar diferente dele. Se for ofensivo, para isto existe a reparação legal, mas discordar do seu ponto de vista é um direito de todo e cada brasileiro, aliás, especialmente dos inteligentes…

E, por último, quero lembrar que o Brasil é republicano e democrático apesar do sr. presidente e dos petistas e seus aliados e não por causa destes, que lutaram tentando implantar uma ditadura pseudo-marxista no Brasil [a que chamavam revolução], e se tivessem conseguido seus intentos da década de 60 e 70 teriam transformado o Brasil em uma mega-Cuba, contando, à época, com a mesma diretriz e logística vinda da antiga URSS [até os carros existentes em Cuba são da década de 50, 60]. Aliás, Lula nem é originariamente desta turma – ele é um sindicalista esperto que percebeu que podia se aproveitar do esquerdismo tupiniquim. É preciso ter cérebro funcional pra entender o que é o marxismo ou mesmo o pseudo-marxismo que havia no Brasil. Vá morar em Cuba, sr. Lula – e, por favor, leve a Dilma, Dirceu, Francklin, Tarso, Delúbio, Genoíno, Vaccari, Mercadante, Valério, Vanucchi e os demais petralhas contigo. Bom proveito aos Castro [ou melhor seria dizer: "Mira, se cuidem, señores?"]…

HORA DE ABRIR O CORAÇÃO…

00002 Alguns asuntos tem ocupado noticiário nos últimos dias, e hoje pretendo tocar em alguns deles:

Delúbio Soares pagando para dar aula de ética na política…

Lula afirma que liberdade de imprensa é uma “concessão” e não uma instituição…

Falsos pastores e o tráfico de armas… ou: …quem invade terras, arma invasores de favelas.

Chá, maconha, assassinato e a Lei no caso Glauco…

Bagunça em São Paulo causada pelos agitadores petistas, inclusive um pré-candidato ao governo estadual;

Justiça cassa cassação que nunca houve em São Paulo, ou… Kassab foi caçado, mas não cassado;

Caso Isabela Nardoni, a dor, a justiça e a exploração do sensacionalismo.

Por enquanto, será isso.

quarta-feira, 17 de março de 2010

GOVERNO RECUA EM DECRETO TOTALITÁRIO… TALVEZ SEJA SÓ ESTRATÉGIA.

PB160361 O criticado Programa Nacional dos Direitos Humanos sofreu mais um recuo. Não sei o que vai sobrar, mas o fato é que o mostrengo dá sinais de agonia – ou seria só o cochilo do jacaré para pegar o passarinho incauto? Vale sempre a pena ficar atento:

Primeiro o governo recuou no artigo que pretendia abolir a Lei da Anistia, criando uma tal de Comissão da Verdade para investigar e punir os responsáveis pelos abusos [torturas] cometidos durante o regime militar [mas não investigaria os guerrilheiros que saquearam, assaltaram e mataram]. A comissão perdeu seu caráter revisor para tornar-se apenas pesquisadora [será?]…

Agora desaparece do projeto a referência ao controle dos meios de comunicação a ser feito pelo governo e órgãos ligados à “sociedade civil” [leia-se grupos de pressão dominados pelo petismo];

Elimina-se também o artigo que transformava o invasor de uma propriedade privada em parte legítima numa comissão de negociação nos casos de reintegração de posse, praticamente legalizando as invasões e abolindo a propriedade privada;

Desaparece a referência à descriminação do aborto – aborto continua sendo crime no Brasil, e não cabe ao estado nem ao ministério da saúde financiá-lo;

Elimina-se ainda a obrigatoriedade de retirada de símbolos religiosos de repartições públicas. Não creio que sejam necessários ou que devam estar lá, mas considero inadmissível qualquer forma de imposição religiosa.

Minha dúvida é se os artigos foram suprimidos por percepção de que são totalitários ou se perceberam que, na verdade, isto pegaria muito mal num ano de eleição. Não sei… tenho pra mim que o mostro está apenas esperando o melhor momento para dar o bote. Espero que não aconteça, mas se a Sra. Dilma for eleita, vem chumbo muito mais grosso por aí [e de chumbo a assassina entende].

terça-feira, 16 de março de 2010

LULA. UM ASSASSINO…

lula3 Esta não é minha opinião, mas do dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 18 dias, e que se encontra em estado grave mas estável, e continuará hospitalizado pelos próximos dias. Sua greve de fome é um protesto contra a morte de Orlando Zapata Tamayo, preso político que morreu após passar 85 dias em greve de fome. Para Fariñas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é cúmplice do assassinato de Zapata. “Considero que Lula é um assassino, ele poderia ter cancelado a visita a Cuba, mas não fez isso e preferiu negociar com o país”. O cubano entende que Lula pode ser considerado um assassino ao lado de Raul Castro pois, para eles [os Castro], Orlando Zapata Tamayo era um preso comum [como afirmou recentemente Lula, comparando o cubano com os bandidos presos nas cadeias brasileiras].

COMENTO

Se me perguntarem se eu concordo com o cubano, afirmarei sem pestanejar que Lula é conivente, apoiando Cuba e seus algozes, os Castro, apesar de tudo o que se conhece sobre a ideologia e tirania daqueles malucos. Lula não faz as mesmas coisas que eles [não sei se por não poder – não tenho elementos para saber se ele faria o que eles fazem se tivesse poder para isso, apesar de lembrar do caso do “menino do MEP”]. Lula é conivente, é cúmplice, é aliado. E aqui prevalece o velho ditado: “Quem anda com os porcos farelo come”. Ração dobrada pra Lula!!!

PT DIZ QUE NÃO LIGA PROS CRIMES DE VACCARI

BSB Li interessante declaração do ministro das relações institucionais [e tem relações não institucionais no governo? Bom, deve ter, tipo comprar dossiê falso em hotel, fazer dossiês contra ex-governante e esposa, etc.]… O ministro Alexandre Padilha afirmou que as recentes denúncias envolvendo o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não prejudicam a campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto [preocupados ele estão, senão não mencionariam a Dilma]. Na opinião do ministro, a candidatura de Dilma “não tem nenhuma relação” com supostas irregularidades cometidas pelo tesoureiro. “Não só não prejudica e não interfere na campanha da ministra Dilma, como não prejudica o PT também”, afirmou. O interessante é que Vaccari é não apenas o tesoureiro do PT, mas era nome certo para assumir a tesouraria da campanha da sra. Dilma ao Palácio do Planalto. Tentando aliviar a situação, o PT, agora, afirma [contra todos fatos conhecidos até que a bomba estourasse] que já havia decidido entregar a tesouraria da campanha a um outro petista [na verdade, eles querem um não petista – já escrevi sobre isso antes, veja mais aqui] para que as duas tesourarias não ficassem nas mãos deu ma só pessoa… sei… acho que vão dar a tesouraria pro Ali BAbá… porque os 40 ladrões já estão sendo processados – agora sabe-se que são 41 e falta o chefe barbudo (…)

O fato é que o PT acredita que as denúncias não serão levadas em consideração pela maioria da população, que vai preferir votar no governo que "rouba, mas faz pelo social". O ministro Padilha afirmou [embora seja uma mentira] que o PT não está nem um pouco preocupado com a roubalheira – especialmente porque foi favorecido grandemente no processo. Padilha não ousa dizer que Vaccari é inocente. Ele não tenta negar as evidências – ele faz como Marcos Valério fez, escarnece, zomba, acreditando que tudo vai virar mais uma piada de salão. Será que pensam assim os lesados pelo BANCOOP?

ARRUDA CASSADO. VALE RECORRER, MAS…

Por 4 votos contra 3, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal cassou nesta terça-feira o mandato do governador afastado e preso José Roberto Arruda (sem partido) por desfiliação partidária. A maioria dos integrantes da Corte seguiu o voto do relator Mário Machado, e defendeu que Arruda deixou o DEM sem respaldo legal, mesmo estando ameaçado de expulsão. O julgamento terminou empatado com três votos favoráveis a cassação e três contrários. A votação foi decidida pelo presidente em exercício, desembargador Lecir da Luz, que seguiu o voto do relator. Arruda é o primeiro governador  cassado por infidelidade partidária. Para o relator, Arruda se desfiliou do DEM por vontade própria e o partido tinha respaldo legal para abrir processo disciplinar diante das acusações de envolvimento no esquema de corrupção.

Arruda afirmava que saiu do partido por causa de perseguição, mas no julgamento, o procurador regional eleitoral, Renato Brill de Góes Brill, disse que Arruda não foi discriminado pelo DEM e que deixou o partido por “estratégia política” e para “não passar vergonha”. “Não há de se falar em discriminação pessoal. Desde quando a formulação de uma representação, da instauração de um processo disciplinar pode ser considerada discriminação? O DEM nada mais fez do que cumprir o seu direito. Nesse sentido não se pode falar em grave discriminação porque o partido cumpriu o regimento do partido. Queria Arruda que o DEM ficasse inerte diante da gravidade dos fatos? E pediu a desfiliação por conveniência política, por estratégia política, para não passar vergonha”, disse.

A advogada de Arruda faz uma importante constatação quando, na tentativa de acusar o partido, na verdade faz o maior dos elogios possíveis: intolerância com a desonestidade de Arruda, ao afirmar que: “Após as denúncias, o governador se tornou uma pessoas indesejada dentro do partido. Todos tinham aversão ao governador. O DEM virou as costas e o deixou sozinho diante da crise”, disse.

00001COMENTO

Não tenho a menor dúvida de que Arruda merece o que está recebendo: vexame, cadeia, e, agora, torna-se um réu comum de um crime de responsabilidade. Acho que está no lugar que merece – mas tem muitos que deveriam estar fazendo companhia a ele, como o Lula [chefe do mensalão], José Dirceu [operador-chefe do esquema], Marcos Valério [arrecadador], Vaccari [solicitador de propinas] e tantos outros. Mas, veja bem, todos estes estão firmes e fortes, nas ruas, nos palanques, nos gabinetes… Todos são do PT. Arruda era do DEM. Era – o partido não o quis mais. O DEM expulsou seus Judas. E o PT, o que faz com os seus? Honra-os, porque são, todos "companheiros".

CARTA A UM NEO-PURITANO [de: Rev. Augustus Nicodemos]

Carta a Jean Martin Ulrico

[O Rev. Jean Martin Ulrico é um pastor fictício. A correspondência, por sua vez, se baseia em fatos bem reais]

Meu caro Jean Martin Ulrico,

Somente hoje pude ler sua mensagem. Lamento que os atritos entre você e o Conselho da igreja tenham piorado. Todavia, era esperado que a liderança de sua igreja, bem como grande parte dela, estranhassem as mudanças que você vem tentando fazer no culto nos últimos meses, como fruto da mudança que ocorreu em sua vida depois que você abraçou o “neo-puritanismo”.

É com pesar, Jean Martin, que acompanhei sua adesão gradual a estas idéias nos últimos meses, e as suas tentativas de impor estas idéias em sua igreja, tendo como resultado o atual conflito em que vive. Receio que este conflito venha a minar seu pastorado e prejudicar a boa abertura que você vinha tendo para difundir a fé reformada em sua Igreja.

Eu me recordo quando o termo “neo-puritano” passou a ser usado aqui no Brasil. Acho que você nem estava ainda no seminário. Foi quando um grupo de irmãos reformados passou a defender zelosamente certas práticas litúrgicas que vieram a considerar essenciais para a reforma do culto e da adoração correta a Deus, como a abolição dos instrumentos musicais, corais e grupos de louvor no culto, bem como a abolição de qualquer outro louvor que não fosse os salmos, e de preferência, aqueles metrificados do Saltério Genebrino. A isto, acrescentou-se a proibição da mulher cristã orar no culto e a ensinar qualquer outra classe que não fosse das crianças. Alguns deles chegam a defender o uso do véu ou chapéus por parte das mulheres durante o culto, como em algumas igrejas neo-puritanas modernas em países de fala inglesa. Outros chegaram até mesmo a proibir que a mulher orasse em família, se o marido estivesse presente. Começaram a classificar o culto prestado nas igrejas reformadas e suas co-irmãs como corrompido e desfigurado.

Quando eu escrevi na semana passada que você estava virando neo-puritano, você reclamou, dizendo que rotulações são injustas e cobrou que eu definisse o rótulo “neo-puritano”. OK, vamos lá. Esse designativo surgiu da necessidade de se deixar claro que aquilo que este grupo novo estava disseminando não era a essência da Reforma protestante, e nem mesmo o consenso entre os reformados e antigos puritanos. Era preciso evitar que os sentimentos de forte rejeição aos ensinamentos deste grupo se estendessem às próprias doutrinas da Reforma e descolá-los das grandes doutrinas da graça características da Reforma.

O título “neo-puritanos” passou a ser usado, então, para identificar os aderentes destas práticas como um movimento distinto dentro das igrejas reformadas, que, por um lado, quer ter ligações com os antigos puritanos – no que os reformados em geral concordam –, mas que, por outro, representa o ressurgimento das práticas de alguns grupos radicais de entre os puritanos. Ou seja, elas nunca foram consenso entre eles e nem foram jamais aceitas por denominações presbiterianas e reformadas ao redor do mundo. Quando muito, está restrita a algumas pequenas comunidades reformadas na Europa e nos Estados Unidos.

Eu sei que nenhuma rotulação é boa, mas às vezes, infelizmente, acaba se tornando útil. A utilidade neste caso foi de permitir que se diga “sou Reformado, porém, não sou neo-puritano”. Também estou ciente de que você e outros rejeitam veementemente esta rotulação e não se entendem como tais. Antes, se vêem como os verdadeiros presbiterianos, estando todos os demais errados, inclusive aqueles que comungam com vocês de posições teológicas bíblicas e conservadoras, o que torna o diálogo e o esclarecimento das idéias ainda mais difícil. Eu mesmo tenho um bom relacionamento com vários destes irmãos neo-puritanos, mas tenho experimentando esta dificuldade.

Não nego, meu caro Jean Martin, que você está correto em vários pontos. Concordo com você que igrejas reformadas e denominações históricas no Brasil têm admitido no culto a Deus elementos estranhos às Escrituras e tornado este culto em um exercício antropocêntrico. Também concordo que é preciso purificar o serviço divino destes acréscimos humanos. Você também está certo quando me lembra de nossa herança puritana. É fato histórico de que a Confissão de Fé de Westminster, adotada como padrão doutrinário por todas as igrejas presbiterianas do mundo, foi escrita pelos puritanos. Todavia, pondere no que vou dizer em seguida.

Primeiro, lembre que o Brasil, infelizmente, ainda está longe de conhecer a Reforma protestante e suas principais doutrinas, resumidas nos solas ou nos cinco pontos do Calvinismo. Se em vez de pregar estas idiossincrasias de alguns grupos puritanos, e em vez de querer impô-las em sua igreja, você tivesse se concentrado em pregar as grandes doutrinas da graça, prestaria um enorme serviço ao Reino de Deus. Como está, infelizmente, você só conseguiu provocar polêmicas, discórdias e dissensões dentro da sua igreja, criando uma eclesiola in eclesia (igrejinha dentro da igreja).

Segundo, não esqueça que você é pastor de uma denominação (a IPB) que adota decisões de seus concílios como regra para todas as igrejas e membros. Há muitas decisões da IPB que deixam claro que a denominação aceita corais, orquestras, instrumentos de música, o ministério não-ordenado das mulheres, o cântico de hinos e outras composições, as celebrações das datas do calendário eclesiástico. Em e-mails anteriores, você reclamou de pastores e presbíteros liberais e pentecostais dentro da IPB que não honram os votos que fizeram na ordenação, quais sejam: aceitar a Confissão de Fé de Westminster como fiel exposição da Palavra de Deus, aceitar o governo da IPB, sua constituição e Princípios de Liturgia. Todavia, você também jurou aceitar o governo da IPB e sua Constituição, que inclui os nossos Princípios de Liturgia e as decisões dos concílios. Não há uma incoerência nisto?

Jean, meu conselho é que você não vá adiante nessa tentativa de mudar as coisas a ferro e fogo. Se suas convicções o impedem realmente de acatar a liturgia da IPB, trate deste assunto com seu presbitério e busque orientação quanto ao que fazer junto aos concílios. Receba meus conselhos como de um pai – afinal, tenho idade para isto.

Um grande abraço,

Augustus Nicodemos

COMENTO

Eu não poderia, nem de longe, escrever mais ou melhor – se eu tentar, estrago... Não tenho a experiência, nem o conhecimento do Rev. Augustus, um dos grandes nomes da Igreja Presbiteriana do Brasil, que conhece muito bem o que foi o movimento puritano e um dos que mais lutam com denodo e empenho em prol de a IPB se tornar, realmente, uma igreja reformada [e não apenas uma herdeira de aspectos da Reforma via avivamento norte-americano]. O artigo está publicado no site do próprio Nicodemos [http://tempora-mores.blogspot.com].

sexta-feira, 12 de março de 2010

RACIALISMO… e ainda vai render…

00002 Há alguns dias o senador Demóstenes Torres [DEM] teve a ousadia [no sentido de coragem, de ter brios] de falar algumas verdades quanto ao processo de implantação do racialismo quotista no Brasil [depois do racialismo inevitavelmente acabaremos no racismo]. Dentre outras coisas importantes ele afirmou, com base em evidências e documentos históricos, que a miscigenação ocorrida no Brasil [europeus, africanos e ameríndios] deu-se, na esmagadora maioria dos casos, de maneira consentida, especialmente entre as classes mais pobres da sociedade colonial brasileira – e não como pintam as novelas e filmentes como Escrava Isaura. Após a fala do senador um verdadeiro exército de coprolálicos [é uma doença, pode pesquisar] esquerdistas ongueiros que vivem do dinheiro público se levantou contra o senador, acusando-o de racista [o que ele não foi] – mas ninguém o interpelou judicialmente pelo que seria um crime, porque crime não cometeu. Mas a barulheira foi feita para desacreditar o senador. Ex-repórteres [agora contratados pelo governo por mais de 1.2 milhão de reais anuais através da Lula News – TV Brasil] como Luis Nassif usaram sua pena de aluguel para atacá-lo. Um repórter da Folha de São Paulo, Demétrio Magnoli, analisou o discurso do senador, chegando a conclusão que os ataques eram gratuitos [no sentido de imerecidos], orquestrados e a soldo, isto é, alguém estava pagando por eles. Demétrio foi, na sequência, atacado pelo próprio sindicato e federação a que pertence [Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e pela Federação Nacional dos Jornalistas], os mesmos que foram a favor da criação de uma espécie de conselho de censura contra o jornalismo [que sindicato é esse? Defende a quem, afinal?]. Segue abaixo uma resposta de um jornalista de verdade, que não vive às custas do dinheiro estatal, sobre o assunto, e que também ele já foi vítima de um ataque semelhante em 2003. Leiam o texto:

Os ataques infames ao Demétrio Magnoli são uma afronta ao espírito democrático do debate, ao livre mercado de idéias no qual elas se impõem (provisoriamente) por seu conteúdo de verdade e coerência interna, e não na base do grito, da claque ou da torcida organizada; eles constituem, ademais, outra frente de batalha, aquela cujo objetivo é o de calar os dissidentes e quem discorde. Através de Demétrio, nós todos estamos sendo agredidos e/ou ameaçados.

É notório que Demétrio e eu temos discordâncias claras acerca do conflito no Oriente Médio, sobre suas causas e possíveis soluções; trocamos já palavras duras nas páginas da Folha quando éramos seus articulistas, e eu garanto que nunca nenhum de nós teve de consultar previamente qualquer instância do jornal ou de sua direção, submeter-se a qualquer censura antecipada ou cumprir determinações “superiores”: ambos expressamos abertamente e sem mediações nossas mútuas diferenças - e é assim que deve ser, pois ambos pensamos independentemente de ordens ou determinações de patrões, chefes, líderes, partidos, governos, grupos de pressão etc.

Não posso, ademais, deixar de observar que os próprios termos usados no ataque infame do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas ao Demétrio seguem de muito perto aqueles usados contra mim num abaixo-assinado de 2003 que, capitaneado pela intelectualha esquerdofrênica USP-Unicampiana, pretendia tolher minha liberdade de expressão. Como aconteceu então comigo, estou certo de que os ataques ao Demétrio provam que ele está de fato fazendo seu trabalho honesto e competente de pensador independente e, com isso, tornando-se um empecilho para os que querem nos aprisionar num pensamento único, monocórdio, o dos atuais donos de um poder que toma características menos democráticas e legítimas a cada dia que passa, bem como dos asseclas, apaniguados e bajuladores (pagos ou não) desses.

Pilares da ordem democrática
O fato é que Demétrio está totalmente correto no debate a respeito das cotas raciais e da atual tentativa de racializar a cidadania brasileira, uma investida que carrega em si os germes da guerra civil e mesmo do genocídio, como vimos recentemente nos Bálcãs e em Ruanda. Esta é, hoje em dia e não só no Brasil, a nova frente de batalha daqueles que nunca desistiram de tentar derrubar pilares centrais da ordem democrática e moderna, como os direitos e responsabilidades individuais. Trata-se de uma loucura, mas, como se diz, de uma loucura com método. Sua proposta delirantemente utópica é a de fazer algum tipo de justiça histórica, só que uma justiça informada por uma historiografia enviesada e deturpada, bem como por recortes inviáveis e inaceitáveis da cidadania.

Nas mãos desses delinqüentes, a história, que é sempre uma hipótese em construção e ininterruptamente debatida a respeito do passado, converte-se em desculpa para dividir cidadãos constitucionalmente iguais em grupos artificiais aos quais, paralelamente, atribui-se uma vitimização ou uma culpabilidade ancestral. X% de melanina a mais na pele, e a pessoa deixa de ser um indivíduo igual aos demais em seus direitos e obrigações, um cidadão como qualquer outro, passando a se tornar sobretudo o representante de um grupo que, oficialmente tido como vitimizado, merece reparações; Y% a mais de melanina torna outro indivíduo o membro de um grupo marcado por culpas e crimes que ele pessoalmente jamais perpetrou, obrigando-o a pagar de alguma forma por isso.

Vale a pena lembrar que um dos objetivos centrais da democracia sempre foi o de acabar com a hierarquização social fundamentada em privilégios ou obrigações de nascença. Cria-se, assim, uma nova aristocracia de vítimas hereditárias e uma nova servidão cujas vítimas são indivíduos que, reduzidos apenas a membros de um grupo, carregam uma culpa igualmente hereditária, tudo isso fundamentado numa leitura parcial, mal-informada e delinqüente, de uma leitura altamente seletiva e anacrônica das hipóteses de alguns historiadores. Assim como, séculos a fio, os judeus foram considerados coletivamente culpados pela morte de Jesus Cristo, todos os doravante classificados como brancos serão eternamente culpados pela escravização de todos aqueles doravante classificados como negros em nosso país. Não haverá mais cidadãos nem haverá mais brasileiros, só os novos privilegiados e os novos responsáveis.

As escravidões

É preciso apontar a primeira falha, a falha central desse uso pseudojurídico da história: a escravidão foi, durante milênios e até há cerca de dois séculos, a regra, não a exceção, no mundo inteiro. Populações de todo o tipo foram escravizadas pelos mais variados agentes. A própria palavra “escravo” se refere originalmente aos eslavos cativos (ancestrais dos atuais russos, poloneses, iugoslavos etc.) que eram vendidos, na Idade Média, nos mercados de Bizâncio e do Oriente Médio muçulmano. Todas as civilizações antigas ou medievais se valeram do trabalho escravo, incluindo as pré-colombianas da Meso-América, que, antes da chegada dos europeus, faziam prisioneiros de guerra entre as demais tribos ou civilizações locais não apenas para submetê-los ao trabalho forçado, mas também para sacrificá-los no alto de suas pirâmides e, em seguida, consumir canibalisticamente sua carne. Europeus escravizaram europeus, asiáticos escravizaram asiáticos, americanos pré-colombianos escravizaram americanos pré-colombianos e africanos escravizaram africanos. Ainda nos séculos 18 e 19, piratas do norte da África capturavam regularmente navios europeus ou americanos e vendiam suas tripulações e passageiros nos seus mercados de escravos. O tráfico transatlântico, do qual participaram membros das mais diversas etnias, línguas e confissões, foi, sem dúvida, uma das maiores empreitadas escravistas, mas o tráfico negreiro rumo às terras islâmicas não foi menor e perdurou por mais tempo. Hoje mesmo, em muitos pontos do planeta, ainda há milhões de escravos, inclusive na África, em países como o Sudão e a Mauritânia.

Nazismo e comunismo

E, se estamos falando de escravidão, não podemos deixar de mencionar os dois movimentos totalitários que a recriaram em partes do mundo que já haviam se livrado dessa instituição: o nazismo e o comunismo. Ambos escravizaram parcelas imensas das populações sobre as quais reinaram ou, em alguns casos, ainda reinam, como na Coréia do Norte e Cuba, país caribenho cuja população pertence ao estado ditatorial marxista e à família de capitães-de-mato que o chefia. É curioso, portanto, ver aqueles que ou fazem a apologia ou simplesmente fecham os olhos à escravização de toda a população cubana culparem pessoas inocentes pela escravização de gente morta há mais de um século. Acontece que não foi a esquerda que iniciou a campanha contra o trabalho escravo, mas sim europeus e americanos, em primeira lugar cristãos ingleses como William Wilbeforce.

De resto, é um anacronismo óbvio aplicar categorias normativas atuais (e, como podemos ver a respeito de Cuba, categorias nem sempre implementadas ou respeitadas mesmo hoje) a uma outra era histórica. Qualquer pessoa minimamente alfabetizada em história sabe disso, vale dizer, sabe que os homens e mulheres do passado pensavam, agiam e viviam de maneira diferente. Legislar retroativamente com vistas a compensar ações que não eram, nem tinham como ser consideradas criminosas no passado equivale, entre outras coisas, a um sentimento totalitário de prepotência, à idéia de que, de alguma maneira, o passado pode ser alterado, corrigido, punido ou compensado. Os escravos que existiram e morreram, bem como os senhores ou traficantes, fossem eles africanos, brasileiros, árabes, otomanos, bizantinos, chineses, mongóis, persas, aztecas etc., que também viveram e já morreram estão além e a salvo da justiça ou injustiça dos viventes.

Quem conheça a história e ame seu estudo sabe que ela é, em boa parte, uma procissão de horrores. Como queria Stephen Dedalus, o herói de James Joyce, ela é um pesadelo do qual nos cabe acordar. Ao contrário do que querem os que tentam nos entorpecer com estórias mal-contadas acerca do passado, a ação dos homens e mulheres vivos deve se dirigir a melhorar o presente e o futuro. A única - insatisfatória, mas nem por isso menos difícil ou urgente - forma de que dispomos de fazer não a inalcançável justiça histórica, mas, sim, uma espécie de justiça poética às inumeráveis vítimas do passado é garantindo a erradicação de qualquer forma de escravidão no nosso mundo atual e lutando para assegurar a plena igualdade de direitos (acompanhados de suas respectivas responsabilidades) a todos os indivíduos vivos ou por nascer.

A liberdade de expressão que os candidatos a censor fazem de tudo para tolher é uma das principais ferramentas desse esforço. Sem ela, que permitiu, por exemplo, todas as campanhas abolicionistas na Europa, Estados Unidos e Brasil, é bem provável que a escravidão teria perdurado por mais tempo. A bem dizer, uma das liberdades confiscadas ao escravo é a de se expressar.

Quem quer que tente impedir a livre expressão das opiniões alheias não está, de modo algum, compensando ou remediando a escravidão passada, mas, sim, instaurando a futura. A escravidão mais perigosa e perniciosa não é aquela abolida há um século ou mais, mas, antes, aquela que já existe e aquela que segue nos ameaçando com seu retorno iminente em cada ato ou ação que corrói e enfraquece a democracia. Por sorte, e ao contrário do que sucede com a escravidão do passado, esta é uma contra a qual todos os homens de bem podem - e devem - lutar.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A DITADURA JUSTIFICADA

quinta-feira, 11 de março de 2010 | Editorial de hoje do Estadão.

O presidente Lula, que tanto admira o cubano Fidel Castro, devia saber que certa vez ele disse: “Os tiranos tremem na presença de homens capazes de morrer por seus ideais.” Essas palavras datam de maio de 1981, quando o ativista irlandês Bobby Sands morreu depois de 66 dias de greve de fome em protesto contra as condições carcerárias a que eram submetidos os seus companheiros e pelo direito de ser considerado prisioneiro político. Hoje, quando a tirania castrista se vê confrontada pela morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, depois de 85 dias de jejum, e pela greve similar, que já dura 16 dias, do dissidente Guillermo Fariñas, Lula descortina o lado mais tenebroso de sua personalidade política, ao condenar os “homens capazes de morrer por seus ideais” ? e, pior ainda, ao sair em defesa dos seus algozes.

A morte de Tamayo, em 23 de fevereiro passado, coincidiu com a presença do brasileiro em Cuba. Já então, instado pelos jornalistas que o acompanhavam a se manifestar sobre a tragédia, lamentou “que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome”, calando sobre as razões que a levaram a esse extremo. Um dos 75 condenados da infame leva de 2003, o pedreiro de 42 anos tinha sido adotado pela Anistia Internacional como “prisioneiro de consciência”. À maneira de Bobby Sands, deixou de se alimentar para pressionar o governo a melhorar as condições dos mais de 200 presos políticos cubanos. De seu lado, o jornalista e psicólogo Fariñas, de 48 anos, que vive em Santa Clara, a 280 quilômetros de Havana, iniciou a sua greve pela causa de Tamayo e para pedir a libertação dos 26 daqueles detentos em pior estado de saúde.

Como se sabe, Lula recorreu à ferramenta política da fome quando, líder sindical, foi preso pela ditadura militar. Teoricamente, portanto, estaria à vontade para considerar o ato uma “insanidade”, como disse anteontem numa entrevista à agência noticiosa americana Associated Press. Mas, salvo engano, nunca antes ele se pôs a verberar o autossacrifício ? praticado, entre tantos outros, por Nelson Mandela. Inspirado pelo exemplo de Sands, o líder sul-africano, então confinado na ilha onde o regime de supremacia branca mantinha os seus opositores, liderou uma greve de fome pelo direito dos presos de serem visitados por seus filhos menores. Depois de seis dias, a reivindicação foi atendida. Ainda que se tentasse fazer de conta que as atuais objeções de Lula a tal modalidade de protesto não têm relação com os casos cubanos, ele próprio tomou a iniciativa de desmanchar essa interpretação ingênua.

Na citada entrevista, reiterou que “a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos (sic) para libertar as pessoas”. E, com palavras das quais jamais se libertará, sugeriu: “Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade.” Para ele, “temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de deter as pessoas em função da legislação de Cuba” ? que autoriza a prisão de pessoas tidas como suspeitas de vir a cometer o que o regime considera crimes. Disse mais Lula: “Gostaria que não ocorressem (as detenções), mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os deteve, como tampouco quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil” ? nenhuma delas, como bem sabe, por motivos políticos. Ou seja, leis repressivas não devem ser contestadas, nem quando baixadas por governos ditatoriais ou autoritários.

Na filosofia lulista do direito, a Lei de Segurança Nacional brasileira que condenou a militante Dilma Rousseff a 6 anos de prisão (das quais cumpriu três) ou a legislação do apartheid que aprisionou Nelson Mandela por 27 anos, por exemplo, não são menos legítimas do que as provisões das democracias. Se violam os direitos humanos, não há nada que líderes de outros países possam fazer, salvo afirmar que gostariam que isso não ocorresse. Eis por que o Brasil de Lula se distingue no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas pela leniência com as denúncias das práticas brutais de governos como os de Cuba e do Irã, enquanto reluta em reconhecer o novo governo hondurenho escolhido em eleições livres. Outros países também adotam esse duplo padrão, mas os seus dirigentes ao menos se guardam de escarnecer das vítimas das ditaduras.

00002Comento:

i. Vale lembrar que a greve de fome de Sands era contra um governo democrático, de direita. Ele, assim como Cezare Battisti, Lula, Castro e os demais, são de esquerda.

ii. Corrijo o editorial do Estadão no que se refere à greve de fome de Lula: ela nunca existiu, foi uma farsa, pois ele tinha água e glicose à vontade. Foi uma empulhação, um jogo de cena, mais uma mentira de Lula – e que lhe vale algo em torno de R$ 6.000,00 mensais a título de indenização.

iii. Sendo lógico, se as leis de exceção são válidas, então nem ele nem Dilma ou qualquer outros dos que foram presos durante a ditadura têm direito a qualquer indenização.

E chega disso. Vá, Lula, pro inferno, digo, pra Cuba.

LULA SE ALIARIA A HITLER, NERO, POL POT, STALIN…

00001 Ao analisar recentes declarações do atual presidente do Brasil, Sr. Luis Inácio Lula da Silva em relação a países como Irã, Cuba, Venezuela, chego à conclusão que, se fosse presidente do Brasil nos anos 30 ou 40 teria se alinhado com o eixo [Itália, Japão e Alemanha] contra a Inglaterra, França, Estados Unidos e todos os demais países que lutaram contra o nazi-fascismo. Logo depois certamente se alinharia com o comunismo russo e com o chinês – está alinhado com o comunismo cubano. Tudo isto em nome de um vago princípio de “autodeterminação dos povos” – e em franca contradição com a Declaração Universal dos Direitos Humanos do qual o Brasil é signatário e para a qual Lula não dá a mínima, como não dá a mínima para a constituição brasileira.

Se formos lógicos analisando as afirmações do sr. Luis Inácio, de dizer que temos que respeitar a constituição cubana [mas não a Hondurenha, não é? E quem pediu ao Lula que seja lógico?] chegaremos a conclusões preocupantes. Lula defende o governo cubano, e acusa os dissidentes [um dos quais, Orlando Zapata, morreu após prolonada greve de fome e falta de assistência médica por parte dos considerados excelentes médicos cubanos]. O próximo da lista chama-se Guilhermo Fariñas, jornalista e psicólogo de 48 anos, em greve de fome desde 24 de fevereiro. Diferente de Lula [que fingiu greve de fome em abril de 1980 – chupava balas toffees escondido. Seu carcereiro era o hoje amigo Romeu Tuma, que lhe deu cela especial, à qual ele não tinha direito] ele realmente corre risco de morrer [será só mais um a ser acrescentado ao fantástico número de 100.000 cubanos que já morreram em decorrência da ditadura castrista] - aliás, Lula disse que eles não tem o direito nem de fazer greve de fome e comparou Zapata [e agora Fariñas] aos assassinos e estupradores presos nas cadeias brasileiras. O problema é que, se Zapata e Fariñas são bandidos, Lula também o é, ou pelo menos, fingiu ser, quando fez de conta que fazia greve de fome sustentada a balas toffee e Paulistinha nos anos 80. E esse crime, ao menos, sei que Lula não cometeu [rs].

Um pouco de lógica.

Se o Brasil pode ser amigo do Irã e de Cuba, do Sudão e da Venezuela sem opinar nas questões de direitos humanos, uma vez que as leis locais permitem os abusos que são cometidos, então, a rigor:

i. Lula concorda com o sinédrio quando condena Jesus, pois, na visão destes, estavam fazendo um bem maior à população, ao afirmarem que era melhor que morresse um, Jesus, do que o povo [que poderia seguir Jesus e ser acusado de sedição contra Roma]. Opinião de Lula: cruz nele;

ii. Lula concorda com Adriano, Calígula, Nero e com todos os imperadores romanos que perseguiram o cristianismo nos primeiros séculos, afinal, era a lei romana que valia e os cristãos cometiam o crime de 'lesa majestas' ao se recusarem a adorar o imperador. A pena: morte, sob qualquer forma. Opinião de Lula: às feras, ao coliseu com eles;

iii. Lula concorda com o romanismo medieval e sua inquisição, que perseguiram judeus, protestantes e quem mais julgassem conveniente, afinal, era a lei da época: os 'hereges' [leia-se não acomodados ao sistema] deveriam ser condenados por um tribunal eclesiástico e entregue ao braço civil para serem executados. Opinião de Lula: à fogueira com eles;

iv. Lula concorda com Hitler, que considerava os judeus um problema nacional, e, então, mandou exterminar 'somente' 6.000.000 deles [aliás, Lula é amigo íntimo do maior negacionista do holocausto, atualmente, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad]. Opinião de Lula: às câmaras de gás com eles;

Lula concorda com os Castro. Cuba é o país dos sonhos de Lula. Se ele prometer ir pra lá e nunca mais voltar [é só uma ante-sala de outro lugar onde ele vai ficar muito mais tempo, o inferno] eu pago a sua passagem. Quero ver se ele vai chupar balas toffee ou Paulistinha lá. Se o Brasil ainda não é uma ditadura, como os países que Lula admira, pelo menos moralmente já se encontra francamente alinhada com as tais. E sabe o que diz a candidata de Lula, como não poderia ser diferente, uma vez que macaco amestrado só pode fazer o que o mestre lhe ensina, com um agravante: Lula é um falatrão, Dilma é uma ladra e assassina, que participou de grupos terroristas letais como Colina, Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares e VPR. E ela era da direção, queria sangue e uma ditadura de esquerda semelhante à de Cuba que massacra seus dissidentes, como Zapata e Fariñas:

“Compartilho da posição do presidente Lula não só sobre Cuba, mas sobre toda a política externa. Não somos submissos e não estamos com um pires na mão pedindo US$ 14 bilhões de empréstimo ao FMI, mas estamos emprestando. Não somos aqueles que vão invadir países. Sou completamente favorável ao que diz e faz o presidente Lula, que nos deu orgulho de sermos brasileiros. Nós não somos agressivos. O presidente Lula tem grande respeito por Cuba e é contra a segregação de pessoas.”

O que Dilma quis dizer? Nada. Ou, disse tudo: os cubanos que se acomodem sob o tacão castrista, e os brasileiros que se preparem… É só isso, e tudo isso. Será que ela também quer uma passagem pra Cuba? Só de ida, sem direito a volta. Alguém me ajuda a pagar mais essa?

GOIANÉSIA – II ANIVERSÁRIO

PA290223 Nos dias 07 e 08, à noite, participei como preletor [com o tema Os caminhos da Igreja no séc. XXI] das festividades comemorativas do segundo aniversário da organização da Igreja Presbiteriana em Goianésia do Pará, igreja filha da Jacundá, cujos trabalhos foram iniciados em 1982, nas dependências da família Laia. Acompanhado pelo pb. Zizalino Xavier, Raimundo Sena, Lucy e Ezrah, vivemos agradáveis momentos de comunhão e edificação. Louvor agradável, igreja cheia, com muitos visitantes, e, no domingo, após o culto, um bolo de excelente qualidade. Parabéns ao Rev. Ismael pelo trabalho desenvolvido na organização da festa junto com seus colaboradores. Nossos parabéns à IP Goianésia – e nossa oração para que continuem firmes, pois certamente "Aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus".

quarta-feira, 10 de março de 2010

VIAGEM MISSIONÁRIA AO LAGO

P3050347Em reunião no dia 07, nas dependências da IP Jacundá, com os secretários de evangelismo das sociedades internas das igrejas do Presbitério Leste da Transamazônica [ausente apenas Pacajá], sob a direção do Ms. Gilson Sousa, secretário de evangelização do PLTA, decidiu-se organizar uma campanha de evangelização no Lago, nas proximidades da cidade de Jacundá [Porto Novo e Vila Santa Rosa], nos das 09 a 12 de outubro. Voluntários, profissionais liberais [médicos, enfermeiros, dentistas, nutricionistas, cabeleireiros, manicures, etc…] que se interessarem devem entrar em contato para participarem. Na reunião ocasião contamos também com a presença da secretária de trabalho com crianças do PLTA, Ms. Lindalva Santos, e o bacharel Dorisvan Cunha, pregador do culto noturno.

E CONTINUA O PATROCÍNIO AO FILHO DO BRASIL

Só pra constar – e pra você pensar…

Sabe a Bancoop? A Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, sempre controlada por petistas, amigos pessoais do presidente Lula? Pois é, transferiu cinco prédios inacabados para construtoras privadas, que deverão tocar as obras. A empreiteira OAS, uma das patrocinadoras do filme-fiasco “Lula, o filho do Brasil”, e também uma grande doadora da campanha eleitoral petista, assumiu três desses empreendimentos, em outubro do ano passado. E, como não podia deixar de ser, um deles, no Guarujá, tem como mutuário o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2006, Lula declarou à Justiça Eleitoral ter cotas nesse empreendimento. Sempre acho que tem coincidência demais nesta história.

PARÁ – TERRA SEM LEI [E UM SUSTO NO CORAÇÃO DO PASTOR]

Em Baião

A cidade de Baião viveu um clima de terror na manhã do dia 01 de março. Uma quadrilha com cerca de 16 pessoas, com armas pesadas, invadiu a cidade, cercaram o quarteirão da única agência bancária [deveria ser mais fácil à polícia dar segurança à única agência bancária da cidade] fazendo uso de reféns, inclusive crianças como escudo contra a polícia que pelo pequeno contingente, pra variar, e certamente sem o preparo adequado e, porque não dizer, também sem vontade, pareceu inerte contra o bando. O gerente da agência do banco do Brasil ao perceber a situação fugiu pelos fundos da agência bancária e o subgerente foi feito refém com a finalidade de que abrisse o cofre da agência. Feito o assalto uma parte do bando saiu a pé cercando o carro de fuga e fazendo uso de crianças como escudo humano e se dirigiram, disparando tiros para o alto e a esmo, em direção à prefeitura da cidade onde há um caixa eletrônico. A cena de filme de faroeste levou duas quadras até chegar à prefeitura de onde arrancaram o caixa eletrônico e dali partiram em fuga. Vários tiros foram disparados que fizeram três vítimas, felizmente nenhuma delas fatal. Ao fugirem da cidade queimaram um carro em cima da única ponte que é via de acesso por estrada bloqueando a entrada e saída da cidade para que não fossem perseguidos. A audácia dos bandidos na cidade perdurou por quase uma hora.
Conta o Rev. Júlio César, pastor presbiteriano: "Muitas pessoas de nossa igreja estavam no caminho percorrido na cidade durante o assalto. Uma jovem mãe com seu filho recém nascido estava em sua loja no momento da confusão na hora do assalto que era ao lado da agência bancária. A mãe da jovem que também é comerciante, também estava lá em outra loja ao lado do banco; uma jovem moça de nossa igreja também estava em uma loja ao lado da agência. Outra jovem mãe estava na prefeitura quando os bandidos estavam se aproximando de lá e conseguiu fugir antes de que chegassem; o seu marido havia saído minutos antes da prefeitura tendo acabado de fazer um saque no caixa eletrônico que foi roubado; Ao se aproximarem da referida ponte uma irmã de nossa igreja estava na estrada com seu marido e o bando encapuzado passou por eles, quando ela pediu que não atirassem nela. O bando passou atirando para o alto e foi-se embora".
Continua ele: "…quero agradecer a Deus pela proteção e cuidado aos nossos amados irmãos que estiveram literalmente expostos a esse risco".

Jacundá

P3080415A cidade de Jacundá viveu um clima de terror na manhã do dia 09 de março. Uma quadrilha com cerca de 16 pessoas, com armas pesadas, invadiu a agência do Banco do Brasil [a 300m da delegacia], fizeram reféns, destríram as portas com utilização de armas de alto poder de fogo, e após efetuarem o assalto uma parte do bando saiu a pé cercando o carro de fuga e fazendo uso de 5 reféns fugiram, roubando um carro que foi usado como bloqueio numa ponte na estrada-rota de fuga conhecida como Pitinga, onde colocaram fogo na caminhonete roubada sobre uma ponte a 3km da cidade, para evitar que fossem perseguidos. Dentro da caminhonete deixaram dinheiro e um saco com armas e balas, que explodiram com o fogo. Tudo isto demorou quase uma hora. Moradores entraram no carro e se apropriaram de parte do dinheiro roubado [calcula-se que cerca de R$ 100.000,00 foram queimados ou resgatados pelos moradores].

Livramento

P3080420No momento do assalto, por uma série de fatores providenciais eu não estava na agência. Uma irmã lá se encontrava, e, graças a Deus, ficou apenas com o susto. Eu estava indo para o banco, efetuar um depósito [por engano havia ido primeiro ao Bradesco, um caso de lugar errado na hora certa – rs]. Ao perceber meu equívoco, passei no escritório de um advogado conhecido e, depois, resolvi ir buscar um equipamento eletrônico que queimou no sábado, quando hospedávamos algumas senhoras da diretoria da Federação de SAFs em nossa casa [o inconveniente do sábado serviu de livramento na segunda]. Após pegar o equipamento, dirigi-me ao banco e já estava a menos de 30metros do mesmo [mais ou menos no lugar onde se lê “Lavajato Mix" quando percebi, no local onde se encontram três garotas, uma caminhonete estacionando, e um homem armado indo em direção ao banco. Outro desceu também armado, encapuzado. O primeiro atirou na porta do banco. Apenas tive tempo de virar à direita na primeira esquina e ir em direção à delegacia onde informei aos policiais [demoraram cerca de 8 minutos para chegarem nas proximidades do banco, a 300m da delegacia]. Após muitos tiros e até onde se sabe nenhum ferido, os assaltantes fugiram.

Em seguida dirigi-me à escola para buscar a Ezrah, nas proximidades do banco, e, antes de lá chegar, parei para dar assistência a uma mototaxista que foi abalroada por um carro que fugia do local do assalto. Chamamos a ambulância, colocamo-la no carro e fui para a escola. Foram cerca de 45 minutos de cenas absurdas, como dezenas de transeuntes nas esquinas, assistindo o assalto e correndo riscos de serem alvejados.

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