terça-feira, 9 de julho de 2013

EVIDÊNCIAS DA MESSIANIDADE DE JESUS EM JO 8: AUTORIDADE

Neste afã de prejudicaram a Jesus, os escribas e fariseus acabam oferecendo evidências da messianidade de Jesus. A primeira destas evidências é a
O MESSIAS É MORALMENTE SUPERIOR PARA JULGAR RETAMENTE
Nesta disputa, neste embate o Senhor Jesus, cheio de sabedoria, se assenta e começa a escrever na areia. Alguns dizem que ele começou a escrever a lista de pecados de cada um, mas Jesus não é o acusador, não é o adversário, seu ministério não foi de acusar ninguém. Não creio que estivesse escrevendo uma lista de pecados. Conjecturando, e apenas conjecturando, talvez ele estivesse escrevendo alguns textos bíblicos que lembram a pecaminosidade geral do homem (Ec 7:20 Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque). E aqueles homens sabiam que eles também eram pecadores. Mas a bíblia não diz, ninguém sabe o que Jesus escreveu, e não devemos perder tempo divagando em conjecturas. Devemos, sim, buscar saber tudo o que Deus revelar, mas não devemos cair na impiedade da curiosidade em querer saber mais do que Deus revelou.
Já ouvi muita gente falar muita coisa, mas o fato é que não sabemos o que Jesus escrevia. Entretanto, aqueles homens insistiam: “Nos diga, o que devemos fazer”. Apertavam, insistiam com Jesus. E quanto mais insistiam, mais evidenciavam a sua ânsia, o seu desejo por sangue. Mas enquanto eles faziam isso, embora eles não cressem que Jesus era o messias, eles estavam oferecendo uma evidência da messianidade de Jesus.
A primeira destas evidências é que, com sua atitude, eles estavam admitindo que Jesus não era semelhante a eles. Isto fica claro no fato de que, sendo eles os cumpridores da lei, tendo eles o direito de fazer cumprir a lei, sendo eles parte do corpo governante de Israel, do sinédrio, tendo eles autoridade para matar aquela mulher, eles suspendem a sua própria autoridade e entregam o julgamento do caso a alguém que não era parte de seu grupo. É como se eles estivessem recorrendo ao tribunal superior do Messias.
No ambiente político eles tinham que submeter-se às autoridades romanas, mas num caso como esse eles tinham poder para decidir o que fazer. Os romanos permitiam-lhes relativa liberdade em questões cívico-religiosas.
Eles dizem: “Jesus, nós sabemos o que fazer, mas queremos que alguém que é maior do que nós, que alguém que entende mais do que nós nos diga o que fazer”.
O povo já dizia que Jesus tinha mais autoridade do que eles (MC 1:22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas), os guardas já testemunharam que Jesus falava com enorme superioridade de conhecimento sobre eles (Jo 7:46 Responderam eles: Jamais alguém falou como este homem) e eles próprios se admiravam do conhecimento de Jesus, perguntando onde o filho do carpinteiro tinha aprendido aquelas coisas (Mt 13.54-56 E, chegando à sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?).
Eles admitem um conhecimento superior em Jesus, que, aliás, já havia dito que o que ele falava ele havia aprendido do próprio Deus (Jo 8:40 Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão; Jo 15:15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer) portanto estava capacitado a, realmente, julgar retamente (Jo 8:16 Se eu julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou).
Eles reconhecem, mesmo sem querer, eles reconhecem que Jesus tem uma autoridade moral e espiritual maior do que a do próprio sinédrio. E acima do sinédrio, na hierarquia religiosa de Israel não havia mais ninguém, mas eles submetem o seu julgamento àquele que, segundo as Escrituras, é capaz de julgar retamente (Sl 96:13 ...na presença do SENHOR, porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, consoante a sua fidelidade), com justiça e equidade, que não torceria o direito, como modelo para os demais juízes (Dt 16:19 Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos).
Sem querer, eles acabam reconhecendo e evidenciando a messianidade de Jesus através da capacidade de julgar retamente porque só Jesus conhece os corações, Jesus conhece as motivações do coração dos homens.
Nós somos muito apressados nos nossos julgamentos. Esta semana vários escândalos surgiram na mídia, especialmente com o uso de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) para interesses particulares (casamento, jogo de copa do mundo, compra de fraldas) e pensei: a situação está cada vez mais complicada. Mas também comecei a pensar que nós somos muito apressados em julgar. Estes homens estão usando mal o dinheiro público, estão cometendo crimes de responsabilidade - que sejam investigados e julgados. Mas e aquele funcionário de uma empresa que precisa imprimir um trabalho na última hora e faz isto na empresa porque a impressora dele está sem tinta.
Não é a mesma coisa? Não é a mesma coisa usar os clips da empresa para organizar os trabalhos particulares? Os valores são menores, mas e os princípios? Um clip, um avião - é a mesma coisa.
Somos muito apressados no julgar, e aqueles homens estavam absolutamente apressados no seu desejo de aplicar a lei, mas, quando eles suspendem o seu julgamento eles dizem que reconhecem que Jesus é capaz de julgar com justiça. Dizem que reconhecem que são incapazes de julgar retamente, evidenciando uma característica da messianidade de Jesus. Mas não para aí.


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