sexta-feira, 12 de julho de 2013

SANTIFICAÇÃO - O DESAFIO DA VIDA CRISTÃ PRÁTICA - INTRODUÇÃO

SANTIFICAÇÃO: UMA DOUTRINA QUE SÓ FAZ SENTIDO SE PRATICADA!
A vida cristã teórica é muito bonita, cheia de coisas maravilhosas. Ser cristão durante os cultos, acampamentos, congressos é algo sem igual. Mas, e na prática, no dia-a-dia? Já teve quem dissesse que a teologia, na prática é outra. Qual é o tamanho do desafio que a vida cristã, em conexão com a doutrina da santificação, traz para os cristãos deste século?
Creio que não há diferença entre o que é exigido dos cristãos hoje do que o Senhor exigia do seu povo, tanto no Antigo Testamento quanto nos dias relatados pelos apóstolos. É uma verdade fundamental que a fé precisa ser refletida nas ações, no testemunho do crente.
É através da vida cristã prática que a doutrina é percebida pelos que não tem discernimento espiritual (I Co 2:14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente), mas que observa (Hb 12.1-2 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus) e cobra inclementemente (Tg 2:18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé).
Rm 14.13-23
13 Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
14 Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura.
15 Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu.
16 Não seja, pois, vituperado o vosso bem.
17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
18 Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.
19 Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros.
20 Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo.
21 É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar ou se ofender ou se enfraquecer.
22 A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova.
23 Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.
 A bíblia traz inúmeras admoestações sobre a necessidade do cristão ser testemunha da bondade, misericórdia e, principalmente, do poder de Deus em transformar vidas. Israel foi criado para ser uma nação de testemunhas (Ex 19:6 ...vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel) e este propósito foi mantido e ampliado com o novo Israel, a Igreja de Deus (I Pe 2:9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz).
Então, falar do imperativo de testemunhar não é chover no molhado porque a Igreja precisa ser lembrada, sempre, exortada a fazer o bem que sabe ser seu dever (Tg 4:17 Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando), tanto mais quanto vemos que o dia do Senhor está cada vez mais próximo (Hb 10:25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima).
Mas quero focar outro aspecto, os perigos da ausência de testemunho tanto para a vida do cristão, quanto para a Igreja e, inclusive, para o não cristão. Deixe-me definir o que não é um cristão, ou, pelo menos, o que não é vida cristã.
O cristianismo formal, nominal e apenas institucional é uma forma danosa de cristianismo que, apesar de ter forma e aparência, na verdade é muito mais amigo dos prazeres mundanos e não tem consistência espiritual alguma (II Tm 3.5 ...tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes).
Vejam bem: ele é danoso, a bíblia diz para fugir dele, não para aceita-lo como normal e abraça-lo.
Quais os efeitos deste cristianismo? Podemos afirmar que este tipo de cristianismo destrói o amor, a unidade, o vigor espiritual de qualquer comunidade cristã - podemos afirmar que neste sec. XXI está-se institucionalizando o que chamo de cristianismo virtual [não apenas aquele de ficar em casa, acessando sites, blogs e assistindo cultos pela internet), mas um cristianismo que não é palpável, não pode ser experimentado.
UM POUCO DE HISTÓRIA PESSOAL
Certa vez fiquei profundamente impactado com a profunda ignorância de moradores de uma comunidade ribeirinha a respeito de Cristo e da vida cristã a ponto de, em meu coração, questionar ao próprio Deus a razão de eles considerarem relevantes os ensino de umbandistas católicos totalmente estranhos às Escrituras e a rejeição da mensagem que levávamos.
Logo descobri que o problema era que eles se conheciam, mas não a nós. Não era apenas a palavra que falávamos, mas o fato de que eles não podiam “ler a nossa vida”. Faltava testemunho de vida entre eles - o que é diferente de haver mau testemunho, eles simplesmente não conheciam os “crentes”. Somente após meses de trabalho, visitas, conversas, convivência a Igreja pôde ver os primeiros frutos.


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