sexta-feira, 12 de julho de 2013

SANTIFICAÇÃO - O DESAFIO DA VIDA CRISTÃ PRÁTICA - PARTE III

RECOMPENSAS DE UM TESTEMUNHO ALTRUÍSTA
Muitas vezes as pessoas, quando desafiadas a agirem de maneira diferente da que normalmente agiriam, lançam a seguinte indagação: o que eu ganho com isto?
Acredito que esta não é a pergunta ideal, mas, uma vez que a mesma foi posta, resta-nos responder.
Em primeiro lugar, quando você vive de acordo com a sua vocação cristã você agrada a Deus, porque o obedece (Ef 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados). Precisamos lembrar que o cristão nada faz “para ser aprovado por Deus”, mas todas as suas ações refletem o fato de serem eleitos por ele, ainda mortos em delitos e pecados, tornados filhos, criados em Cristo Jesus para a prática de obras de obediência que evidenciem este amor a Deus (Ef 2:10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas).
Dito de outra maneira, quando o cristão exerce a liberdade para amar ele se aproxima daquele que o libertou para amar. É o que denomina-se círculo virtuoso, uma benção que resulta em outra maior, que, por sua vez, abre as portas para as próximas bênçãos. De alegria em alegria o crente vai sendo fortalecido no Senhor e na graça do seu poder (Ef 6:10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder).
O segundo benefício para o crente é que, em meio a uma comunidade de amados, e mesmo diante dos de fora, poder testemunhar eficientemente do amor de Deus. Cuidado com o engano. Assim como o mundo tem olhos muito atentos para as falhas dos cristãos ele também observa quando sua vida autentica a sua mensagem.
A verdade de Deus é verdade mesmo na boca do mais relaxado dos cristãos, mas ela será muito mais doce e eficaz nos lábios de pessoas cujo procedimento não tragam vergonha ao evangelho (Sl 69:6 Não sejam envergonhados por minha causa os que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos Exércitos; nem por minha causa sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel) procedam de maneira exemplar (I Pe 2.12 ...mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação).
A terceira vantagem que o cristão pode obter com esta prática é que, fortalecendo os irmãos, eles estarão mais aptos a ajudarem a carregarem as suas cargas (Gl 6:2 Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo).
Uma Igreja obediente, que testemunha eficientemente, ajuda-se, pois aprendeu que amar ao próximo é a maneira de cumprir a lei no que se refere aos relacionamentos horizontais, entre iguais (Hb 13.16 Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz)
A quarta vantagem é ser aprovado no julgamento do Senhor. Certamente é muito desagradável ser repreendido por fazer o que é indevido, ou ainda por negligência ao não cumprir os deveres. E o Senhor não deixará de repreender a quem merece (Mt 25:26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu) e recompensar aos que forem fiéis (Mt 25:21 Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor).
Cada cristão foi vocacionado por Deus para a salvação e, ao mesmo tempo, recebeu dons que o capacitam a desempenhar cabalmente o seu ministério.
Estes dons serão exercidos adequadamente se forem exercidos com amor, o caminho sobremodo excelente (I Co 12:31 Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente) e este caminho inclui atitudes ao mesmo tempo desprezadas e admiradas pelo mundo.
Desprezadas porque abandonadas, rejeitadas e desestimuladas como prática pessoal, mas, ao mesmo tempo, admiradas quando vistas em prática e observadas em seus efeitos: a abnegação, a benignidade e o altruísmo.
Desta maneira o cristão não lutará em vão, não terá prejuízo enquanto fizer o bem. Suas obras serão provadas e aprovadas pelo seu Senhor - e ele, de fato, é capaz de fazer um julgamento justo, pois não faz acepção de pessoas (Ef 6:9 E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas) e os crentes devem imitar-lhe o exemplo (Tg 2:1 Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas).
Antes que alguém diga: “Ah!, mas você não consegue” eu terei que concordar, não que o acusador, mas com Paulo, que afirmava não desanimar e continuar em frente (Fp 3.12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus).
 

Nenhum comentário:

FAÇA DESTE BLOG SUA PÁGINA INICIAL