RECOMPENSAS DE UM TESTEMUNHO ALTRUÍSTA
Muitas
vezes as pessoas, quando desafiadas a agirem de maneira diferente da que
normalmente agiriam, lançam a seguinte indagação: o que eu ganho com isto?
Acredito
que esta não é a pergunta ideal, mas, uma vez que a mesma foi posta, resta-nos
responder.
Em
primeiro lugar, quando você vive de acordo com a sua vocação cristã você agrada
a Deus, porque o obedece (Ef 4:1 Rogo-vos,
pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que
fostes chamados). Precisamos lembrar que o cristão nada faz “para ser
aprovado por Deus”, mas todas as suas ações refletem o fato de serem eleitos
por ele, ainda mortos em delitos e pecados, tornados filhos, criados em Cristo
Jesus para a prática de obras de obediência que evidenciem este amor a Deus (Ef
2:10 Pois somos feitura dele,
criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para
que andássemos nelas).
Dito de
outra maneira, quando o cristão exerce a liberdade para amar ele se aproxima
daquele que o libertou para amar. É o que denomina-se círculo virtuoso, uma
benção que resulta em outra maior, que, por sua vez, abre as portas para as
próximas bênçãos. De alegria em alegria o crente vai sendo fortalecido no
Senhor e na graça do seu poder (Ef 6:10 Quanto
ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder).
O segundo
benefício para o crente é que, em meio a uma comunidade de amados, e mesmo
diante dos de fora, poder testemunhar eficientemente do amor de Deus. Cuidado
com o engano. Assim como o mundo tem olhos muito atentos para as falhas dos
cristãos ele também observa quando sua vida autentica a sua mensagem.
A verdade
de Deus é verdade mesmo na boca do mais relaxado dos cristãos, mas ela será
muito mais doce e eficaz nos lábios de pessoas cujo procedimento não tragam
vergonha ao evangelho (Sl 69:6 Não
sejam envergonhados por minha causa os que esperam em ti, ó SENHOR, Deus dos
Exércitos; nem por minha causa sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel) procedam de maneira exemplar (I Pe 2.12 ...mantendo
exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam
contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras,
glorifiquem a Deus no dia da visitação).
A terceira vantagem que o cristão pode obter com esta prática é
que, fortalecendo os irmãos, eles estarão mais aptos a ajudarem a carregarem as
suas cargas (Gl 6:2 Levai
as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo).
Uma Igreja obediente, que testemunha
eficientemente, ajuda-se, pois aprendeu que amar ao próximo é a maneira de
cumprir a lei no que se refere aos relacionamentos horizontais, entre iguais (Hb 13.16 Não
negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com
tais sacrifícios, Deus se compraz)
A quarta vantagem é ser aprovado no julgamento do Senhor.
Certamente é muito desagradável ser repreendido por fazer o que é indevido, ou
ainda por negligência ao não cumprir os deveres. E o Senhor não deixará de
repreender a quem merece (Mt 25:26 Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau
e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao
voltar, receberia com juros o que é meu) e
recompensar aos que forem fiéis (Mt
25:21 Disse-lhe o senhor: Muito bem,
servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no
gozo do teu senhor).
Cada cristão foi vocacionado por Deus para a
salvação e, ao mesmo tempo, recebeu dons que o capacitam a desempenhar
cabalmente o seu ministério.
Estes dons serão exercidos adequadamente se
forem exercidos com amor, o caminho sobremodo excelente (I Co 12:31 Entretanto, procurai, com zelo, os melhores
dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente) e este caminho inclui atitudes ao mesmo
tempo desprezadas e admiradas pelo mundo.
Desprezadas porque abandonadas, rejeitadas e
desestimuladas como prática pessoal, mas, ao mesmo tempo, admiradas quando
vistas em prática e observadas em seus efeitos: a abnegação, a benignidade e o
altruísmo.
Desta maneira o cristão não lutará em vão,
não terá prejuízo enquanto fizer o bem. Suas obras serão provadas e aprovadas
pelo seu Senhor - e ele, de fato, é capaz de fazer um julgamento justo, pois
não faz acepção de pessoas (Ef 6:9 E vós,
senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo
que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há
acepção de pessoas) e os crentes
devem imitar-lhe o exemplo (Tg 2:1 Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso
Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas).
Antes que alguém diga: “Ah!, mas você não
consegue” eu terei que concordar, não que o acusador, mas com Paulo, que
afirmava não desanimar e continuar em frente (Fp 3.12 Não que
eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos,
quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me
das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus).
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