O EVANGELHO É A GRAÇA ETERNA REVELADA NA HISTÓRIA
Em um único verso Paulo
repete por três vezes a palavra que é o cerne do seu evangelho.
10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi
concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles;
todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.
Uma
palavra, repetida três vezes, enfatizando a graça, estabelecendo que o evangelho é a graça de
Deus, a manifestação da bondade de Deus sobre as suas vidas. Se você tirar do
evangelho a graça não sobra mais nada. Se tirar do euaggelion a graça de Deus ele deixa de ser euaggelion, deixa de ser boas novas, porque à partir do momento em
que se tirar a graça sobra apenas a lei, e a lei não salva ninguém [Rm 3.19: Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que
vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável
perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei,
em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado]. A lei apenas deixa
você com o conhecimento do pecado, com o conhecimento de que é pecador e que
merece a punição justa da lei [I Tm 1.8 Sabemos, porém, que a lei
é boa, se alguém dela se utiliza de modo legítimo].
A
palavra de Deus é enfática e diz que a alma que pecar, esta morrerá [Ez 18.4: Eis que todas as almas são minhas; como a alma do
pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá]. É lei. A alma que
pecar morrerá. Escrevendo aos romanos Paulo diz que o salário do pecado é a
morte. Mas Paulo não para aí. Ele não era uma anunciador da lei, mas era um
proclamador do evangelho, e quando lembra que o salário do pecado é a morte ele
acrescenta: mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus [Rm 6.23: ...porque o salário do pecado é a morte, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor]. Paulo fala de dom,
de presente, de algo dado sem custo para quem a recebe, a graça de Deus sendo mostrada claramente, e
o evangelho é isso, é a manifestação da graça salvadora de Deus sobre pecadores
indignos [Tt 2.11: Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os
homens].
Ao
invés de nós nos lamuriarmos escravizados ao pecado, Paulo nos diz para
celebrarmos a vida, celebrarmos a vitória porque Cristo nos deu tal vitória.
Paulo ilustra esta situação quando escreve para os romanos. Mostra sua luta
contra o pecado, mostra seu torpor ao perceber que o pecado o derrota [Rm 7.24: Desventurado homem que sou! Quem me livrará do
corpo desta morte?] - enquanto ele olha para si mesmo é um derrotado, mas,
quando olha para Jesus, ele exclama em louvor por Cristo que o livra do pecado,
da morte, que lhe dá vitória e faz dele mais que vencedor [Rm 7.25: Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De
maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas,
segundo a carne, da lei do pecado].
É
isto que o evangelho é, não apenas conhecimento histórico, mas a manifestação
da graça de Deus que faz de pecadores mais que vencedores, que podem, livres do
pecado, cantar cânticos em louvor, jubilosos diante do Senhor por causa da
graça manifestada pelo Senhor e salvador Jesus Cristo.
O
evangelho vem trazer alegria da salvação. Ele não foi dado para causar divisão,
tristeza, disputas como aconteciam em Corinto, mas ele veio para trazer a
alegria da salvação, a alegria de pertencer a um Deus amoroso, a alegria de
saber que vai chegar o dia em que o Senhor mesmo vai enxugar dos olhos toda
lágrima [Ap 21.4: E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não
existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas
passaram].
Não
haverá mais motivo de pranto, não haverá mais choro, até a própria morte terá
sido vencida. Isto é graça, e é disso o
que Paulo fala aos coríntios quando menciona o evangelho.
Mas
ele diz mais, ele afirma que o evangelho também é esperança, também é fé, que o
evangelho também é uma vida de testemunho da esperança do retorno glorioso de
Cristo Jesus que virá para buscar os que são seus.
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